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Mostrando postagens de dezembro 4, 2016

Crônica

Quase... Sidney Borges Acordei cedo. A manhã estava bonita, ensolarada, depois o céu ficou encoberto, mas quando fui passear no jardim tinha sol. Fiquei contemplando a grama, ontem o jardineiro cortou, depois choveu, a grama gostou, tive a sensação que sorria para mim. Foi quando notei alguma coisa no fundo do quintal, perto da pitangueira maior, tenho duas, ambas dadivosas, mas o momento não é de pitangas, é de acerolas, o chão está coberto de bolinhas vermelhas, bom para o teiú que aparece quase todos os dias e assusta os gatos.  Não sei se assusta, mas eles ficam atentos ao bicho verde e lustroso que passeia silencioso.  O que seria aquela coisa que vi de relance, um gato estranho, um gambá? Continuei observando o jardim e aproveitei para tirar algumas folhas secas da samambaia "Sua Boba", que me acompanha há mais de trinta anos, sempre verde e sempre alegre. Conversamos um pouco, como é de praxe. Quando saio para dar aulas ela fica rindo de mim. Sua Boba é gozadora

Física

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Opinião

Sapateiros da República Demétrio Magnoli Marco Aurélio Mello crismou a solução de conservar Renan Calheiros na presidência do Senado afastando-o da linha sucessória como "meia sola constitucional". De gambiarras o magistrado entende: foi ele que mandou tramitar na Câmara um processo de impeachment contra o então vice Michel Temer, mesmo se a Constituição não prevê o impedimento de vice-presidente. Mas a sapataria inferior tornou-se ofício permanente dos ministros do STF, que já nem simulam algum apego à tábua da lei. No templo da Justiça, meia sola é a regra. Em maio, ao suspender o mandato de Eduardo Cunha, a Corte Suprema ignorou o princípio básico de que apenas os eleitos têm a prerrogativa de dispor do mandato dos eleitos. Na ocasião, os juízes ainda afetaram escrúpulos constitucionais, qualificando a sentença como "excepcional". Contudo, de fato, escudado na aversão popular ao corrupto caricatural, o STF erguia-se como Poder Moderador, árbitro dos confli

U.V.

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Manchetes do dia

Sábado 10  / 12 / 2016 O Globo " Delatores citam Temer, Renan, Maia, Padilha, Moreira, Alckmin, Serra... " E mais: Jucá, Eunício, Palocci, Kátia Abreu, Geddel, Agripino, Cunha, Jaques Wagner, Marco Maia, Ciro Nogueira, Gim Argelo Ex-executivos da maior empreiteira do país começam a ser ouvidos pela Lava-Jato e relatam doações legais e ilegais para integrantes das cúpulas do governo e do PMDB, além de tucanos, petistas e partidos aliados do Planalto Em delação para a Lava-Jato, o ex-diretor da Odebrecht Claudio Melo Filho citou o presidente Temer e integrantes das cúpulas do governo e do PMDB como beneficiários de doações, legais ou via caixa dois, em troca de apoio a interesses privados da empreiteira, segundo o “Jornal Nacional” da TV Globo. Melo afirmou que, em 2014, Temer pediu a Marcelo Odebrecht ajuda para campanhas e que o então presidente da empresa deu R$ 10 milhões para Skaf em SP e para Eliseu Padilha, hoje ministro. Parte do dinheiro teria sido ent

Paulistinha

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Opinião

Reza brava Celso de Almeida Jr. Há alguns anos, eu e um amigo - muito religioso - preparávamos um cliente para um debate que ocorreria num ginásio poliesportivo, a noite. Com direito a torcida, candidatos a prefeito seriam provocados sobre os mais espinhosos temas. Naquela tarde, simulamos questões e sugerimos ajustes nas respostas. Aos que nunca enfrentaram uma experiência destas, posso garantir que é inevitável enfrentar certa tensão. Em nosso caso, a situação era mais complicada, pois teríamos a agitação das arquibancadas. Pois bem... Chegada a hora, credenciado como assessor, me posicionei junto ao cliente. Olho para um lado, nada. Olho para o outro, também nada. Quem eu procurava? Ué?! O amigo que, junto comigo, treinara o candidato para aquele momento crítico. Sua presença próxima - conforme eu pensava - seria algo natural, pois era meu único aliado nas orientações rápidas, caso o candidato enfrentasse algum revés. Acionei o celular. Atendeu. Onde

