Editorial

Aguardando a Justiça

No período da campanha eleitoral de 1994 escrevi no Ubatuba Víbora recém criado e quase desconhecido, uma matéria sobre o encontro de dois políticos, na época adversários. Desabou uma tempestade sobre a minha cabeça. Além dos telefonemas intimidatórios para a minha casa, tive de enfrentar carrancas ameaçadoras por onde quer que passasse. O que sempre me intrigou foi que a ira recaiu sobre o escriba. Ninguém teve o cuidado de escrever um texto dizendo que o encontro não aconteceu. Teria sido mais racional fazer um desmentido. Não fosse o desconhecimento de comunicação dos candidatos e o episódio poderia ter tido peso no resultado da eleição. Agora noto que esse tempo é passado, qualquer questionamento é prontamente respondido. Na querela fundiária em voga, pessoas que ocupam cargos de relevância foram acusadas de se apoderar de áreas públicas depois de "esquentar" documentos. Os acusadores dizem ter provas irrefutáveis que apresentarão à Justiça. Os acusados afirmam que nada fizeram de errado e nada temem. Sabemos que acusações produzem estragos, ainda que infundadas. Mas sabemos também que o feitiço pode virar contra o feiticeiro, desde que haja um processo eficiente de comunicação. A verdade deve prevalecer e o Ubatuba Víbora dará amplo destaque ao que for decidido pela Justiça. Por ora evitaremos voltar ao tema por nos parecer improdutivo. Salvo em caso excepcional. As partes já tiveram a oportunidade de colocar suas versões. Resta aguardar. A verdade tarda, mas costuma aparecer.

Sidney Borges

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