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Mostrando postagens de abril 17, 2016

Física

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Opinião

E agora, Michel? Alexandre Schwartsman E agora, Michel? A festa acabou, a luz apagou, a presidente se foi e o Brasil caiu no teu colo... E agora, Michel? Depois de anos de maus-tratos, cabe agora ao vice-presidente achar uma saída para a armadilha em que o país foi colocado por uma administração particularmente inepta, num país em que inépcia não chega a ser uma raridade (as paredes da sala de reuniões do Conselho Monetário Nacional, decoradas com retratos dos ministros da Fazenda, são um triste testemunho disso). A agenda é extensa. Para começar, enquanto o setor público registra hoje um deficit primário próximo a 2% do PIB (cerca de R$ 130 bilhões a preços de fevereiro de 2016), um cálculo conservador sugere que, para impedir que a dívida pública continue a crescer, seria necessário gerar um superavit primário também da ordem de 2% do PIB (e isso em condições bem mais favoráveis do que as que prevalecem hoje). Falamos, assim, de um ajuste fiscal necessário em torno de R$ 250 b

U.V.

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Manchetes do dia

Sábado 23 / 04 / 2016 O Globo " PSDB ameaça ficar fora de coalizão e complica Temer " Partido quer criar regra para punir tucanos que integrarem governo Vice-presidente, que está interinamente no cargo desde quinta-feira, recebeu sucessivas negativas a convites para compor seu eventual Ministério, especialmente na área econômica Com dificuldades para encontrar nomes para um eventual Ministério, o vice-presidente Michel Temer enfrenta mais um obstáculo: o PSDB, em reunião na próxima terça, deve estabelecer punição para quem assumir qualquer cargo, caso o vice se torne presidente de fato. O grupo de Temer corre contra o tempo, para dar sinais positivos ao mercado financeiro. Até agora, nomes como Arminio Fraga e Marcos Lisboa, para a Fazenda, e Ayres Britto e Nelson Jobim, para a Justiça — cotados como preferidos de Temer —, sinalizaram que não participarão. Interino no Planalto, o vice ontem se queixou da presidente Dilma Rousseff em entrevista ao “The New York Ti

Monospar

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Coluna do Celsinho

Reflexo Celso de Almeida Jr. Li e ouvi relatos de indignação com as manifestações de nossos deputados federais, quando da autorização para a abertura do processo de impeachment. Os votos - sim ou não - vieram acompanhados das declarações mais esquisitas. Até Joaquim Barbosa, ex-ministro do STF, disse sobre a votação: "É de chorar de vergonha! Simplesmente patético." Mas, afinal, qual a surpresa? Os mais velhinhos lembram da mesma novela quando do afastamento de Collor. As mesmas citações apaixonadas. Os mesmos arroubos juvenis. Insisto, portanto: qual a surpresa? Será que nunca reparamos em nossos representantes? Aliás, que ninguém nos ouça, alguém se identificou com algum dos deputados? Ou, pelo menos, lembrou da postura de um parente ou colega próximo? Sendo mais explícito: Se estivéssemos lá, faríamos muito diferente? Tirando os famosos Paulo Maluf e o palhaço Tiririca, bastante discretos em seus votos, a grande maioria não resisitiu aos segun

Dominique

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Opinião

Estamos falando da mesma coisa? Gabeira Brasília – Acordei na segunda-feira com um travo na garganta. A Câmara dos Deputados votou o impeachment. Era o desejo da maioria. Mas a maneira como o fez, com aquela sequência de votos dedicados à família, a filhos, netos e papagaio, com Bolsonaro saudando um torturador… fui dormir como se estivéssemos entrando na idade das trevas. Entretanto, quando me lembro das grandes demonstrações, sobretudo nas áreas metropolitanas do Brasil, constato que os deputados inventaram um enredo próprio para o impeachment. Não há sintonia com a realidade das ruas. Isso é demonstrado pela própria reação nas redes sociais. O Brasil parece ter descoberto um Congresso que só conhecia fragmentariamente. Isso dói, mas em médio e longo prazos será bom. Na segunda passada, na minha intervenção radiofônica, previ essa cantilena. Foi assim no impeachment de Collor. De lá para cá, o Congresso, relativamente, decaiu em oratória e cresceu em efeitos especiais. Houve

U.V.

