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Mostrando postagens de setembro 4, 2016

Física

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Opinião

Onde houver morte violenta, escreveremos 'aqui um morto' Contardo Calligaris No fim dos anos 1950 ou no começo dos 1960, eu atravessei a Espanha, de leste a oeste, viajando de carro com meus pais. Íamos da Itália até a Andaluzia. Naquele ano (que não sei qual foi), a administração das rodovias espanholas fazia campanha contra as mortes nas estradas. Os motoristas eram incitados à prudência por grandes cartazes que assinalavam sobriamente: "Aquí un muerto", "Aquí dos muertos" —o máximo que vi foi "Aquí cuatro muertos". Era só isso. Sem descrições das circunstâncias, o acidente, às vezes, parecia inexplicável —por exemplo, no meio de uma linha reta quase deserta. Talvez alguém tivesse dormido ao volante. Quando passávamos por um cartaz, meu pai diminuía mais ainda sua velocidade, que nunca era grande. Me lembrei disso ouvindo um candidato à Prefeitura de São Paulo propor o aumento da velocidade máxima nas marginais. A diminuição do limit

U.V.

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Manchetes do dia

Sábado  10 / 09 / 2016 O Globo " Temer troca comando da AGU e nomeia 1ª ministra " Fábio Medina Osório acumulou desentendimentos com o Planalto Pedido de compartilhamento de informações da Lava-Jato desgastou ainda mais a relação A primeira mulher no Ministério do presidente Michel Temer será Grace Mendonça, que assumirá o lugar de Fábio Medina Osório à frente da Advogacia Geral da União, onde ela fez carreira. Demitido por telefone por Temer, Medina Osório estava desgastado antes do processo de impeachment de Dilma e saiu pela série de desentendimentos que acumulou. Entre os motivos de irritação do Planalto estava a atuação autônoma dele, sem aval do governo, como um pedido de informações à Lava-Jato.                                           O Estado de S.Paulo " Chefe da AGU cai e aponta resistência à Lava Jato " Ex-advogado-geral, Fabio Osório atribui exoneração à decisão de ajuizar ações contra investigados O advogado-geral da Uniã

Mooney M20C Ranger

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Coluna do Celsinho

Colégio Dominique: rumo aos 40 Celso de Almeida Jr. Conversando com a Prô Aninha e o Celso, pai, rememoramos a trajetória do Colégio Dominique. É claro que não sai do pensamento cada degrau subido - e descido - nesta jornada que tanto esforço exigiu de nossa família. Mas, naturalmente, às vésperas do 40º ano letivo, as lembranças afloram com muita intensidade. Não foi fácil chegar até aqui. Há, nesta bonita história, um monumental esforço coletivo de professores, funcionários, pais e alunos que integraram os quadros do colégio em algum momento nestas quatro décadas. Empreendedores brasileiros, em Ubatuba, não escapamos das dores de manter uma empresa por tanto tempo, sobrevivendo aos mais complexos desafios administrativos. Como conseguimos? Muito esforço, muito trabalho, muita perseverança e - claro - muito apoio e solidariedade de profissionais, familiares e amigos queridos. Há, porém, algo mais. Afinal, sabemos que as qualidades acima fizeram parte de muitas em

Física

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Opinião

O despertar dos mágicos Gabeira Lá se foi o impeachment de Dilma. Em poucos dias a Câmara se livra de Eduardo Cunha. Começou uma nova fase, mesmo para aqueles que não a desejavam. Os defensores do governo caído também mudaram de palavra de ordem. Volta Dilma saiu de cartaz e no lugar entrou o slogan Diretas Já. Em tese, deveria começar logo o tempo de mudanças que recuperem a economia, a grande prioridade do momento. Mas por mais que deseje a melhora, novos horizontes, retomada das contratações, o governo Temer ainda não inspira a confiança necessária. Ele nem se preocupou em enterrar a velha fase. Na China, Temer fez comentários sobre os protestos e Meirelles, que é ministro da Fazenda, também tentou analisá-los. São dois trapalhões com estilo diferente. Temer subestimou o movimento. Meirelles superestimou-o, afirmando que era um protesto substancial com 100 mil pessoas. Os comunicadores do governo não ganham o mesmo que João Santana cobrava do PT. Mas precisam ao menos ensina

U.V.

