Postagens

Mostrando postagens de março 13, 2016

Dominique

Imagem

Opinião

Coletores-caçadores Contardo Calligaris Nas manifestações de domingo passado, a insatisfação da rua não tratou nenhum político com simpatia. Uma exceção foi em Brasília, onde o deputado Jair Bolsonaro foi bem recebido pelos manifestantes. Isso não significa que os manifestantes contra a corrupção, Dilma, o governo, o PT, Eduardo Cunha e afins sejam nostálgicos da ditadura militar ou misóginos, homofóbicos, contrários ao aborto etc. Hoje, o apelo a alguém que encarna a pior repressão não me estranha. A corrupção é mais endêmica do que a dengue e o zika; portanto, é normal que haja um bom números de corruptos, corruptores, sonegadores, encostados etc. entre os que desejam que a corrupção e o encosto não sejam mais nosso sistema de governo. Agora, quem precisa lutar contra suas próprias piores tendências invoca remédios que possam inibir sua própria liberdade. Ou seja, quem invoca a ditadura militar contra a corrupção é como um viciado que pede para ser internado para lutar contr

U.V.

Imagem

Manchetes do dia

Sábado 19 / 03 / 2016 O Globo " Aliados de Dilma e Lula fazem manifestação em todos os estados " PT reúne 275 mil, 7% do público das manifestações pelo impeachment Cinco dias após o maior protesto da História, que reuniu pelo menos 3,6 milhões nas ruas do país pedindo o impeachment da presidente Dilma, ontem CUT, sindicatos, movimentos sociais e o PT conseguiram mobilizar manifestantes pró-Dilma e Lula em todos os estados. Segundo estimativas oficiais, 275 mil pessoas participaram dos atos de ontem, ou 7% do público de domingo. Na Avenida Paulista, os manifestantes ocuparam 11 quarteirões, 12 a menos que nas manifestações anti-Dilma. Os protestos em favor do governo tiveram shows e foram realizados num dia de semana, após o expediente. O anterior, no domingo. Ameaçado de prisão e sob pressão por grampos da Lava-Jato, Lula foi à Paulista e reencarnou a versão "paz e amor". As críticas dos manifestantes se concentraram no juiz Sérgio Moro. Folha de S. Paulo

Ford Trimotor

Imagem

Coluna do Celsinho

Bom futuro Celso de Almeida Jr. Nesta semana conversei com dois jovens empreendores. Na primeira reunião, uma dedicada profissional ilustrou-me novas estratégias de comunicação nas redes sociais. Colheu, atenta, informações sobre a empresa onde trabalho, material necessário para formular procedimentos inovadores. Aproveitou a oportunidade e compartilhou comigo um de seus projetos de alcance social, sensibilizando-me para a causa. No outro encontro, um entusiasta pelo desenvolvimento sustentável de Ubatuba convenceu-me a ser parceiro de seu projeto. Seus argumentos pela preservação responsável, pela valorização dos agentes econômicos locais  e pela divulgação inteligente da "marca" Ubatuba causaram a melhor impressão. Muito bom, né? Jovens competentes e dedicados empreendendo, dando luz à novas ideias, acreditando no presente e no futuro da cidade. Por um instante, lembrei-me de minha juventude. Meus sonhos, meus projetos, minha vontade de contribuir para

Dominique

Imagem

Opinião

No beco sem saída Ferreira Gullar No final da semana passada, ocorreram fatos políticos que, por sua relevância, mudaram qualitativamente a situação, já crítica, do governo Dilma Rousseff, do presidente Lula e de seu partido: a divulgação da delação premiada do ex-líder do governo no Senado Delcídio Amaral e a condução coercitiva do ex-presidente Lula para depor na Operação Lava Jato. Não por acaso, em função desses fatos, a presidente Dilma convocou o ministério para, solenemente, tentar responder às acusações feita pelo seu ex-representante no Senado e a reação de Lula após o depoimento que foi obrigado a prestar. As possíveis consequências da delação feita por Delcídio assustaram o Planalto, principalmente por suas implicações, dadas as revelações que contém, que darão vida nova ao processo de impeachment da presidente da República. Lula tampouco escapa das denúncias feitas pelo seu, até bem pouco tempo, fiel companheiro de partido. A delação de Delcídio, embora surpreendente

U.V.

Imagem

Manchetes do dia

Sexta-feira 18 / 03 / 2016 O Globo " Judiciário repudia ofensas e suspende manobra de Lula " ‘Condutas criminosas à sombra do poder jamais serão toleradas’, avisa decano do STF Ex-presidente chegou a ser empossado em solenidade na qual Dilma reagiu à divulgação de grampos pelo juiz Sérgio Moro e disse que ‘golpes começam’ assim. Em carta no fim do dia, Lula afirmou que respeita o Judiciário e pediu justiça A posse do ex-presidente Lula na Casa Civil, vista pela Lava- Jato como manobra para obter foro privilegiado e escapar do juiz Sérgio Moro, foi suspensa logo após a solenidade no Planalto. Dois juízes deram liminares, uma já cassada, por entender que a nomeação é uma intervenção indevida nas investigações sobre Lula. Mais de 30 ações, no STF e na primeira instância, contestam a posse por a considerarem uma manobra da presidente Dilma e de Lula. No STF, os processos ficarão com o ministro Gilmar Mendes, crítico do PT. Dilma reagiu à divulgação dos grampos e repu

