Fábulas tupiniquins
Caetano, Lula, banqueiros e o escambáu... Sidney Borges Sai de casa para a tradicional caminhada matinal. Encontrei minha ex-faxineira. Mudou de profissão. É cabeleireira. Comprou uma moto com a ajuda do governo, abriu um salão de beleza e melhorou de vida. Fiquei feliz por ela, é empreendedora e tem sorte de ter nascido no Brasil, país capitalista que permite mobilidade social. Espero que enriqueça e convide o ex-patrão para festas regadas a champanhe de primeira. É bom ter amigos ricos. E generosos. Continuei caminhado. Encontrei outro amigo, viver em cidade pequena é assim, tropeçamos em amigos. Fui convidado a visitar o Saco da Ribeira. Enquanto o amigo tratava de negócios fiquei perambulando pelo pier. Um iate dominava a visão, branco, enorme, majestoso. Ao me ver em contemplação extasiada um marinheiro, amigo de longa data, disse que o dono é banqueiro. Com jeitão de quem não quer nada cheguei perto. No deck duas louras com biquinis de onça passavam bronzeador nas costas do ricaç...