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Mostrando postagens de março 30, 2014

Dominique

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Opinião

O custo do modelo elétrico O Estado de S.Paulo Já se calcula em algumas dezenas de bilhões de reais o custo adicional que recairá sobre os consumidores e contribuintes como consequência do desastroso modelo imposto ao setor elétrico pelo governo. Ao anunciar seu plano para o setor no segundo semestre de 2012, a presidente Dilma Rousseff o classificou como "a maior redução de tarifas de que se tem notícia, que beneficia consumidores e empresários". Quando muito, era uma meia-verdade. Houve, de fato, redução temporária da tarifa de energia elétrica, em diferentes proporções, conforme o tipo de consumidor e a quantidade de energia consumida. Mas, sendo uma medida de claro objetivo político e eleitoral, o corte não tinha fundamento econômico-financeiro e acabaria por cobrar de alguém, ou de algum setor da sociedade, um preço ainda não inteiramente conhecido. Esse preço começa a aparecer em cálculos por enquanto esparsos, mas que já alcançam cifras muito altas. Para tornar

U.V.

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Manchetes do dia

Sábado , 05 / 04 / 2014 Correio Braziliense " Governo volta a incentivar a compra de carros no país" Está prevista para junho próximo nova alta na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos  Mas, antes que a medida entre em vigor, o governo resolveu socorrer mais uma vez o setor automotivo. Agora, a ajuda virá via Caixa Econômica Federal. O banco criou linha de crédito exclusiva para que 18 milhões de clientes possam comprar carros e motos em condições diferenciadas: financiamento de 90% do valor do bem, juros a partir de 0,93% ao mês e 60 meses para pagar. A oferta, que ficará em vigor de 10 a 13 de abril, foi bem recebida pela Anfavea, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. Nos pátios das montadoras, hoje, há estoque suficiente para 48 dias de vendas. Folha de São Paulo " Fornecedores da Petrobras pagaram R$35 mi a doleiro" Valores foram repassados a firma de Alberto Youssef, diz laudo da PF; empresa

Frevo

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Coluna do Celsinho

Banalidade do mal Celso de Almeida Jr. Em tempos de tanta interferência estatal, busquei leitura extrema. Eichmann em Jerusalém - Um relato sobre a banalidade do mal, escrito por Hannah Arendt, foi o livro escolhido. Trata-se da análise do julgamento de Adolf Eichmann, condenado à morte por sua colaboração na deportação de judeus para campos de extermínio nazistas, na Segunda Guerra Mundial. Na Casa da Justiça de Jerusalém, em 1961, o acusado, inicialmente tido como um carrasco monstruoso, revelou-se um funcionário incapaz de refletir sobre os seus atos, impregnado por noções burocráticas, que agiu conforme a ordem legal vigente na Alemanha daquela época. Hannah Arendt, que acompanhou o julgamento como correspondente da revista The New Yorker, entre outros questionamentos, provoca-nos sobre o que fazer das noções de culpa e responsabilidade no Estado burocrático moderno. Ela nos leva a refletir sobre o Estado igualar o exercício da violência ao cumprimento da atividade bu

Dominique

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Opinião

O quadro negro da educação O Estado de S.Paulo O Brasil voltou a sair-se mal no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, em inglês), um levantamento comparativo promovido pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) desde 2000, com o objetivo de medir e comparar o quanto e como os países participantes preparam seus jovens para uma vida adulta produtiva. Há quatro meses, a entidade divulgou a classificação geral da edição de 2012, mostrando que, num ranking de 65 países, o Brasil ficou na 55.ª posição em leitura, no 58.º lugar em matemática e na 59.ª colocação em ciências. A diferença em relação aos alunos mais bem classificados - da província chinesa de Xangai - foi de mais de 200 pontos, o equivalente a cinco anos escolares. Com base no mesmo levantamento, a OCDE agora está divulgando um estudo específico sobre a capacidade dos estudantes de resolver problemas práticos da vida cotidiana e, num ranking de 44 países, o Brasil ficou na 38.ª col

U.V.

