O peso da crise americana O Estado de S.Paulo - Editorial O crescimento da economia global ainda vai depender por um tempo dos grandes emergentes, como China, Índia e Brasil, porque as grandes potências do mundo rico, a começar pelos Estados Unidos, deverão ter uma longa convalescença da crise. Serão necessários mais quatro ou cinco anos para o desemprego americano voltar a um nível normal, se a recuperação continuar lenta como até agora, disse nessa sexta-feira o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), o economista Ben Bernanke. Foram criados em dezembro 103 mil empregos não agrícolas nos Estados Unidos, segundo informou no mesmo dia o Departamento do Trabalho. Economistas consultados pela Dow Jones haviam previsto 150 mil. O resultado do mês praticamente repetiu a média mensal registrada até novembro, 100 mil, citada por Bernanke em seu depoimento no Senado. De um mês para o outro a taxa de desemprego caiu de 9,8% para 9,4%, mas isso se deveu, pelo men...