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Mostrando postagens de novembro 30, 2014

Dominique

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Opinião

Muito além da Petrobrás O ESTADO DE S.PAULO Funciona assim: "Desde o governo Sarney, governo Collor, governo Itamar, governo Fernando Henrique, governo Lula, governo Dilma, todos os diretores da Petrobrás e diretores de outras empresas, se não tivessem apoio político, não chegavam a diretor. Isso é fato. Pode ser comprovado". E o resultado é esse: "O que acontecia na Petrobrás acontece no Brasil inteiro: nas rodovias, ferrovias, nos portos, aeroportos, nas hidrelétricas. Isso acontece no Brasil inteiro. É só pesquisar". A bem da verdade, o autor desses dois enunciados não estabeleceu uma relação de causa e efeito entre eles. Mas se o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, em depoimento à CPI mista do Congresso sobre o esquema de corrupção na estatal, deixou de ligar os pontos do quadro que traçou, não pode haver dúvida sobre o tamanho, o alcance e a longevidade do círculo vicioso da corrupção compartilhada por servidores públicos, autoridades, parlamentar

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Sábado , 06 / 12 / 2014 O Globo " Escândalos em série: Planilha de doleiro tem 750 obras no país e no exterior" Para juiz, tabela é perturbadora e indica que esquema ia além da Petrobras. No total, valores de empreitadas listados por Alberto Youssef chegam a R$ 11,9 bilhões. Apreendida no escritório do doleiro Alberto Youssef, uma planilha com lista de 750 obras públicas de infraestrutura, tocadas por 170 empresas, indica que o esquema criminoso pode englobar outras estatais e empreiteiras, no Brasil e no exterior. O documento é um dos principais indícios que levaram o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, a sustentar que "o esquema criminoso de fraude à licitação, sobrepreço e propina vai muito além da Petrobras". A planilha relaciona valores que, somados, chegam a R$ 11,9 bilhões. Do total das obras listadas, 59% estão ligadas à Petrobras. Folha de S. Paulo " Ação da Promotoria cobra R$ 418 mi de cartel de trem" Ministério Públic

Nas montanhas de Tatuí

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Coluna do Celsinho

Atropelamento Celso de Almeida Jr. Quem atua em escola compreenderá melhor o que estou dizendo. Os últimos dias letivos são agitados. Alunos preocupados com o fechamento das notas. Professores, no limite da paciência, concluindo as atividades de recuperação. Administração escolar às voltas com a renovação de matrículas, emissão de históricos, conferência e arquivo de documentos. Eu, que integro há quase trinta anos o conselho gestor de duas instituições, o Colégio Dominique e o Instituto Salerno-Chieus, já acostumei com a pressão. O saldo, no meu caso, foi uma especial coleção de cabelos brancos. Experiência, porém, das mais gratificantes. Conviver com tantas inteligências, variadas faixas etárias, temperamentos para todos os gostos, contribuiu muito para entender melhor as relações humanas. E garantir belas lembranças. Hoje pela manhã, uma professora esteve na escola para entregar suas notas. Como não daria aulas, esteve acompanhada do filho e da filha, João

Dominique

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Opinião

As variações da lambança O ESTADO DE S.PAULO Entre 1819 e 1823, Beethoven transformou uma valsa do obscuro compositor austríaco Anton Diabelli no que viria a ser considerada uma síntese de sua obra e uma das mais notáveis peças para piano da música ocidental - as 33 variações em sol maior, opus 120. Ela se distingue pela proeza de seu autor, já surdo àquela altura, de trabalhar apenas com um punhado de notas para construir um conjunto de tamanha diversidade. Pedindo perdão à memória do gênio pela analogia, é o que parecem ter feito também, com indiscutível maestria, os participantes da corrupção enraizada na Petrobrás. A sua obra - ou o que dela já se pode conhecer - também consiste em conceber um amplo leque de ações criminosas a partir de uns poucos elementos, rearranjando-os com uma criatividade que não cessa de chamar a atenção. A mais recente variação a chegar ao conhecimento geral está contida nos depoimentos em regime de delação premiada do executivo Augusto Ribeiro de Mend

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Sexta-feira , 05 / 12 / 2014 O Globo " Governo reduz projeção do PIB para 0,8% em 2015" Proposta para alterar LDO do ano que vem adota meta fiscal de Levy Compromisso é obter superávit de 1,2% do PIB, deixando claro quais serão os descontos para investimentos do PAC. Previsão para crescimento econômico do país fica mais realista, próxima do que estima mercado financeiro Em sua primeira ação concreta para tentar resgatar a credibilidade da política fiscal, o governo enviou ontem ao Congresso proposta para alterar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015, na qual adota uma previsão mais realista para o crescimento do PIB no ano que vem, de 0,8%. Antes, o governo estimava 2%, bem acima das projeções do mercado, hoje em 0,77%. A proposta enviada ao Congresso também confirma a meta de superávit fiscal anunciada pelo futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de 1,2% do PIB. A meta deixa claro quais serão os descontos feitos para investimentos no PAC. E tr

