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Mostrando postagens de maio 15, 2016

Física

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Opinião

Diálogo com a tesoura Gabeira Quando ouço a palavra cultura, saco minha tesoura. É razoável que se pense assim num momento de crise aguda. Não entendo, porém, o fim do Ministério da Cultura. O governo Temer nasceu de uma emergência, teve pouco tempo para se estruturar. Sua prioridade é correta: reconstrução econômica. Sua tática, também: conquistar a maioria no Congresso para aprovar as medidas saneadoras. Paga-se um preço, mas, enfim, é a única saída real. Compreendo, portanto, que o governo Temer ainda não tenha uma política cultural. Esta é a primeira crítica: é preciso ter política para, depois, definir o instrumento. Secretaria ou ministério, qual o melhor? Depende. Quando saiu da secretaria do MEC, o Ministério da Cultura foi rebaixado. Perdeu a Roquete Pinto e a TVE. Gilberto Gil tentou recuperar a TV quando Lula a recriou. Perdeu para uma corrente que dirigia a comunicação. Na França os dois são unidos, Ministério da Cultura e Comunicação. Superficialmente, o fim do min

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Manchetes do dia

Sábado 21 / 05 / 2016 O Globo " Governo prevê rombo de R$ 170,5 bi este ano " Déficit é corrigido para incluir queda de receitas e ajuda a estados Equipe econômica desbloqueia R$ 36,7 bi para pagar atrasados do PAC e despesas de Saúde, Defesa e diplomacia. Meirelles diz que nova meta, que não inclui CPMF, é realista e não será mais alterada em 2016 O governo Michel Temer anunciou ontem a nova meta fiscal de 2016, que agora prevê um rombo inédito de R$ 170,5 bilhões nas contas federais. O número, segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, é “transparente e realista” e não será revisto. O governo Dilma previra inicialmente um superávit de R$ 24 bilhões para o ano. A equipe econômica surpreendeu ao liberar gastos para Saúde, Defesa, diplomacia e Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas argumentou que são despesas essenciais ao funcionamento da máquina pública. Na segunda-feira, o presidente interino, Michel Temer, irá pessoalmente ao Congresso explic

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Coluna do Celsinho

Caldo de galinha Celso de Almeida Jr Nesta última quarta-feira a noite, tomando um caldinho com um amigo que trabalha em instituição militar, soube da penúria de seu departamento. Recursos contingenciados. Ações de capacitação comprometidas. Projetos congelados. Na manhã seguinte, leio nos jornais resolução do Partido dos Trabalhadores que contém, entre outras avaliações conjunturais, o seguinte parágrafo: “Fomos igualmente descuidados com a necessidade de reformar o Estado, o que implicaria impedir a sabotagem conservadora nas estruturas de mando da Polícia Federal e do Ministério Público Federal; modificar os currículos das academias militares; promover oficiais com compromisso democrático e nacionalista; fortalecer a ala mais avançada do Itamaraty e redimensionar sensivelmente a distribuição de 5 verbas publicitárias para os monopólios da informação.” Já incomodados com os grandes desafios orçamentárias que enfrentam, comandantes das Forças Armadas ficaram ainda mais

Física

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Opinião

O tamanho da encrenca Alexandre Schwartsman As contas públicas se encontram em estado grave, fruto de anos de descaso, e a solução para o problema envolve uma equação política complicada. Não está claro que o novo governo consiga resolvê-la, embora suas chances sejam bem melhores do que as da administração anterior. Para dar uma ideia do tamanho da encrenca, no ano passado o governo federal gastou quase R$ 1,2 trilhão (é "trilhão" mesmo), quase um quinto de tudo o que foi produzido no país, o PIB, em 2015. O conjunto dos Estados gastou R$ 536 bilhões, quase um décimo do PIB. Sem contar, portanto, os mais de 5.500 municípios, a despesa não financeira do setor público "comeu" pouco menos de 30% do PIB, montante que deve se manter aproximadamente constante em 2016. Muito gasto, mas pouco investimento, que, entre Estados e União, não passou de 2% do PIB, irrisório diante das necessidades do país. Não é só o tamanho do gasto que preocupa; também seu ritmo de cre

