Pensata
Crise: o que vem aí Fernando Canzian WASHINGTON - Um dos mais experientes repórteres de uma grande agência de notícias em Washington saiu de um "pueblito" latino-americano miserável há décadas e fez a vida na América. Encontrei-o no fim-de-semana com cara de enterro na sala de imprensa do FMI (Fundo Monetário Internacional). Seu fundo de aposentadoria derreteu. O dinheiro reservado para a universidade do filho também. Como a maioria dos norte-americanos, a poupança da família estava na Bolsa. Só no último ano, a queda dos mercados subtraiu US$ 2 trilhões (quase dois PIBs brasileiros) dos fundos de aposentadoria. Tirou também muitos outros trilhões de quem simplesmente coloca sua poupança nesse tipo de aplicação. Ao contrário da imagem que as Bolsas têm no Brasil, elas são "o" instrumento de poupança nos EUA. Todos põem dinheiro ali, não apenas os especuladores. A situação de muitos norte-americanos hoje é a seguinte: 1) Estão significativamente mais pobres com a re...