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Mostrando postagens de novembro 29, 2015

Dominique

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Opinião

A política do Velho Oeste Estadão Quando o palhaço Tiririca se candidatou a deputado federal, em 2010, seu slogan era “pior do que está não fica”. Com isso, o popular humorista quis dizer que o Congresso já estava de tal maneira degradado que sua participação como parlamentar seria incapaz de piorá-lo. Mas Tiririca estava enganado. O faroeste em que se transformou Brasília, com a presidente da República, Dilma Rousseff, e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, comportando-se como num duelo na porta do saloon, foi apenas a mais recente etapa do colapso moral da política brasileira – alguns fazem o diabo, outros são capazes de tudo e algumas das principais autoridades do Executivo e do Legislativo são suspeitas de delitos diversos. Embora vergonhoso, esse comportamento no mais alto escalão da República não causa surpresa. Ao longo da última década, o País tem visto, com estupefação, a política degringolar em vale-tudo. O poder transformou-se em um fim em si mesmo. Desde que chegou

Manchetes do dia

Sábado 5 / 12 / 2015 O Globo " Para o Planalto, parte do PMDB atua contra Dilma " Braço-direito do vice Michel Temer, Padilha entrega carta de demissão Presidente convoca ministros para reunião de emergência com o objetivo de analisar comportamento do partido aliado; ministro Henrique Eduardo Alves é pressionado a deixar a pasta do Turismo Após a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma, o ministro mais próximo do vice Michel Temer, Eliseu Padilha (A viação Civil), pediu demissão depois de tentar, sem sucesso, audiência com a presidente e o ministro Jaques Wagner (Casa Civil). A aliados, Padilha disse que saiu por lealdade a Temer, cuja relação com Dilma se deteriorou. A presidente convocou ministros para reunião de emergência ontem à tarde. O Planalto considera que parte do PMDB age contra Dilma e teme que Padilha trabalhe pelo impeachment para favorecer Temer. Folha de S. Paulo " Alckmin recua e suspende a reorganização escolar em SP "

De Havilland Comet

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Coluna do Celsinho

Pós lama Celso de Almeida Jr . Ao que parece, caminhamos para o fim do governo Dilma. No processo de impeachment é previsível que, do embate, o lamaçal político escorrerá para todos os lados. Dias difíceis. Serão superados. Pelo posicionamento - até aqui - do vice presidente Michel Temer, já é possível vislumbrar um futuro governo de coalização. Seria a repetição da fórmula Itamar Franco, que gerou certa paz política quando do afastamento do então presidente Collor. Penso que a diferença daqueles tempos é que até alguns integrantes do PT comporiam uma gestão Temer. O partido precisará se reinventar. Neste sentido, demonstrar boa vontade num novo arranjo poderá ser a sua única saída. No governo Itamar, Lula nunca indicou para a administração federal alguém genuinamente dos quadros do PT. Pensava nas eleições de 1994, imaginando que Itamar não vingaria. O PSDB abraçou o velho político mineiro, viabilizou o Plano Real e acabou fazendo o sucessor. Num eventual g

Dominique

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Opinião

Uma luz no fim do túnel Estadão Dilma Rousseff e Eduardo Cunha selaram seus próprios destinos na quarta-feira, quando romperam o impasse político que vinha paralisando o País desde o início do ano. Fizeram a catarse de suas angústias em dois pronunciamentos que justificam o aforismo que pontuou boa parte das análises e comentários publicados ontem nos meios de comunicação: a hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude. Por seus próprios meios e méritos, a presidente da República e o presidente da Câmara dos Deputados, a partir de posições antagônicas, caminharam na direção do mesmo e merecido fim: o banimento da vida pública. Cunha chega ao ocaso obrigado a lançar mão do valioso trunfo com que vinha hipocritamente chantageando o governo: o poder de decidir sobre o início do processo de impeachment da presidente. Daqui para a frente pouco lhe resta, senão usar sua influência minguante para a consecução da vendetta contra Dilma e o PT. O Conselho de Ética, onde seu destino

U.V.