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Manchetes do dia

Sexta-feira 20 / 05 / 2016 O Globo " Parente: Petrobras não terá mais indicações políticas " Novo presidente diz que ‘gestão será totalmente profissional’ Orientação foi dada por Temer e também uma condição para aceitar o cargo, afirma. Empresários e analistas aprovam escolha. Estatal tem R$ 450 bi em dívidas e plano de vender US$ 14 bi em ativos Pedro Parente, ministro da Casa Civil no governo Fernando Henrique Cardoso, foi anunciado ontem como novo presidente da Petrobras. Técnico com habilidade política e experiência na gestão de crises, Parente conduziu o racionamento de energia em 2001. Seu nome foi bem recebido por empresários e analistas do mercado. Logo após o anúncio, Parente disse que não haverá indicações políticas para a estatal. Segundo ele, essa foi uma orientação feita pelo presidente interino, Michel Temer, e também uma condição para que aceitasse o convite. As ligações entre diretores da estatal e políticos estiveram no centro do escândalo de cor

Física

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Opinião

A doutrinação mais perigosa Contardo Calligaris Na adolescência, os contos de Hemingway eram meu modelo de estilo, e eu tentava imitá-lo: frases curtas, coordenadas, repetições frequentes etc. Imaginava que, dessa forma, eu escreveria sem retórica: só os fatos, sem a tentativa de convencer ninguém de nada. Eu estava errado: o estilo dos contos de Hemingway é tão retórico quanto a escrita de um bacharel em direito do século 19. A retórica do bacharel incluía a vontade de falar diferente do povo e de se diferenciar dele. A de Hemingway, ao contrário, incluía a vontade de parecer espontâneo e "natural". Em geral, a gente quase sempre acha que nossa escrita e nossa fala são "naturais", enquanto as dos outros são infestadas pela retórica. Na verdade, não há escrita ou fala que não sejam retóricas. Guardemos essa constatação e vamos ao tema de hoje. Como assinala e discute o editorial da Folha de 15 de maio, na Câmara dos Deputados, em várias Assembleias Legislat

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Manchetes do dia

Quinta-feira 19 / 05 / 2016 O Globo " Escolha de líder mostra que Temer dependerá de Cunha " Por maioria, cargo é entregue a um aliado do deputado afastado Integrante do pequeno PSC, André Moura é réu em três processos no STF e cuidará da articulação entre o Planalto e a Câmara, que discutirá projetos importantes para recuperação da economia Réu da Lava-Jato e afastado da presidência da Câmara pelo STF, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) mostrou força ao garantir um aliado no cargo de líder do governo Temer na Casa, o deputado André Moura (PSC-SE), que responde a três processos no STF e pertence a um partido nanico. Temer cedeu à pressão do chamado centrão, grupo comandado por Cunha e que reúne 291 deputados, o que deixou claro que o novo governo dependerá do presidente afastado da Câmara para aprovar medidas impopulares necessárias para recuperar a economia. A decisão causou mal-estar entre aliados de Temer, desagradando especialmente ao DEM, que queria Rodrigo Maia. “Isso

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Opinião

O nome do jogo é Nezinho Alencar Elio Gaspari Existe a agenda do século 21, que pede banheiros para transgêneros, história d'África nos currículos e livre consumo de maconha. É bonita e moderna, mas embute um truque. Discutindo-se a agenda do 21 esquecem-se os restos a pagar do 19. No 19, os patriarcas escondiam-se na escravidão para viver naquilo que Gilberto Freyre chamou de "intoxicação sexual". No 21, essa figura do oligarca, senhor de seus domínios, perdeu espaço, mas ainda vai bem obrigado. No dia 23 de janeiro de 2016 deste século 21, o ex-senador Manoel Alencar Neto (PSB-TO), também conhecido como Nezinho Alencar, foi preso pela Polícia Federal sob a acusação de ter abusado sexualmente de duas meninas menores, uma de seis e outra de oito anos. Nezinho é uma próspero político do Estado de Tocantins e chegou ao Senado em 2005, cavalgando uma suplência. Esteve na cadeira por alguns meses, durante os quais honrou a base governista, defendeu a prorrogação das

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Manchetes do dia

Quarta-feira 18 / 05 / 2016 O Globo " Reforma deve afetar trabalhadores na ativa " Fazenda quer mudança ampla em aposentadorias para conter rombo Meirelles diz que é preciso diferenciar ‘expectativa de direito’ de ‘direito adquirido’. Só quem já cumpriu os requisitos para se aposentar não sentirá as mudanças. Governo pretende enviar a proposta em 30 dias A proposta de reforma da Previdência que o governo enviará ao Congresso nos próximos 30 dias vai prever mudança ampla, que afetará todos os trabalhadores na ativa, mas com regras de transição para reduzir impactos para quem está perto de se aposentar, informam GERALDA DOCA e MARTHA BECK. Apenas quem já cumpriu os requisitos para pedir aposentadoria não terá os benefícios alterados. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, destacou que é preciso diferenciar “expectativa de direito” de “direito adquirido”. O secretário de Previdência será o economista Marcelo Caetano. O governo tem de resolver o rombo fiscal, e u