Pitacos do Zé

Sempre é tempo José Ronaldo dos Santos Tio Nestor, de todos, o “Totô”, era quem cortava os nossos cabelos nos primeiros anos de vida, na praia do Sapê. A sua casa era entre árvores que a gente adorava, principalmente bacuparizeiros e laranjeiras. Ele era muito paciente e amoroso; nos agradava sempre com guloseimas. Conversava sobre qualquer assunto e vivia repetindo que “sempre é tempo de aprender”. Hoje, pensando no espírito do “Totô”, que sempre nos ensinava alguma coisa, acordei pensando na biodiversidade. Afinal, não passa um dia sem que a gente não escute essa palavra na televisão, sobretudo agora em época de acontecer um encontro importante em relação ao meio ambiente. Apelei ao Antônio Carlos Diegues, um caiçara de Iguape, para ir mais além do tema e chegar até a etnobiodiversidade. A ajuda vem de seu livro A etnoconservação da natureza. “Para a ciência moderna, a biodiversidade pode ser definida como a variabilidade entre seres vivos de todas...