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Mostrando postagens de setembro 25, 2016

Física

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Opinião

Só o acordo de paz pode libertar a Colômbia da prisão do destino Demétrio Magnoli Macondo, a cidade metafórica de Gabriel Gárcia Márquez, terminou destruída por um furacão bíblico. O motivo da catástrofe derradeira é que, incapazes de suportar as incertezas do futuro, seus habitantes condenaram-se a repetir, eterna e circularmente, o passado. Os defensores do "não" no plebiscito colombiano sobre o acordo de paz têm razões poderosas. Contudo, só o "sim" pode romper o ciclo da reiteração, libertando a Colômbia dessa prisão chamada destino. José Miguel Vivanco, da Human Rights Watch, e o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe brandiram o mesmo argumento contra o acordo de paz, mas por motivos simétricos (Folha, 27/9 ). Vivanco acusa-o de impedir a punição de comandantes militares e paramilitares que cometeram violações em massa de direitos humanos –mas justifica, em nome da paz, a impunidade parcial concedida aos chefes das Farc. Uribe, por sua vez, exige sentenças

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Manchetes do dia

Sábado 1  / 10 / 2016 O Globo " Rio chega à votação com 2º turno indefinido " Paes pede voto útil em Pedro Paulo, e Freixo apela a eleitores de centro Prefeito defende que eleitores de Indio, Bolsonaro e Osorio apostem no candidato do PMDB para derrotar Crivella, que está virtualmente no segundo turno, mas prefere enfrentar o adversário do PSOL A campanha no Rio chega à véspera da votação sem definição de quem enfrentará, pelas pesquisas, Marcelo Crivella (PRB) no segundo turno. Empatados com 10% cada, Pedro Paulo (PMDB) e Marcelo Freixo (PSOL) tentam conquistar eleitores de adversários convencendo-os de que são mais capazes de derrotar Crivella. O prefeito Eduardo Paes fez um apelo pelo chamado voto útil em Pedro Paulo: “O eleitor do Osorio, do Indio e do Bolsonaro vão entender que não dá para ter um segundo turno com Freixo e Crivella.” Já Freixo busca eleitores de centro.   O Estado de S.Paulo " Candidatos vão à periferia em busca de votos do PT &quo

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Coluna do Celsinho

Graça Celso de Almeida Jr. Uma das atividades profissionais que desenvolvo nasceu do estímulo de um amigo que me convidou para atuar em sua consultoria de estratégias eleitorais e governamentais. Generoso, valoriza meus pensamentos e observações, mesmo conhecendo um de meus defeitos  mais graves: a irresistível vontade de opinar com um tempero de ironia. A vida é dura e  - só por isso - minha natureza manda dar um pouco de graça nesta rotina onde a tristeza, constantemente, tenta nos dominar. Aprendi, entretanto, que nem sempre o interlocutor está disposto a receber comentários desenhados sobre um fundo divertido. Isso pode, perigosamente, num descuido, inviabilizar um contrato, afastar um cliente, o que seria no meu caso um desrespeito à confiança em mim depositada pelo amigo que, desde 2008, me envolve em suas atividades profissionais. Pois é... Refiro-me ao Marcelo Pimentel, professor universitário, mestre em comunicação e proprietário da MP Marketing Político e Gove

Física

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Opinião

Somos os maiores inimigos de nossa possibilidade de pensar Contardo Calligaris Um ano atrás, decidi seguir os conselhos de meu filho e abri uma conta no Facebook. A conta é no nome da cachorra pointer que foi minha grande companheira nos anos 1970 e funciona assim: ninguém sabe que é minha conta, não tenho amigos, não posto nada e não converso com ninguém. Uso o Face apenas para selecionar um "feed" de notícias, que são minha primeira leitura rápida de cada dia. Meu plano era acordar e verificar imediatamente os editoriais e as chamadas dos jornais, sites, blogs que escolhi e, claro, percorrer a opinião de meus colunistas preferidos, nos EUA e na Europa. Alguns links eu abriria, mas sem usurpar excessivamente o tempo dedicado à leitura do jornal, que acontece depois, enquanto tomo meu café. Tudo ótimo, no melhor dos mundos. Até o dia em que me dei conta do seguinte: sem que esta fosse minha intenção, eu tinha selecionado só a mídia que pensa como eu –ou quase. Meu di

