O tédio mata nosso ensino

Paulo Ghiraldelli Jr.
Um professor do ensino fundamental ganha, por mês, entre R$ 300 e R$ 800 nas escolas paulistas e paulistanas. Qualquer um que tenha um carrinho de cachorro-quente na frente da escola, não aprovado pela vigilância sanitária, ganha mais que isso.
A vida na escola é insuportável, no Brasil. O aluno adolescente ameaça fisicamente o professor. Se vier a se defender, o professor tem contra ele o juiz, o pai, o delegado, a mãe, o Conselho Tutelar do Menor e, enfim e mais decisivamente, a gangue à que o garoto pertence.
Os prédios escolares, então, são ambientes de "filme catástrofe". Computadores e vídeos, estragados, se existem, ficam empilhados em bibliotecas fechadas. O aluno de nariz sujo e o professor de "chinelo de dedo" se misturam no martírio de um improvável aprendizado de conteúdo que ninguém justifica. O quadro se completa com a venda de roupas e bijuterias - um modo de sobreviver ali.
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