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Manchetes do dia

Sexta-feira , 04 / 04 / 2014 Correio Braziliense " Congresso gasta mais e produz cada vez menos" Levantamento mostra que o volume de trabalho dos deputados federais e senadores só diminui Foram 220 projetos aprovados em 2011; 204, em 2012; e 186 em 2013. Para 2014, ano de Copa e eleiçõee, a previsão é a pior possível. Enquanto isso, o orçamento das excelências não para de crescer. A indignação dos brasileiros também. Nas redes sociais e nas ruas da capital, brasilienses criticaram a decisão dos distritais de ter sessões de votação apenas às terças-feiras.A pressão resultou numa cena inédita na Câmara Legislativa. Pela primeira vez, neste ano, 19 dos 24 parlamentares apareceram para trabalhar em plena quinta-feira. Estado de Minas " 10 meses depois dos protestos - Ônibus fica 7,5% mais caro" A partir de domingo, a tarifa básica sobe de R$ 2,65 para R$ 2,85  Segundo a BHTrans, o aumento está respaldado em estudo nos contratos de concessão, parte pelos cus

Dominique

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Opinião

O torturador e o ladrão Eugênio Bucci - O Estado de S. Paulo As costeletas adensadas do delegado Sérgio Paranhos Fleury deslocavam o centro de gravidade nos contornos daquele semblante obscuro. A região acima da testa se dissolvia na sombra, em fade out, enquanto os maxilares se fixavam como chumbo na base do rosto, daí descendo sobre os ombros. Eram ombros em declive, no formato de uma seta. Ou melhor, de uma gota. O homem era uma gota gigantesca, descerebrada, uma gota de metal e vísceras. Nas fotos em preto e branco vemos seus olhos, ora amortecidos, ora mortíferos, refletindo não a alma, mas as vísceras. Fleury dedicou a vida, com muito suor e notável determinação, a perseguir, torturar e matar cidadãos indefesos. Imortalizou-se como o ícone maior da tortura no Brasil. Que tenha sido também ladrão nas horas vagas não é o de menos. Nestes tempos em que a memória do golpe de 1964 ocupa o noticiário, há uma leitura obrigatória, que narra em detalhes um episódio em que o delegado

U.V.

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Quinta-feira , 03 / 04 / 2014 Correio Braziliense " #vaitrabalhardeputado" Eles foram eleitos para legislar a favor do cidadão  Zelar para que os brasilienses tenham serviços públicos como educação, saúde, segurança e transporte de boa qualidade. Mas, na prática, ao decidir trabalhar apenas às terças-feiras — dia dedicado a votações na Câmara Legislativa —, os distritais desdenham da população. Como cada um deles custa R$ 62 milhões anuais, e haverá em tese apenas 34 sessões deliberativas em 2014, cada dia de “serviço efetivo” das excelências sairá por R$ 1,8 milhão. É um escracho. Uma vergonha que se repete também no Congresso Nacional. Feitas as contas, cada uma das 88 sessões de votação na Câmara dos Deputados custará nada menos que R$ 3,75 milhões.  Caro parlamentar Veja quanto custa aos brasileiros que pagam impostos o dia de trabalho de um político. Distrital R$ 1,8 milhão Federal  R$ 3,75 milhões.   Estado de Minas " Leão de olho em nota fr

Pitacos do Zé

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E por falar em civilidade... (LIII) José Ronaldo dos Santos Ainda nas margens do Rio Acaraú, no Bairro da Estufa II, na altura onde a denominação antiga é Jundiaquara (toca do bagre), em Ubatuba, encontrei ocupações irregulares e valas direcionando esgoto ao rio que desce do Sertão da Estufa (Sesmaria), alcançando a Baía de Ubatuba. "Ali não era uma área destinada a ser praça?", "E esse triângulo que não constava como parte do loteamento, mas era apenas área de mata ciliar? De quem é aquela grande casa no meio?" Twitter

