O preço da tolerância à inflação Estadão Mais uma façanha negativa poderá ser inscrita, nas próximas semanas, no currículo já robusto da presidente Dilma Rousseff. A economia continua anêmica e o desemprego aumenta, mas a inflação de 6,17% no primeiro semestre quase igualou a de todo o ano passado – de 6,41%, já um despropósito. Se os preços ao consumidor subirem mais 0,4% em julho, o limite anual de tolerância, 6,5%, será estourado em apenas sete meses. Mas uma taxa de 0,4% neste mês será um milagre, ou quase, porque nada indica, neste momento, uma redução tão significativa das pressões inflacionárias. Para quem gosta de preços em disparada – há gosto para tudo, segundo dizem – as perspectivas de 2015 continuam muito promissoras. Até agora, nenhum motivo de queixa. Mais que isso: a taxa do mês passado, de 0,79%, foi a mais alta em junho desde 1996. Em julho, a inflação acumulada em 12 meses poderá ultrapassar também a previsão do mercado financeiro para este ano. Na semana passad...