MAR DE TRICAS E FUTRICAS

Herbert Marques
No dizer do meu amigo Eduardo de Souza, em outras palavras, estamos envolvidos em um mar de tricas e futricas que não leva a nada que não seja o deleite de uma meia dúzia de fuxiqueiros que nada têm a perder com o desenvolvimento da cidade. Incluo nessa meia dúzia, força de expressão, pois o número é bem maior, e põe maior nisso, a maioria dos políticos, que buscam sempre tirar proveito de qualquer situação que envolva seus pares para tirar sua casquinha e seu dividendo eleitoral.

Sugiro ao meu amigo Eduardo começarmos uma campanha com os seguintes focos:


a) – conscientização dos homens públicos de que são peças importantes para a sociedade e não a sociedade para eles;
b) – conscientização da sociedade de que ela independe dos homens públicos a partir do momento em que se estimula, em forma de terceira via, o seu verdadeiro destino;
c) – por derradeiro, somente com trabalho e determinação se constrói uma sociedade digna de seu nome e dos cidadãos que a compõem.

Vejamos um, de tantos outros exemplos. O projeto do Plano Diretor parece que ainda dorme e tenho certeza que seu sono é velado pelos mesmos homens que se preocupam no seu dia-a-dia, nas clássicas tricas e futricas. Não está a depender se seus elaboradores, mas certamente dos homens responsáveis pela sua viabilização política, mesmo que esteja com data limite marcada para sua aprovação, conforme determinação estabelecida na Lei 10.257/01. Este projeto deverá estabelecer a verdadeira vocação de Ubatuba e com ela, o caminho seguro para a busca de seu destino. É ou não é uma grande possibilidade de se estabelecer uma terceira via para um desenvolvimento sustentado que deverá suportar toda a vocação do município, pródigo em recursos naturais e carente de seres pensantes.

Dado a peculiaridade do município, prensado entre a Serra do Mar, de preservação permanente, e o Oceano Atlântico, margeado por terrenos do Patrimônio da União, somente uma definição clara e precisa poderá dar garantia jurídica para qualquer investidor, quer seja ele no ramo turístico ou de outra atividade econômica que possa ser criada com essa vocação.

Como se pode observar, sem arregaçar as mangas não se chegará a nada, ou melhor, chegará sim, a um mar de tricas e futricas.
hlmarques@terra.com.br

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