Dominique

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Opinião

As perdas da Eletrobrás O Estado de S.Paulo O prejuízo de R$ 6,3 bilhões registrado em 2013 pela Eletrobrás - que contabiliza o terceiro resultado anual negativo consecutivo - é mais uma parte da conta da política populista de redução da tarifa imposta pelo governo Dilma a todas as empresas do setor elétrico, o que vem comprometendo seu desempenho econômico-financeiro. É provável que, sem o socorro dado pelo Tesouro a essas empresas, os resultados teriam sido piores. Para não provocar, com sua política, o desequilíbrio financeiro das empresas, que cortariam investimentos e provocariam uma crise na área de energia, e para não elevar as tarifas, o que pressionaria a inflação, o governo vem usando recursos orçamentários. Foram liberados R$ 9 bilhões em 2012 e, em fevereiro, foi anunciada nova operação de socorro às distribuidoras, de R$ 12 bilhões. Na reprogramação das contas da União para este ano, as receitas foram reestimadas, com aumento (de fonte não identificada) de R$ 3,94 b

U.V.

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Manchetes do dia

Quarta-feira , 02 / 04 / 2014 Correio Braziliense " R$ 20 mil para trabalhar um dia por semana. Quer?" São 24 vagas, o cargo não exige curso superior.  E, além do salário alto, garante muitas mordomias. Então, se quiser se candidatar, é bom começar a estudar... a possibilidade de se eleger deputado distrital. É isso mesmo: os beneficiários de tamanha regalia são os parlamentares que você elegeu na eleição passada e que custam a bagatela de R$ 62 milhões por ano aos cofres públicos. Ontem, cansados de ainda não terem feito quase nada em 2014, eles decidiram que, em vez de três vezes por semana, a partir de agora vão se reunir para votações apenas às terças-feiras. O restante do tempo, claro, a maioria dedicará à campanha para não perder o privilégio. Dos 24, só três não disputarão a eleição em outubro. E aí, também vai encarar as umas?   Estado de Minas " Polícia e MP decidem montar cadastro de reincidentes – 500 criminosos" O banco de dados com os prontu

Dominique

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Opinião

Desespero diante da CPI O Estado de S.Paulo Tendo fracassado em impedir que, em um punhado de dias, 29 senadores - entre eles 3 da base aliada - apoiassem a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o escândalo da Refinaria de Pasadena e outras presumíveis irregularidades da Petrobrás de 2005 em diante, o Planalto partiu para melar o jogo. Enquanto já se põe a chantagear alguns dos signatários do pedido para que voltem atrás, a fim de privar a iniciativa do quórum mínimo de 27 nomes (1/3 dos membros do Senado), o governo escancarou de outro modo ainda o desespero em que o êxito oposicionista o mergulhou. Consiste na manobra, inaceitável a qualquer título, de contrabandear para dentro do texto em torno do qual a oposição se uniu dois "aditivos" que não guardam a menor relação com o fato determinado que a lei exige para uma proposta ser acolhida pela direção da Casa do Congresso em que tiver sido concebida (ou por ambas, quando se tratar da cha

U.V.

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Manchetes do dia

Terça-feira , 01 / 04 / 2014 Correio Braziliense " Memórias de um Brasil que não queremos mais" Os 50 anos do golpe, o Brasil diz não repetiremos... Manifestações em várias cidades expressaram repúdio, ontem, à ditadura que se instalou em 31 de março de 1964 e impôs 21 anos de trevas ao país. Em São Paulo, pessoas exibiram fotos de vítimas da tortura e desaparecidos durante o regime militar. No Lago Norte, em Brasília, a casa do coronel Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-Codi, foi alvo de protesto e pichações.   Estado de Minas " Elas não mereciam ser estupradas" Campanha contra culpar vítimas avança, mas crimes aumentam em BH. A presidente Dilma manifestou apoio à campanha "Eu não mereço ser estuprada", lançada na internet sábado e que ontem já tinha mais de 40 mil adesões. É uma resposta à pesquisa do Ipea segundo a qual 65% dos brasileiros concordam total ou parcialmente que mulheres com roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas. A rea