Física

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Opinião

Mesmo conhecendo as consequências de nossos atos, não deixaremos de agir Contardo Calligaris Todos conhecemos a história da rã e do escorpião (é uma fábula recente, parece que surgiu nos anos 50 do século passado). O escorpião, querendo atravessar o rio, pede à rã que ela o carregue nas costas. A rã responde que ela não é boba: o escorpião vai picá-la. O escorpião argumenta que, se ele picasse a rã, eles afogariam juntos –e ele não quer morrer, certo? A rã, convencida, topa carregar o escorpião, o qual, no meio da travessia, pica a rã. Os dois vão morrer afogados. A rã estranha: você também vai morrer. E o escorpião conclui: não posso fazer nada, querida rã, picar é minha natureza. O roteiro é um pouco capenga. Se fosse a rã, eu recusaria o pedido do escorpião porque, afinal, um escorpião avisado esperaria termos chegado do outro lado antes de me picar. Mas, para que a história funcione, imaginemos que o escorpião possa picar a rã só quando ambos estiverem no meio do rio. A

U.V.

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Manchetes do dia

Sexta-feira 9  / 12 / 2016 O Globo " Exclusão de bombeiro e PM agrava crise dos estados " Categorias respondem por metade do déficit das previdências estaduais Analistas criticam recuo do governo e lembram que União havia se comprometido com os governadores a incluir os regimes especiais. Regras de transição para os funcionários públicos serão mais suaves A decisão do governo de retirar policiais militares e bombeiros da proposta de mudança nas regras da aposentadoria foi criticada por especialistas. As duas categorias respondem por um déficit de R$ 28,8 bilhões nas previdências estaduais, ou quase metade do rombo total de R$ 60,9 bilhões dos 26 estados e do Distrito Federal. Analistas lembram que o governo federal havia se comprometido com os governadores a incluir esses regimes especiais na mudança constitucional. A proposta de reforma da Previdência também prevê regras de transição mais suaves para funcionários públicos em relação a trabalhadores do setor

Física

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Opinião

Cuba pré-castrista tinha saúde e educação notáveis como os atuais Demétrio Magnoli Na sua capa, à guisa de epitáfio, a Folha (27/11) ofereceu a Fidel Castro uma espécie de absolvição histórica: "A ditadura é reconhecida por ter melhorado as condições de saúde e educação na ilha caribenha". O mito da ditadura benigna emergiu, em formulações similares, nas declarações de FHC e José Serra, refletindo um consenso dos que, ao menos, recusam-se a elogiar fuzilamentos sumários ou o encarceramento de dissidentes. Temo estragar a festa contando um segredo de Polichinelo: a Cuba pré-castrista exibia indicadores de saúde e educação tão notáveis quanto os atuais. Fulgêncio Batista dominou a política cubana durante um quarto de século, até a revolução de 1959. Em 1937, no seu segundo ano de poder, instituiu o salário mínimo e a jornada de oito horas, antes do Brasil (1940) e de qualquer país latino-americano. No início da segunda década da "era Batista", em 1955, a taxa de

U.V.

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Manchetes do dia

Quinta-feira 8  / 12 / 2016 O Globo " Desobediência premiada " Por 6 votos a 3, Supremo mantém Renan à frente do Senado; Temer, FH e Sarney articularam solução Apesar de ter sido desafiado por Renan Calheiros, o STF decidiu mantê-lo no cargo de presidente do Senado, mesmo sendo réu, impedindo apenas que assuma eventualmente a Presidência da República. O julgamento ocorreu 24 horas após a inédita decisão do Senado de desobedecer à liminar do ministro Marco Aurélio Mello que ordenava o afastamento imediato de Renan do posto. A crise deflagrou operação em que o presidente Temer e os ex-presidentes FH e José Sarney se empenharam em convencer ministros do STF a apoiar a solução que acabou vencedora. O Planalto comemorou, certo de que agora conseguirá aprovar emenda que limita gastos públicos.           O Estado de S.Paulo " Supremo mantém Renan na presidência do Senado " Por 6 votos a 3, ministros decidem apenas tirar peemedebista da linha sucessó