Colunistas
Desmundo O tempo em que “civilização brasileira”, futuro e vida eram coisas que faziam sentido. Em meio ao “desmanche” atual, o oxigênio vem do talento de Mirisola, André Sant’Anna & cia. Márcia Denser Conversando há alguns dias com meu grande amigo Ítalo Moriconi (poeta, crítico), mencionamos que grande tema dariam as gerações pós-90 como Gerações Deserdadas – deserdadas de “nós”, os de 80,70 e 60 (e quem mais estiver vivo). Contudo, o que seria uma proposta prévia de mea-culpa desbordou em – ao sabor do tempo e da reflexão – equívoco. Não, meu querido Ítalo, nós não deserdamos ninguém. Todos fomos espoliados, eis a questão. Pois o mercantilismo feroz dos nossos dias, ao nos espoliar dos ideais, dos sonhos, dos projetos e, naturalmente, das esperanças futuras – em suma, de tudo aquilo o que seria IMPALPÁVEL –, nos roubou precisamente a REALIDADE MATERIAL, deixando em seu lugar apenas escombros, uma sucata de vida e cultura implodida em fragmentos desconexos. E naturalmente a cruel...