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Manchetes do dia

Sexta-feira 4 / 12 / 2015 O Globo " Dilma quer pressa para evitar julgamento em cenário pior " Planalto defende suspensão de recesso parlamentar; oposição fica contra Governo, que precisa de 172 votos na Câmara, tenta evitar que pressão das ruas aumente com agravamento da crise econômica; partidos aliados recorrem ao STF questionando legitimidade de Cunha para conduzir processo Com a criação da Comissão Especial que analisará o pedido de impeachment da presidente Dilma na Câmara, o governo mobilizou ontem ministros e parlamentares aliados para tentar apressar a votação do processo. O temor do Planalto é que, com mais tempo e a espera da piorado cenário econômico, a popularidade da presidente caia ainda mais, a crise se agrave e as manifestações de rua voltem com força. Ministros e o ex-presidente Lula pediram que o Congresso suspenda o recesso, que deveria começar dia 22, para agilizar o processo. A oposição, porém, não tem pressa porque conta com a “tempestade perfeita”

Boeing 787 Dreamliner

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Eletrobras - Eletronuclear

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Eletronuclear assina convênio para construção do novo Hospital de Paraty Divulgação Na tarde de ontem (02/12), a Eletronuclear e a prefeitura de Paraty firmaram um Termo de Compromisso para construção do novo Hospital de Paraty, que funcionará no endereço onde está situada a Santa Casa do município. Os recursos do convênio, no valor de R$ 15 milhões, começarão a ser repassados pela empresa assim que for equacionado o financiamento da Usina Angra 3 e suas obras retomadas - conforme acordado com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que determina as ações a serem executadas para se obter a licença ambiental do empreendimento. Com a assinatura do convênio, a prefeitura de Paraty tem garantias para iniciar as obras do Hospital, já que o contrato avaliza o Poder Municipal a acessar linhas de crédito que cubram os gastos com a construção, antes mesmo de serem retomadas as atividades na Usina Angra 3. Por parte da Eletronuclear, assinaram o Term

Dominique

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Opinião

O custo da recuperação Estadão É preciso pôr o Brasil novamente de pé, disse o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, uma semana antes de confirmado com números oficiais o desastre econômico do terceiro trimestre. Não se conseguirá reativar a economia, acrescentou, “deixando o Orçamento folgado, à deriva”, como se a solução estivesse no gasto público. Não havia dúvida, nesse momento, sobre a persistência da recessão, mas o balanço veio pior que as previsões: Produto Interno Bruto (PIB) 1,7% menor que o do segundo trimestre, quando o mercado estimava uma redução de 1,2% e o Ministério da Fazenda, de 1,1%. Autoridades preferiram silenciar, mas uma nota da Fazenda, sóbria, técnica e sem subterfúgios, mais uma vez destacou o recado essencial do ministro: o ajuste fiscal é indispensável para o País vencer a recessão e voltar a crescer, assim como o combate à inflação é necessário para a manutenção do poder de compra das famílias e, portanto, para a recuperação da atividade. As duas afirmaç

U.V.

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Manchetes do dia

Quinta-feira 3 / 12 / 2015 O Globo " Cunha retalia PT e abre impeachment de Dilma " Presidente reage, diz que não cometeu atos ilícitos e ataca adversário Processo é deflagrado 23 anos depois de o Congresso analisar ação contra Fernando Collor ; pedido, feito pelo ex-petista Hélio Bicudo, argumenta que governo continuou a recorrer às “pedaladas” fiscais em 2015 Menos de cinco horas depois de ser abandonado pelo PT no Conselho de Ética, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), retaliou e cumpriu as ameaças ao governo, anunciando ter acolhido pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma, 23 anos após o Congresso analisar a ação contra o então presidente Fernando Collor. Em pronunciamento, Dilma disse que não há qualquer ato ilícito praticado por ela e atacou o adversário, investigado na Lava-Jato e no Conselho de Ética. “Não possuo conta no exterior. Nunca coagi ou tentei coagir instituições ou pessoas”, disse ela, apesar de o pedido d

Dominique

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Opinião

O amigo oculto Quando é que Eduardo Cunha vai chegar ao mar? Gabeira Aqui, em Regência, na foz do Rio Doce, não consigo entender como não rompem certas barreiras em Brasília. Gastamos muito latim e nada resolvemos. Um ministro do supremo aconselhou Cunha a renunciar. O mesmo fez o ex-presidente Fernando Henrique. Preferia que se encontrassem oposição e Supremo, que um decidisse provocar o outro e tivesse resposta. O Supremo cassaria Cunha e, finalmente, ele seria arrastado para o mar. Como presidente, Cunha barra a investigação. Além disso tem muitos adeptos na Câmara e um sólido núcleo de bandidos que acreditam ter sequestrado a instituição. Por muito menos, gente sem mandato foi presa e está em Curitiba. Bumlai, por exemplo, finalmente dançou. Ele conseguiu quase meio bilhão de empréstimos no BNDES. É amigo de Lula. Um dos empréstimos de R$ 12 milhões ele teria saldado com sêmen de boi. Porran, Bumlai. Não costumo escrever essa palavra. Mas depois de ouvi-la de uma travesti nu

U.V.