Dominique

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Opinião

Meio século depois O Estado de S.Paulo Ao completarem-se 50 anos do movimento civil-militar de 31 de março de 1964, é possível ter uma visão mais serena e objetiva, tanto das condições que levaram a ele como dos primórdios do regime então implantado e o seu desvio do curso original imaginado, em especial, pelas lideranças civis. Facilitado pela perspectiva de meio século, esse esforço de compreensão dos fatos, assim como de seu dramático contexto histórico, é importante, sobretudo, para as novas gerações. O governo do presidente João Goulart teve sua origem numa crise - a da renúncia de Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961 - e em crise viveu até ser deposto. Goulart nunca se conformou com a solução de compromisso que, vencendo a resistência dos ministros militares, possibilitou sua posse - a instauração do parlamentarismo, no qual dividia seus poderes com o primeiro-ministro. Ao mesmo tempo que se esforçava para conseguir a volta do presidencialismo, o que aconteceu com o pleb

U.V.

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Segunda-feira , 31 / 03 / 2014 Correio Braziliense " Boletim da violência nas escolas do DF" Educação, atividade de alto risco no DF Um tiro nas costas de um estudante de 14 anos do Caseb, no Plano Piloto, há pouco mais de um mês, é um dos episódios reveladores do grau de insegurança que se instalou dentro ou nas proximidades das escolas públicas e privadas do DF. Série de reportagens de Adriana Bernardes e Manoela Alcântara, que o Correio publica a partir de hoje, mostra que a educação tem se tornado, ao longo dos anos, atividade de alto risco na capital do país.  Estado de Minas " O pedestre continua sem vez nas ruas de BH" Desrespeito à sinalização e fiscalização fraca levam mais perigo às faixas de travessia O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é ignorado. Campanhas educativas não surtem efeito e as autuações de motoristas que não respeitam as faixas de travessia caíram 35%. Uma das infrações mais comuns são veículos sobre as passagens quando o sin

Dominique

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Opinião

As Copas de Garrastazu e Dilma Gaudêncio Torquato* - O Estado de S.Paulo A frase é velha, mas espelha a alma nacional: o Brasil é o país do futebol. Por isso mesmo soam estranhos gritos nas ruas de "não vai ter Copa". Essa campanha contra o evento esportivo mais importante do mundo só entra na cachola quando se intui que seu alvo não é o futebol, mas os governos, os escândalos de corrupção, as coisas mal feitas e, no meio da algaravia, a anatomia arquitetônica de estádios sobrepondo-se, no entorno, à lama de becos e ruelas, ônibus estropiados, filas intermináveis em postos de saúde e corredores de hospitais locupletados de macas. Sob essa teia do presente emerge a imagem do passado, a Copa de 70, aquela em que um general de amedrontador sobrenome, Garrastazu Médici, e de nome Emílio, dominava a cena por inteiro. Tempos de emoção, dor e medo. Tempos de uma polifonia controlada, diferente destes nossos tempos internéticos, quando só se permitiam as vozes das ruas quando acom

U.V.

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Manchetes do dia

Domingo , 30 / 03 / 2014 Correio Braziliense " Quando a bigamia está dentro da lei" Será, enfim, o reconhecimento da "outra" A batalha judicial entre um triângulo amoroso capixaba pode alterar o princípio da monogamia no Brasil. A esposa e a companheira não oficial de um mesmo homem, já falecido, disputaram o benefício do INSS, que, embora tenha feito o rateio, apelou ao STF para que seja definido quem terá direito à pensão. Se a Corte confirmar a divisão do valor mensalmente concedido às duas mulheres, será uma revolução no direito de família, porque admitirá os relacionamentos simultâneos. Ainda não há data prevista para a decisão do Supremo. Estado de Minas " Golpe de 1964 - Duas visões da mesma história" A convite do EM, o médico e militante de esquerda Apolo Heringer Lisboa e o general Valdésio Guilherme de Figueiredo debatem, frente a frente, a tomada do poder pelos militares em 1964.  Marcha contra Jango  Nesta série que lembra os 50