Para que?

Aguinaldo Munhoz
Em janeiro de 1995 os tucanos assumiram o governo do Estado e encontraram uma dívida de R$ 34,2 de bilhões.
Em janeiro de 1996, sob o argumento de que o endividamento do Estado se encontrava em patamares insustentáveis e era necessário fazer algo urgente para sanear as contas públicas, o governo tucano criou o PED ( Programa Estadual de Desastização), dirigido então pelo vice-governador Geraldo Alckmin. Com esse Programa foram privatizadas sete empresas: - CPFL, Metropolitana EME, Eleitor, Bandeirante EBE, Cesp Paranapanema, Cesp Tietê e Comgás, e na abertura do capital da Sabesp, da Eletropaulo da Elektro e da CPFL, arrecadando um total de R$ 34,4 bilhões.
Que esquisito ! Deviam R$ 34,2 bi, arrecadaram R$ 34,4 bilhões. De lá para cá a dívida do São Paulo saltou para R$ 138,7 bilhões em 2004.
As perguntas que os tucanos não querem responder são: qual a destinação dos recursos desta leva de privatizações e por que se desfazer de empresas tão lucrativas?
Eles sempre alardearam que São Paulo tinha suas finanças equilibradas, mas o que os números mostram não sustentam o discurso tucano. Em valores nominais, nos últimos 10 anos do governo Covas /Alckmin, a dívida paulista cresceu 306,12%. O Estado esta quebrado e Alckmin não quer que o povo saiba disso. Com interesses eleitorais pretende fazer obras, mas não tem recursos para isso. Portanto, é oportuna venda do patrimônio estatal para “ bancar” suas obras de campanha.
Não é sem motivo que grande parte do valor arrecadado com estas novas operações foi para o caixa da CPP( Companhia Paulista de Parceria) para garantir obras da PPP. Então a idéia é a seguinte: O Estado vende seu patrimônio, coloca o dinheiro que arrecadar na CPP e por meio dela participa das obras da PPP e pode contrair empréstimo sem que entre na conta da Lei de Responsabilidade Fiscal, e criando-se assim, uma brecha para mais uma vez elevar o endividamento do Estado.

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