Dominique

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A carta-compromisso de Dilma O ESTADO DE S.PAULO Sem reconhecer os erros do primeiro mandato nem o fracasso de seu "modelo" desenvolvimentista, a presidente Dilma Rousseff acaba de prometer um novo estilo de gestão para os próximos quatro anos - com mais juízo e mais cuidado com os fundamentos da economia. A promessa foi formulada em carta lida pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, em evento do banco J. P. Morgan para investidores. Convidada para a reunião, a presidente preferiu mandar um representante para ler seu pronunciamento. O objetivo da mensagem é semelhante ao da Carta ao Povo Brasileiro, assinada em 2002 pelo candidato Luiz Inácio Lula da Silva: conquistar a confiança do mercado. Mas as circunstâncias são diferentes. O candidato Lula precisava renovar sua imagem, mostrar-se moderado e razoável e neutralizar o velho discurso petista, eliminando o temor de um calote contra os credores da dívida pública e de uma administração irresponsável. A carta da presid

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Quinta-feira , 04 / 12 / 2014 O Globo " Propina virou doação oficial ao PT, diz delator" Executivo de empreiteira revela que fez repasses ao partido no período de 2008 a 2011 Augusto Mendonça Neto conta que se reuniu com o tesoureiro Vaccari no diretório petista e que dinheiro foi desviado de obras de refinaria no Paraná. PT afirma que doações foram feitas de acordo com a lei Augusto Mendonça Neto, executivo da Toyo Setal que negociou delação premiada, afirmou que parte da propina por desvios nas obras de refinaria da Petrobras no Paraná foi re passada ao PT em forma de doações oficiais de campanha. Os repasses, disse, foram feitos de 2008 a 2011 e totalizaram cerca de R$ 4 milhões. Na prestação de contas do partido à Justiça Eleitoral, há registro de R$ 3,6 milhões doados por empresas mencionadas por Mendonça Neto. Segundo ele, foi Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, quem ordenou a doação ao PT. A propina era repassada para campanhas do PT, para emiss

Dominique

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Em jornalismo, recordar é viver Leão Serva Em 1992, escrevi para a Folha reportagem sob o título "Verdes tentam salvar mogno da Amazônia" (10/5/1992). Tratava de uma campanha lançada no Reino Unido propondo o boicote à madeira brasileira retirada ilegalmente da floresta, roubada a comunidades indígenas. Havia ameaça de extinção dessa madeira nobre no Pará. No texto, narrei também uma negociação com madeireiros que, embora ilegal, ocorrera no escritório da Funai em Altamira. Poucos dias depois, o líder madeireiro Danilo Olivo Carlotto Remor enviou carta ao Painel do Leitor (3/6/1992), negou que o corte de árvores pudesse afetar o equilíbrio da floresta, disse que os índios pressionavam as empresas, que a exploração era benigna, que a mata se regenerava e que a atividade econômica se baseava no manejo sustentável. Passados 20 anos, quando o Pará ostentava seguidamente os piores índices de destruição da Amazônia e o sistema climático da região já dava sinais do esgotament

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Quarta-feira , 03 / 12 / 2014 O Globo " Costa revela que delatou 35 políticos" Há corrupção 'no Brasil inteiro', afirma ex-diretor Delator alega que estava 'enojado' Pasadena foi decisão do Conselho da estatal Em acareação com o também ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa disse ontem na CPI Mista que mencionou o nome de "algumas dezenas" de políticos em seus depoimentos na delação premiada, que estão sob sigilo. Logo depois, em conversa com o deputado Enio Bacci (PDT-RS), ele informou que são 35 políticos envolvidos no esquema investigado pela Lava-Jato. Costa afirmou ainda que a corrupção descoberta na estatal ocorre no "Brasil inteiro", atingindo obras de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrelétricas. O ex-diretor reafirmou todas as denúncias que fez à justiça e, por duas vezes, se disse enojado com a corrupção na estatal. Ele usou esse termo pela primeira vez ao se referir ao fato de ter enviado,

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O poder bichado O ESTADO DE S.PAULO Do doleiro Alberto Youssef se pode afirmar que o que ele não sabe não vale a pena saber. E se tiver contado aos investigadores da Operação Lava Jato a metade que fosse apenas do que conhece em primeira mão, a Polícia Federal e o Ministério Público têm diante de si um cenário de bandalheiras que reduz a uma poça o "mar de lama" de tempos idos. Como informou ontem este jornal, por exemplo, a certa altura das suas mais de 100 horas de depoimentos em regime de delação premiada, concluídos há uma semana, o operador que desinfetou, por baixo, R$ 10 bilhões em dinheiro contaminado disse que "só sobram dois" no Partido Progressista (PP) sem envolvimento com a extração sistemática de recursos da Petrobrás. Desde as eleições municipais de 2012, quando o pepista Paulo Maluf acolheu de braços abertos o candidato petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo - coroando uma operação conduzida pelo companheiro Luiz Inácio Lula da Silva,

