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Mostrando postagens de outubro 2, 2016

Física

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Opinião

É difícil votar porque ninguém nunca realmente representa ninguém Contardo Calligaris A cada eleição, decidir em quem votar me parece mais difícil. Para escolher alguém que me represente, eu estou ficando estranhamente exigente. Nas primeiras vezes em que votei (na Itália, no fim dos anos 1960), parece-me que a decisão era relativamente simples. Os candidatos não eram perfeitos; nenhum deles era meu "sonho de consumo" político. Com poucas exceções, aliás, eles eram tão ruins ou medianos quanto a maioria dos de hoje. Conclusão: os candidatos não mudaram, quem mudou fui eu. No passado, escolhia um candidato porque ele pertencia a um movimento pelo qual eu me sentia, de alguma forma, levado. Nesse contexto, não votar em Fulano por algo que ele disse ou por ele ter feito uma aliança sinistra era apenas uma demonstração de que nosso engajamento era morno. Quem hesitasse em votar em um candidato por causa dessas "picuinhas" só poderia ser um individualista enrust

U.V.

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Manchetes do dia

Sábado 8  / 10 / 2016 O Globo " Estado terá programa de demissão voluntária " Corte de gastos prevê também redução do número de secretarias Governo busca fonte de receita para pagar indenizações a servidor que aderir ao plano Mergulhado numa crise financeira sem precedentes, o governo do Estado do Rio decidiu, entre outras medidas, lançar um plano de demissão voluntária para os servidores e reduzir as 20 secretarias para dez a 12, informa CARINA BACELAR. O governo federal também pode assumir empréstimos externos feitos pelo Rio que não estão sendo pagos. Mas uma intervenção é descartada pelo estado e pela União. (Pág. 10 e editorial “Tratamento de choque para a crise fiscal fluminense” . O Estado de S.Paulo " No QG da delação premiada " EXCLUSIVO. HOTEL DE BRASÍLIA VIRA ‘BUNKER’ DA ODEBRECHT; MAIOR EMPREITEIRA DA AMÉRICA LATINA TENTA FECHAR COM PROCURADORES ACORDO QUE PODE SER O MAIS EXPLOSIVO DA OPERAÇÃO LAVA JATO Em reuniões que ent

Taylorcraft Auster

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Coluna do Celsinho

Novo prefeito Celso de Almeida Jr. Enfim, prefeito eleito. Gostei das primeiras declarações do Sato. Manteve o ritmo da pré-campanha e campanha, evitando promessas, mostrando que fará um governo pé no chão. Isso é bom sinal. Pelo recado que as ruas mandaram - por todo o Brasil - não é mais aceitável criar expectativas no eleitorado durante a campanha para esquecê-las durante a gestão. E Sato - político e gestor público experiente - sabe que o desafio é gigante, os problemas são muitos e a saída é profissionalizar a administração da prefeitura. Não é jogo fácil, sabemos. Mas Sato vem de uma longa jornada no exercício da política e, certamente, já aprendeu o caminho que melhor resultado garante para o município. Agora é trilhá-lho com firmeza, equilíbrio e sabedoria. Para tanto, é justo que conte com o apoio de todos, inclusive dos demais candidatos a prefeito que concorreram com ele. Nesta hora, o que vale é o desprendimento e a torcida para que tudo dê certo.

Física

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Opinião

Votando e aprendendo a votar Gabeira Não tenho o hábito de comemorar derrota de adversários, porque me lembro de que também já tive as minhas, aritmeticamente, humilhantes. No entanto, o resultado das eleições é uma espécie de confirmação eleitoral do fim de uma época. Na verdade, o marco inaugural foi o impeachment, que muitos insistem em dizer que foi produto de uma articulação conservadora e dos meios de comunicação. Os defensores dessa tese têm uma nova dificuldade. Se tudo foi mesmo manobra de uma elite reacionária, se estavam sendo punidos pelo bem que fizeram, por que o povo não saiu em sua defesa nas urnas? Sei que a resposta imediata é esta: a Operação Lava Jato, o bombardeio da imprensa, tudo isso produz uma falsa consciência. Esse argumento é uma armadilha. Nas cartilhas, exaltamos a sabedoria popular. Vitoriosos nas urnas, é para ela que apontamos, a sabedoria popular. De repente, foram todos hipnotizados pela propaganda? Considero que estas eleições mostraram tamb

U.V.