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Sexta-feira 30  / 09 / 2016 O Globo " Candidatos oferecem até wi-fi em troca de votos " TRE flagra distribuição de remédio contra impotência para eleitores Benefícios quase sempre são acompanhados de material de propaganda eleitoral; prática, se comprovada, pode configurar crime de abuso de poder econômico e levar à cassação da candidatura A velha prática de clientelismo, simbolizada em eleições passadas pelos centros sociais, assumiu novas formas nesta campanha. Nas últimas semanas, em busca de votos, candidatos a vereador do Estado do Rio distribuíram sinal de wi-fi, pizzas e até remédios contra impotência, revela VERA ARAÚJO. Na maioria dos casos, a benesse foi acompanhada de material de propaganda, na tentativa de induzir o voto do eleitor. Fiscais do TRE flagraram recentemente em Jacarepaguá caixas de pizza com o nome do candidato a vereador Mário do Conselho (PRTB). Mas o tribunal reconhece a dificuldade de coibir a prática, que pode configurar crime de abuso

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Opinião

Pessoas ignorantes em política devem ter direito de votar? João Pereira Coutinho Vamos ser honestos? A democracia não é o melhor regime político. Você sabe disso. As maiorias, muitas vezes, elegem governos incompetentes, mentirosos, corruptos. Até autoritários. Devemos conceder o direito de voto a quem não tem inteligência suficiente para escolhas responsáveis? O cientista político Jason Brennan defende que não. O livro, que provocou polêmica nos Estados Unidos, intitula-se "Against Democracy" ("contra a democracia"). Não é um panfleto populista contra o populismo circunstancial de Donald Trump. É um estudo acadêmico com toneladas de bibliografia científica. Tese do dr. Brennan: em todas as pesquisas disponíveis, os eleitores americanos são comprovadamente ignorantes sobre os assuntos da República. Desconhecem coisas básicas, como identificar qual dos partidos controla o Congresso. Para usar a terminologia de Brennan, a maioria dos eleitores se divide em &quo

U.V.

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Quinta-feira 29  / 09 / 2016 O Globo " Reforma prevê desvincular pensões do salário mínimo " Novos pensionistas não teriam mais rendimento integral Pela proposta, quem já recebe o benefício passaria a ter, daqui para frente, correção pela inflação, sem ganho real. Governo também quer reduzir reajustes de programas assistenciais, como Loas A proposta de reforma da Previdência do governo prevê desvincular as pensões do salário mínimo. Até os atuais pensionistas que recebem o piso passariam a ter o benefício corrigido apenas pela inflação, sem direito ao reajuste aplicado ao salário mínimo. Para as novas pensões, o valor também deixaria de ser integral, sendo reduzido à metade, acrescido de mais 10% por dependente. A proposta engloba os setores público e privado. O governo também quer desvincular os benefícios da Loas, pagos a deficientes ou idosos pobres, do salário mínimo. E passar a cobrar uma contribuição de 5% dos trabalhadores rurais. Segundo o ministro-chefe da

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Opinião

O afastamento do mundo e a busca da solidão resvalam em valores positivos Luiz Felipe Pondé Quando você estiver lendo esta coluna estarei nalgum lugar dos Cárpatos, quase plenamente desconectado do mundo. Desde que conheci a Romênia, a Transilvânia e a cadeia de montanhas que a rasga de ponta a ponta, os Cárpatos, me apaixonei pelo país. Seu povo, seu cenário, seu isolamento por centenas de anos, sua agonia com os comunistas, seu sofrimento ancestral sob o jugo dos turcos otomanos. País de mistérios e crenças sobrenaturais, a Romênia é mesmo um lugar de beleza ainda não devastada pelos bárbaros em férias. Lugar ideal para quem quiser experimentar um pouco de distanciamento da vida imediata e corrida de sempre, cercado de construções medievais quase intocadas, os Cárpatos propiciam muito daquele tipo de paz que muitos buscam, mas poucos encontram. A solidão e o isolamento são tema ancestral na espiritualidade. No cristianismo, por volta do século 2º, já temos indícios claros de