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Manchetes do dia

Sexta-feira 9 / 09 / 2016 O Globo " Atraso no ajuste fiscal pode custar mais R$ 21 bi " Sem reformas, país teria de cortar mais gastos ou subir impostos Estudo mostra que, se o governo não implementar medidas para sanear as finanças até o fim deste ano, será ainda mais oneroso evitar uma alta na dívida pública, que hoje já é de 69,5% do PIB Quanto mais o governo demorar para fazer o ajuste fiscal, maior ficará a conta a ser paga pelos brasileiros para evitar um descontrole no endividamento público. Estudo dos economistas Rubens Penha Cysne, da FGV-Rio, e Carlos Thadeu de Freitas, da CNC, mostra que, desde junho, a ausência de reformas já custou R$ 6,6 bilhões ao país. Se o governo chegar ao fim do ano sem aprovar as medidas e deixá- las para o primeiro trimestre de 2017, o país terá de arcar com R$ 21 bilhões a mais em impostos ou corte de gastos para evitar um aumento da dívida pública, que hoje já está em 69,5% do PIB.                                        

Física

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Opinião

'A Morte de Ivan Ilitch', de Tolstói, revela as mentiras da existência João Pereira Coutinho Amigo leitor: peço desculpa pelo uso abusivo da palavra. Eu não sou seu amigo. Nem você é meu. Não nos conhecemos e, francamente, melhor assim. Eu escrevo e, com sorte, alguém lê desse lado. É uma troca justa. E basta. Aliás, por falar em amigos, quantos você tem? Cinco? Dez? Vinte? Melhor cortar o número para metade. Tempos atrás, li um estudo sobre as nossas falsas percepções sobre os amigos. E parece que só metade das amizades que julgamos sólidas são recíprocas. Na outra metade estão pessoas que não pensam em nós, pensam pouco ou até pensam mal. Essas conclusões não me espantam. Experiência cotidiana: alguém fala que encontrou o personagem X e ele, eufórico, falou de mim como "grande amigo". Disfarço, por gentileza. Mas, se fizesse uma lista com as cem pessoas que passaram pela minha vida –da família mais próxima ao homem que me vendeu os jornais meia hora atrás–,

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Manchetes do dia

Quinta-feira 8 / 09 / 2016 O Globo " Paralimpíada emociona Maracanã " Depois do tom histórico da festa da Olimpíada, a emocionante abertura da Paralimpíada se concentrou nos desafios daqueles que enfrentam necessidades especiais. Um Maracanã lotado se encantou com a americana Amy Purdy, que bailou sobre duas próteses com um robô industrial. A festa, que começou com um salto em cadeira de rodas, teve quebra-cabeça virando coração e muitos outros pontos altos, como a chegada da bandeira, levada por pais unidos aos filhos deficientes com botas adaptadas, e a passagem da chama entre as ex-corredoras Márcia Malsar, que caiu no piso molhado pela chuva, e Ádria Santos. No fim, o nadador Clodoaldo Silva acendeu a pira paralímpica.                                           O Estado de S.Paulo " Janot envia ao STF parecer pró-aborto em caso de zika " O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer favorável à

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Opinião

Transação bancária simples vira pequeno drama burocrático Ferreira Gullar Vou contar a vocês uma história que talvez lhes interesse porque, no fundo, diz respeito a todos nós, que somos obrigados a pôr nosso dinheiro no banco. A coisa aconteceu com o Alex, meu amigo, mas poderia acontecer com qualquer um de nós, que temos os bancos como parte de nossa vida. A história começa quando Alex devia receber, do exterior, o pagamento por um texto que escreveu para uma editora portuguesa. Não era nenhuma fortuna, apenas 4 mil euros. Foi então informado que teria de conseguir no Ministério da Fazenda do Brasil uma declaração que o confirmasse como contribuinte do Imposto de Renda. Do contrário, descontariam 25% do total a lhe ser pago. Como não sabia de que modo obter a tal declaração, pediu a um primo seu, que é contador, para lhe quebrar aquele galho. O primo se informou e, então, pediu-lhe que redigisse um documento solicitando a tal declaração. Isso foi feito e entregue numa delegacia

U.V.

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