Dominique

Imagem

Opinião

Dilma decidiu inflar Lula Elio Gaspari Dizer que o 13 de março foi a maior manifestação política da história do país é pouco. Ao contrário dos grandes comícios das Diretas, as manifestações de domingo não tiveram participação relevante de governos estaduais, muito menos transporte gratuito. Isso para não mencionar o vexame dos tucanos que tentaram surfar a cena, foram para a avenida Paulista e ouviram o ronco da rua. Em 1984, o palanque do comício da Sé tinha 120 metros quadrados e foi montado pela Paulistur. No do Rio, os palanques foram dois, um só para VIPs, mais um pódio e passarela para os artistas que se acomodavam num prédio próximo. Sinal dos tempos: em 1984, receando vaias da militância petista, o governador de São Paulo, Franco Montoro, chegou ao proscênio ao lado de Lula. (A cena foi coordenada pelo advogado Marcio Thomaz Bastos.) Passou o tempo e Lula, onipresente nas ruas com seus bonecos infláveis, foi convidado pela doutora Dilma para voltar a Brasília como regente

U.V.

Imagem

Manchetes do dia

Quinta-feira 17 / 03 / 2016 O Globo " Diálogo ameaça Dilma " Dilma: Alô. Lula: Alô. Dilma: Lula, deixa eu te falar uma coisa. Lula: Fala, querida. Ahn. Dilma: Seguinte, eu tô mandando o Messias junto com o papel... pra gente ter ele. E só usa em caso de necessidade, que é o Termo de Posse, tá?! Lula: Uhum. Tá bom, tá bom. Dilma: Só isso, você espera aí que ele tá indo aí. Lula: Tá bom, eu tô aqui, fico aguardando. Dilma: Tchau. Lula: Tchau, querida. Investigado na Lava-Jato e sob ameaça de prisão, o ex-presidente Lula voltou ontem ao governo, nomeado ministro da Casa Civil pela presidente Dilma para ganhar foro privilegiado no STF e escapar de decisões do juiz de primeira instância Sérgio Moro. Antes de a nomeação ser oficializada, porém, Moro liberou o sigilo de gravações, inclusive de conversas entre o ex-presidente e Dilma, com indícios de acerto entre os dois para obstruir a Justiça e prejudicar as investigações, segundo avaliação da força-tarefa da Lava-jato. Em co

Dominique

Imagem

Opinião

Impeachment, urgente! Demétrio Magnoli O círculo íntimo de Lula abrange apenas dois escudeiros. Paulo Okamotto cuida do caixa; Gilberto Carvalho, da política. Falando à Folha (7/3), o segundo disparou uma ameaça dirigida a Dilma Rousseff e outra ao país inteiro. Com Dilma, funcionou: enquadrada, a presidente reposicionou-se na vanguarda do combate à Lava Jato. Agora, a escolha tornou-se incontornável: é o impeachment ou o triunfo da velha ordem. Carvalho chamou Dilma a mudar sua agenda econômica, sob pena de acentuar seu "conflito com o partido", e formulou uma sentença de morte condicional: "a sobrevivência dela estaria muito ameaçada se saísse do PT". Quanto ao país, tudo dependeria do "comportamento da Polícia Federal, do Ministério Público e do Judiciário". Há uma linha vermelha: "Se ficar claro que a Lava Jato busca combater a corrupção, não o Lula", ok. Caso contrário, "temo muito um processo que nos leve ao que acontece na Venezu

U.V.

Imagem

Manchetes do dia

Quarta-feira 16 / 03 / 2016 O Globo " Janot vai pedir investigação de Lula, Temer, Mercadante e Aécio " Delcídio diz que foi ‘escalado’ por Dilma e ex-presidente para barrar Lava-Jato Colaboração de ex-líder do governo inclui gravação de conversa de Mercadante com assessor que indicaria uma tentativa de impedir acordo com a Justiça, com oferta de ajuda política e financeira. Presidente diz que iniciativa foi ‘ação pessoal’ Ainda às voltas com os ecos das manifestações de domingo, o governo se viu ontem diante de outra crise de grandes proporções: a homologação da delação do senador Delcídio Amaral, que deixou ontem o PT. Em 21 sessões de depoimentos, ele fez denúncias contra governo e oposição. O MP Federal já decidiu pedir ao STF autorização para investigar o ministro Aloizio Mercadante (Educação), o ex-presidente Lula, o vice-presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves (PSDB-MG). O ex-líder do governo acusou Mercadante de tentar obstruir as investigações da Lava

Dominique

Imagem

Opinião

Só a pobreza é imoral João Pereira Coutinho Desigualdade: não há tema mais quente em política. Que o diga Octávio Luiz Motta Ferraz, que em artigo para a "Ilustríssima" me interpela sobre o assunto. Tudo porque, semanas atrás, escrevi nesta coluna sobre "On Inequality" (sobre a desigualdade), o pequeno livro de Harry Frankfurt. Que recomendo. Dizia eu, partindo de Frankfurt, que talvez o problema das nossas sociedades não esteja na desigualdade em si (ao fim e ao cabo, eu sou mais pobre que Cristiano Ronaldo e ninguém pretende corrigir essa desigualdade) mas, antes, na existência da pobreza. Consequentemente, as políticas de distribuição de renda devem ponderar antes o que é "suficiente" para uma vida digna —e não alimentar grandes projetos utópicos que, ao procurarem a igualdade perfeita, apenas geram o tipo de igualdade que a limitação dos recursos impõe: a igualdade de todos na miséria. Verdade, verdade: algumas das minhas conclusões partiam do