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Quarta-feira 28  / 09 / 2016 O Globo " Milícias cobram taxas de candidatos no Rio " Políticos pagam até R$ 120 mil para exibir propaganda em áreas dominadas Exploração comercial da campanha é o mais novo negócio dos grupos criminosos, que oferecem aos que disputam cargos o privilégio de ter pouca concorrência em regiões da Baixada e das zonas Norte e Oeste Após eleger representantes para cargos políticos, as milícias agora transformaram a eleição em mais um de seus negócios, cobrando até R$ 120 mil para que candidatos façam campanhas em áreas dominadas no Rio, revelam MARCELO REMÍGIO E VERA ARAÚJO. As taxas eleitorais são exigidas em áreas da Baixada e das zonas Norte e Oeste. Bairros como Campo Grande e Santa Cruz, mais populosos, são mais valorizados. Em troca, o político pode espalhar propaganda com concorrência limitada. Investigações mostram que as milícias têm preferido apoiar candidatos em vez de lançar seus integrantes, para preservá-los. O Estado de S.

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Um país onde a justiça varia não pode ser considerado democrático Ferreira Gullar Aquela foi uma semana marcada por importantes acontecimentos. Começou com a cassação do mandato de Eduardo Cunha por um escore arrasador, seguiu-se a posse de Cármen Lúcia na presidência do Supremo Tribunal Federal, depois as acusações contra Lula por procuradores da operação Lava Jato e finalmente a resposta do ex-presidente negando fundamento às acusações. A maneira como aquelas acusações foram feitas não pegou bem, e pior é que, como este jornal divulgou, elas se apoiam numa delação que foi cancelada. Quero me ater, no entanto, à significação que tem para o país a presença da ministra Cármen Lúcia na presidência do STF, conforme constatamos nas mais diversas manifestações de apoio e otimismo pelo acontecimento. E, se ele já valeu por si só, cabe ressaltar a significação da cerimônia de posse em si mesma. Essa cerimônia se caracterizou pela presença de políticos de diversos partidos, além de pe

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Terça-feira 27  / 09 / 2016 O Globo " PF acusa Palocci de gerir propina da Odebrecht para PT " Suspeito de antecipar prisão, ministro de Temer terá de se explicar Para os investigadores, ex-ministro de Lula e Dilma intermediou o pagamento de R$ 128 milhões da empreiteira em troca de contratos com o governo federal entre os anos de 2008 e 2013 Ministro dos governos Lula e Dilma, Antonio Palocci foi preso sob a acusação de intermediar o repasse de propina da Odebrecht para o PT. Com base em planilhas apreendidas e em e-mails de Marcelo Odebrecht, a Lava-Jato suspeita que a empreiteira pagou R$ 128 milhões em troca de contratos com o governo. Irritado com a suspeita de vazamento da operação, o presidente Michel Temer convocou o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para explicar as declarações de que haveria operação da Lava- Jato esta semana. O Estado de S.Paulo " Palocci é preso acusado de ser elo de empreiteira e PT " Ex-ministro da Fazenda

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Jovens assassinos: maçãs podres ou 'vítimas' de uma infância infeliz? Contardo Calligaris Na avenida Nossa Senhora de Copacabana, no Rio, o fim de tarde de quarta-feira, dia 14, não foi nada insólito. Desde o começo da Olimpíada, na hora em que as pessoas saem da praia e se dirigem às paradas de ônibus, bandos de adolescentes praticam arrastões. Talvez os moleques não queiram tanto roubar (celular à parte, ninguém leva nada para a praia) quanto apavorar, suscitar gritos e correria. No dia 14, então, 92 jovens foram detidos –82 eram menores, 78 adolescentes e quatro crianças. Segundo a reportagem do UOL (http://migre.me/v11ot), os adultos foram presos, as crianças foram para um abrigo da prefeitura, e os adolescentes receberam "apoio dos profissionais da Secretaria de Desenvolvimento Social". Paira no ar uma certa vontade de distribuir safanões –e não "assistência". Graças ao artigo de Patrick R. Keefe na revista "The New Yorker" de 12 de