Meu amigo Che
Bolivia, 1967 Muito se falou de Che Guevara na comemoração dos quarenta anos de sua morte, ocorrida na Bolívia em nove de outubro de 1967. Che morreu moço e assim será lembrado, tivesse sobrevivido estaria com setenta e nove anos e não existiria o mito. “Heróis” vivos são humanos demais, padecem de desejos e fraquezas, não inspiram lendas. Já aos mortos cabem as glorias do porvir glorioso que não aconteceu. O mito Guevara começou quando Fidel e seus barbudos desceram as montanhas da Sierra Maestra para assumir a Cuba de Fulgêncio Batista, que fazendo juz ao nome, “fulgiu”. He, He, He, desculpem, mas essa eu não poderia deixar passar. No começo Fidel não era comunista, ou se era não dizia em público. Na luta pela “libertação” até contou com a ajuda dos americanos, descontentes com os rumos da ditadura do aliado Batista. Che esteve sempre ao lado de Fidel e com a vitória assegurada sentiu que seu papel não era o de consolidador da revolução, atividade burocrática que desprezava, mas sim ...