O custo da recuperação Estadão É preciso pôr o Brasil novamente de pé, disse o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, uma semana antes de confirmado com números oficiais o desastre econômico do terceiro trimestre. Não se conseguirá reativar a economia, acrescentou, “deixando o Orçamento folgado, à deriva”, como se a solução estivesse no gasto público. Não havia dúvida, nesse momento, sobre a persistência da recessão, mas o balanço veio pior que as previsões: Produto Interno Bruto (PIB) 1,7% menor que o do segundo trimestre, quando o mercado estimava uma redução de 1,2% e o Ministério da Fazenda, de 1,1%. Autoridades preferiram silenciar, mas uma nota da Fazenda, sóbria, técnica e sem subterfúgios, mais uma vez destacou o recado essencial do ministro: o ajuste fiscal é indispensável para o País vencer a recessão e voltar a crescer, assim como o combate à inflação é necessário para a manutenção do poder de compra das famílias e, portanto, para a recuperação da atividade. As duas afirmaç...