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Manchetes do dia

Sexta-feira 7  / 10 / 2016 O Globo " Limite para gasto público avança na Câmara " Meirelles diz que governo Temer teve de assumir ‘prejuízo de R$ 170 bi’ Proposta que proíbe alta de despesas acima da inflação por 20 anos é aprovada em comissão especial por 23 votos a favor e 7 contra em meio a protestos da oposição; governo teve de ceder Apresentada pelo governo como uma das principais medidas do ajuste fiscal, a proposta que fixa um teto para gastos públicos foi aprovada em comissão da Câmara por 23 votos a 7. A votação em plenário deve ocorrer na próxima segunda. O texto prevê que, por 20 anos, as despesas não poderão subir acima da inflação. Para facilitar a aprovação, o relator retirou a ampliação da vigência da regra que flexibiliza a destinação de 30% das receitas da União. O ministro Henrique Meirelles foi à TV defender o teto e disse que o governo Dilma deixou “prejuízo de R$ 170 bilhões”. O Estado de S.Paulo " Rio pede R$ 14 bi à União e neg

Física

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Opinião

Uma espécie em extinção Gabeira Antes mesmo de conhecer Ulysses Guimarães já sabia de sua importância no processo de democratização, sua presença inspiradora no front pacífico de luta contra a ditadura. Tive a oportunidade de entrevistá-lo e até de participar de reuniões com ele e Tancredo. Foi quando, junto com Paulo Sérgio Pinheiro, fomos falar de política de direitos humanos para o governo que seria montado. Ulysses e Tancredo de vez em quando cochilavam. Estavam cansados de tantas reuniões. Ulysses vinha de uma intensa luta contra o governo militar, enfrentando cães policiais nas ruas de Salvador. Em seguida, veio a campanha das Diretas, a Constituinte, seu papel no período foi decisivo. Um homem que exerceu 11 mandatos sem fazer campanhas, contando apenas com sua atuação em Brasília, era uma espécie em extinção. Não só pelo longo período em que os eleitores confiaram nele, mas também pela escolha de passar quase meio século naqueles corredores. Gostava de política, acim

U.V.

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Quinta-feira 6  / 10 / 2016 O Globo " Condenados em 2ª instância terão de ir para a cadeia " STF decide que réus não poderão mais ficar soltos até fim dos recursos Ministros derrotados argumentaram que a regra pode levar a prisões injustas, mas em votação apertada (6 a 5) prevaleceu a tese de que o abuso de apelações estimula o aumento da criminalidade Por 6 votos a 5, o STF decidiu que réus deverão ser presos depois de condenados por um tribunal de 2ª instância, sem direito de recorrer em liberdade até que sejam esgotados os recursos. Os ministros contrários argumentaram que a regra pode levar a prisões injustas, mas prevaleceu a tese de que o excesso de apelações gera impunidade. “Um sistema desacreditado colabora para o aumento da criminalidade”, disse Luís Roberto Barroso. Juiz da Lava-Jato, Sérgio Moro comemorou. O Estado de S.Paulo " STF mantém prisão em 2ª instância e fortalece Lava Jato " Decisão dos ministros, por 6 a 5, terá de

Física

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Opinião

Freixo levou o Rio para a vida real Elio Gaspari Na noite de domingo (2), quando já se definira o naufrágio da candidatura de Pedro Paulo à Prefeitura do Rio, ele estava reunido com os conselheiros do PMDB. O chefe de uma das grandes famílias do grupo sustentou que se deveria patrocinar um suave deslizamento de seus votos na direção de Marcelo Freixo. Eleito, ele seria um prefeito tão ruinoso que ajudaria o PMDB a continuar no governo do Estado em 2018 e garantiria seu retorno à prefeitura em 2020. A reunião aconteceu na Gávea Pequena. Nada a ver com a propriedade da família Corleone nas cercanias de Nova York. A mobilização do apocalipse contra Marcelo Freixo durante a campanha eleitoral é uma fava contada, mas a proposta da Gávea Pequena era muito mais que isso: o conselheiro não ameaçava com o fim do mundo, desejava-o, para dele tirar proveito. Todo resultado eleitoral contém diversos recados e, no do Rio, esteve o repúdio ao modo de mando do PMDB. Não seria apenas um modo

U.V.