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Terça-feira , 02 / 12 / 2014 O Globo " Governo pressiona Congresso com verba" Planalto condiciona liberação de emendas à alteração da meta fiscal  Oposição acusa Executivo de chantagear parlamentares para forçar a aprovação da regra que permite descumprir superávit; Dilma reúne líderes e diz que, sem mudança, estados e municípios sofrerão consequências  O governo condicionou a liberação de mais R$ 444,7 milhões para emendas individuais de parlamentares à aprovação da proposta que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014 e permite ao governo descumprir a meta fiscal deste ano. Essa condicionante está explícita no decreto editado na última sexta-feira que promete ampliar em R$ 10 bilhões os gastos com toda a máquina pública. Semana passada, uma rebelião da base aliada impediu a aprovação da mudança da meta fiscal. Nova votação está prevista para hoje. Para a oposição, o governo está fazendo chantagem com os parlamentares. Folha de S. Paulo " Gasol

Dominique

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As férias dos procuradores O ESTADO DE S.PAULO Ao julgar um recurso extraordinário com repercussão geral apresentado pela Advocacia-Geral da União, o Supremo Tribunal Federal decidiu, por unanimidade, que os procuradores da administração pública federal direta, autárquica e fundacional e de empresas públicas e sociedades de economia mista têm direito a não mais que 30 dias de férias por ano. Procuradores que atuam em Ministérios, universidades federais, agências reguladoras e autarquias, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Conselho Administrativo de Defesa Economia (Cade), reivindicavam férias anuais de 60 dias. A pretensão foi acolhida pela Turma Recursal da Seção Judiciária de Maceió, em Alagoas, sob a justificativa de que as duas leis ordinárias que tratam da matéria - uma de 1953 e outra de 1962 - teriam sido recepcionadas como leis complementares pelo artigo 1

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Segunda-feira , 01 / 12 / 2014 O Globo " Corrupção na Petrobras reduz ganho de acionistas" Parcela paga pela estatal pode cair à metade com ajuste contábil Após recorde de R$ 8,7 bilhões no 1° semestre, valor destinado por petrolífera a investidores deverá diminuir com a revisão do balanço financeiro exigida pela auditoria. União e BNDES têm 60% dos papéis ON da empresa O ajuste contábil que a Petrobras terá que fazer no seu balanço financeiro deverá reduzir os dividendos, ou seja, a parcela de lucro distribuída aos acionistas. Analistas estimam que, co colocar no balanço o custo da corrupção, a empresa reduzirá os dividendos para até R$ 0,17 por ação ON ou menos da metade do R$ 0,37 antes previsto. Essa queda virá após a empresa ter distribuído R$ 8,7 bilhões em dividendos no 1° semestre, o maior valor desde 2009. A União também será prejudicada porque, junto com o BNDES, detém cerca de 60% das ações ON da Petrobras. Folha de S. Paulo " Plano prevê taxar mai

Dominique

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Elite branca do B Gabeira Um amigo que veio do exterior estava surpreso com o Brasil. Soube da campanha eleitoral, da luta contra a elite branca, dos filmes mostrando como um banqueiro iria tirar a comida da mesa dos pobres. Ao chegar, encontra a vencedora procurando alguém do mercado, com capacidade para ajustar suas contas, que por sinal bateram um recorde negativo em outubro: R$ 8,13 bilhões negativos nas transações correntes. Como explicar isso? Respondi que os números falavam por eles próprios. Ou melhor, começaram a falar depois das eleições, porque muitos deles foram, devidamente, engavetados durante a campanha. E as famílias pobres diante da mesa de jantar? A lógica implacável dos números acaba impondo do PT o que mais estigmatizava no adversário: um fazedor de contas, alguém que não espanque a aritmética. Mais surpreendente ainda é a possível escolha de Kátia Abreu para a Agricultura. O amigo leu no “Guardian” sua primeira entrevista dela. Kátia disse que seu modelo pol

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Domingo , 30 / 11 / 2014 O Globo " Lei fiscal não vai ser cumprida por 17 estados" Quatro deles podem sofrer punições por excesso de gastos com pessoal Situação de inchaço das máquinas estaduais está pior do que a registrado em 2010 A dificuldade para colocar as contas em ordem não aflige somente o governo federal. Em 17 estados, o excesso de despesas com pessoal ultrapassou um dos limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, informa Silvia Amorim. A situação é pior do que em 2010, quando dez unidades da Federação estavam nessa "zona de risco". Algumas já enfrentam problemas para pagar salários. O quadro é mais grave em Alagoas, Piauí, Paraíba e Sergipe, onde a despesa do Executivo com a folha de pagamento ultrapassou o teto máximo permitido, que é de 49% da receita corrente líquida. Se não se adequarem, esses estados poderão ter repasses da União suspensos, e governadores estão sujeitos até a multa e condenação por improbidade administrativa.