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Manchetes do dia

Sexta-feira 22 / 04 / 2016 O Globo " Temer faz ofensiva contra discurso de Dilma " Temer faz ofensiva contra discurso de Dilma Poucas horas antes de assumir interinamente a Presidência, o vice Michel Temer lançou mão de ofensiva internacional para se contrapor ao discurso da presidente Dilma Rousseff, que vem associando o processo de impeachment a um golpe. Em entrevista ao “The Wall Street Journal”, Temer disse que a associação é ruim para o Brasil. Dilma chegou ontem a Nova York, onde deverá repetir o discurso.           Folha de S. Paulo " Temer lança ofensiva fora do país contra tese de golpe " Entrevistas são publicadas no dia em que Dilma viaja para atacar impeachment na ONU No dia em que a presidente Dilma Rousseff viajou aos EUA para defender na ONU que o impeachment é golpe, o vice Michel Temer lançou contraofensiva na imprensa internacional para negar ruptura da ordem institucional. Ele disse aos jornais “Financial Times” e “The Wal

Física

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Opinião

A vergonha e o terror Contardo Calligaris Em 1992, na votação do impeachment de Collor, suspendi o consultório e me instalei na frente da televisão. Na minha lembrança, os pronunciamentos dos deputados de 1992 não foram muito melhores dos de domingo passado, mas dava para tolerar tudo porque o espírito era diferente: havia no ar um gosto de liberdade conquistada. Hoje, penso assim: caso uma votação desse tipo volte a acontecer, peço encarecidamente que o regulamento da Câmera exija o voto sem pronunciamento: o deputado leu o relatório da Comissão Especial de impeachment, formou sua opinião e anuncia: "voto sim" ou "voto não". Pronto. Desta vez, só se salvou da depressão quem passou a tarde nas concentrações: exultaram ou choraram, mas pela boa razão que ganharam ou perderam. Para os que encararam o espetáculo da votação na televisão, sobrou uma depressão que ainda dura, tanto nos que perderam quanto nos que eram a favor do sim. É uma sensação de desamparo abs

U.V.

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Manchetes do dia

Quinta-feira 21 / 04 / 2016 O Globo " Ministros do STF: Dilma ofende instituições ao falar em golpe " Decano Celso de Mello condena ‘gravíssimo equívoco’ da presidente Dias Toffoli afirma que processo de impeachment aprovado na Câmara e que agora está no Senado garantiu ampla defesa à presidente; petista, porém, deve repetir a estratégia amanhã na ONU Ministros do Supremo Tribunal Federal rechaçaram ontem a alegação da presidente Dilma de que o impeachment aprovado na Câmara é um golpe. Argumentando que as regras foram definidas pela Corte e respeitadas pelos deputados, o decano do STF, Celso de Mello, afirmou que a acusação de Dilma é um “gravíssimo equívoco”. Para o ministro Dias Toffoli, o processo assegurou amplo direito de defesa, e alegar golpe agora é uma “ofensa às instituições brasileiras”. Também a ex-senadora Marina Silva (Rede) condenou a estratégia de defesa de Dilma. A presidente, porém, deve repetir o discurso amanhã na ONU, em Nova York. President

Física

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Opinião

O hipotético ministério de Temer Elio Gaspari O início da tramitação do impedimento de Dilma Rousseff ainda não completou uma semana e o entorno do vice-presidente Michel Temer conseguiu adicionar um problema a um país que tem duas epidemias, recessão, desemprego e governos estaduais quebrados. O problema novo é um ministério virtual posto em circulação. Serve como instrumento de propaganda, mas agrava uma confusão que poderá se arrastar até outubro. Já são mais de 20 os nomes que rolam na praça, alguns deles saídos de conversas no Jaburu, que de palácio não tem nada –é, quando muito, um esbanjamento de dinheiro público. (A casa é uma flor da gastança da ditadura). Trata-se de uma lista malandra, destinada a criar expectativas individuais (no caso de quem espera ser ministro) ou esperanças coletivas (nos poucos casos de gente que se espera ver no ministério). Por isso, aqui só será mencionado um deles. Armínio Fraga tem competência e biografia para ser ministro da Fazenda. Há um

U.V.

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Manchetes do dia

Quarta-feira 20 / 04 / 2016 O Globo " Oposição deve comandar impeachment no Senado " Renan marca início dos trabalhos da comissão para segunda-feira Votação que pode afastar Dilma da Presidência deve ocorrer até o dia 12 de maio Em reunião tensa, os líderes de partidos no Senado decidiram que a comissão que analisará o pedido de impeachment da presidente Dilma será formada de acordo com os blocos partidários da Casa, o que praticamente garante a presidência do colegiado ao PSDB e a relatoria ao PMDB. Apesar dos protestos da oposição, que queria o início imediato dos trabalhos, o presidente Renan Calheiros marcou para a próxima segunda a instalação da comissão, que deve ter maioria a favor do afastamento. A decisão da Câmara foi lida ontem no plenário. Se acolhida pelo Senado, Dilma será afastada.         Folha de S. Paulo " Câmara restringe apuração de deputados contra Cunha " Vice-presidente da Casa vê erros no processo; Conselho de Ética fala em