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Manchetes do dia

Quarta-feira 2 / 12 / 2015 O Globo " PIB sob risco de depressão " Economia tem queda generalizada no 3º tri Resultado só não é pior que o da Ucrânia Crise pode ser a mais grave em 35 anos O PIB caiu 4,5% no terceiro trimestre, em relação ao mesmo período de 2014, o pior resultado da série do IBGE, iniciada em 1996. Investimentos e consumo das famílias tiveram queda recorde. E a indústria de transformação não amargava resultado tão ruim desde a crise global, em 2009. Muitos analistas já veem a economia em depressão, que é uma recessão mais profunda e duradoura. A atual recessão, iniciada em 2014, poderá durar 11 trimestres e representar, no período, um tombo de 8,1% do PIB, segundo a FGV. Caso confirmada, será a pior crise em 35 anos. Folha de S. Paulo " Economia afunda em crise histórica " Em meio a descontrole político e pessimismo de empresários e consumidores, PIB encolhe 1,7% no terceiro trimestre Em meio à prolongada crise política e à desconf

Dominique

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Opinião

Diagnóstico sombrio Estadão Um em cada três brasileiros entende que a corrupção é o maior problema do País, de acordo com a pesquisa Datafolha divulgada no último fim de semana. Cerca de um ano atrás esse índice oscilava em torno dos 10%. De lá para cá, explodiu, deixando muito para trás as marcas relativas a questões estruturais, como saúde e educação, ou conjunturais, como o desemprego, que interferem diretamente na vida dos cidadãos. Como se explica isso? O que parece estar ocorrendo é que os brasileiros começam a se dar conta de que nenhuma prioridade nacional será séria e eficientemente atacada enquanto a energia política do País estiver concentrada na corrupção, seja para praticá-la, seja para livrar seus agentes da responsabilização penal. A conclusão é óbvia: o Brasil precisa urgentemente de rigorosa faxina política. A ação saneadora depende em boa medida da Polícia, do Ministério Público e do Judiciário, além de outros órgãos de controle, que têm funcionado. Mas a bala de

U.V.

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Manchetes do dia

Terça-feira 1 / 12 / 2015 O Globo " Microcefalia se espalha, e Rio já tem 21 casos " No país, registros da doença saltaram de 739 para 1.248 em 1 semana Rápido aumento do número de bebês com a malformação atinge principalmente o Nordeste, mas, segundo o Ministério da Saúde, ocorrências já foram registradas em 13 estados e no Distrito Federal O número de recém-nascidos com microcefalia no Estado do Rio já chega a 21, sendo que 15 dos casos ocorreram a partir de julho, cerca de três meses depois dos primeiros registros de zika. O Ministério da Saúde confirmou a relação entre o vírus e a epidemia da malformação cerebral. No país, os casos de microcefalia saltaram de 739 para 1.248 em apenas uma semana. A epidemia se espalha pelo país, atingindo 13 estados e o Distrito Federal, embora a maior concentração ocorra em Pernambuco, com pelo menos 646 crianças nascidas com a doença contra 487 na semana passada. Os números são preocupantes, mas o balanço divulgado pelo Mini

Dominique

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Opinião

A deslegitimação de um sistema político Elio Gaspari Estava tudo planejado. Nestor Cerveró conseguiria um habeas corpus, atravessaria a fronteira com o Paraguai, tomaria um jatinho Falcon e desceria na Espanha. Deu errado porque Bernardo, o filho do ex-diretor da Petrobras, gravou a trama do senador Delcídio do Amaral e a narrativa de sua conversa com o banqueiro André Esteves. Depois do estouro, estava tudo combinado. Em votação secreta, o plenário do Senado mandaria a Justiça soltar Delcídio, ou talvez o transferisse para prisão domiciliar num apartamento funcional de Brasília. Deu errado porque a conta política ficou cara e sobretudo porque o ministro Luiz Fachin ordenou que a votação fosse aberta. A Operação Lava Jato, com seus desdobramentos, está chegando ao cenário descrito há 11 anos pelo juiz Sergio Moro num artigo sobre a "Operação Mãos Limpas" italiana. Ela deslegitimou um sistema político corrupto. É isso que está acontecendo no Brasil. Na Itália, depois da