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Manchetes do dia

Quarta-feira 5  / 10 / 2016 O Globo " Governo eleva gasto com Saúde para aprovar teto " Setor terá mais R$ 9 bi antes de ser atingido por limite a despesas Executivo poderá compensar gasto maior de Judiciário, Legislativo e MP Com aval do governo, o relatório final da proposta que limita o crescimento dos gastos públicos eleva de 13,2% para 15% da receita o montante destinado à Saúde em 2017, o que representa mais R$ 9 bilhões. O objetivo é facilitar a aprovação do texto, amanhã, em comissão especial. No caso do Judiciário e do Legislativo, o Executivo poderá cobrir parte do que ultrapassar o teto.     O Estado de S.Paulo " Governo quer reduzir salários iniciais do funcionalismo público " Remunerações de recém-concursados superam as da iniciativa privada Sob pressão para reduzir gastos com pessoal, o governo federal estuda rever o salário inicial das principais categorias de servidores. A ideia é reduzir as remunerações de ingresso co

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Opinião

Frase 'Viagra fez mais pelos humanos que o marxismo' ressoa entre 'haters' Luiz Felipe Pondé Há alguns anos, na primeira vez que fui entrevistado no "Roda Viva" da TV Cultura (2011), disse uma frase que até hoje ressoa: "O Viagra fez mais pela humanidade do que 200 anos de marxismo". Legiões de "haters", essa nova atividade nascida com as redes sociais, abominam essa afirmação e a tomam como "alienada". O "hater" é o irmão gêmeo do "loser" –a diferença é que o "loser" não é histérico. De fato, pode parecer uma comparação absurda, mas ela é, na verdade, bastante séria em termos filosóficos, sociológicos e psicológicos. Mas, antes, deixemos claro que o contexto era de crítica ao marxismo, óbvio. Mas não ao marxismo como método materialista enquanto tal. Considero o método materialista uma ferramenta, entre outras, bastante eficaz na análise da história e da sociedade. O que considero delirant

U.V.

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Manchetes do dia

Terça-feira 4  / 10 / 2016 O Globo " Crivella e Freixo duelam por 2,4 milhões de eleitores " Com voto pulverizado, corredor do Recreio à Zona Norte deve decidir eleição Disputa para conquistar essa parcela do eleitorado terá estratégias diferentes: enquanto o candidato do PRB busca alianças políticas, representante do PSOL tentará desconstruir imagem do adversário Adversários no 2º turno, Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL) farão um duelo por cerca de 2,4 milhões de eleitores, que vivem no trecho que vai do Recreio à Zona Norte e optaram, no 1º turno, por diferentes candidatos, sem um padrão consistente, revelam FÁBIO VASCONCELLOS e DANIEL LIMA. No restante da cidade, houve domínio claro de um ou outro candidato, sendo Crivella na Zona Oeste e Freixo na Zona Sul e Grande Tijuca. Para atrair esse eleitor, o candidato do PRB aposta em alianças, e o do PSOL, em desconstruir a imagem do adversário.     O Estado de S.Paulo " Vitória de Dori

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Opinião

Obras da Bienal pretendem expressar traço essencial de nossa época Ferreira Gullar Sem pretender questionar a importância da 32ª Bienal de São Paulo como acontecimento cultural, permito-me tecer aqui algumas considerações que a sua realização me suscita. Pelo que li a respeito do projeto e de sua realização, a mostra difere radicalmente do que se entende por simples exposição de arte, uma vez que, meses antes de sua inauguração, foi precedida de viagens, pesquisas e discussões sobre os diversos problemas da nossa atualidade caracterizada pelas mudanças rápidas –tanto da vida social quanto das relações predatórias do homem em relação à natureza. Por esse motivo, a Bienal que foi franqueada ao público no começo de setembro seria a expressão de todas aquelas pesquisas, descobertas e discussões dos problemas da vida atual, tanto no plano da sociedade como no planetário. Outra originalidade desta exposição está no fato de que as obras nela expostas –não sei se todas– foram realizad