Ubatubenses

O ser caiçara fica! José Ronaldo dos Santos Sempre estamos perdendo caiçaras. Nestes dias perdemos o caiçara Isaac Antonio. Ontem, oito de julho, foi a celebração do sétimo dia, uma tradição do catolicismo. A igreja do Itaguá, além dos pais e numerosos parentes, também acolheu muitos amigos. Todos queriam expressar mais do que um sentimento religioso. A emoção mais forte era a de pertencer a uma cultura. Por isso eu, no momento do ato religioso, definia o misticismo como a convicção de pertencer a um grupo e de querer se encontrar sempre para se sentir fortalecido em torno de ideais semelhantes. É essa mística que põe em comunhão as lembranças e os viventes; fortalece uma memória; não deixa que os membros esmoreçam apesar das atribulações de todas as épocas. Uma das últimas conversas que tive com o Isaac, ele me confessou da admiração por determinados nomes do bairro que não se corromperam, não traíram aqueles princípios que estão na base da vida comunitária. Depois,...