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Mostrando postagens de março 27, 2016

Dominique

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Opinião

Nem Dilma nem Temer Editorial da Folha de São Paulo A presidente Dilma Rousseff (PT) perdeu as condições de governar o país. É com pesar que este jornal chega a essa conclusão. Nunca é desejável interromper, ainda que por meios legais, um mandato presidencial obtido em eleição democrática. Depois de seu partido protagonizar os maiores escândalos de corrupção de que se tem notícia; depois de se reeleger à custa de clamoroso estelionato eleitoral; depois de seu governo provocar a pior recessão da história, Dilma colhe o que merece. Formou-se imensa maioria favorável a seu impeachment. As maiores manifestações políticas de que se tem registro no Brasil tomaram as ruas a exigir a remoção da presidente. Sempre oportunistas, as forças dominantes no Congresso ocupam o vazio deixado pelo colapso do governo. A administração foi posta a serviço de dois propósitos: barrar o impedimento, mediante desbragada compra de apoio parlamentar, e proteger o ex-presidente Lula e companheiros às v

U.V.

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Manchetes do dia

Sábado 2 / 04 / 2016 O Globo " Moro liga Lava-Jato a mensalão e Celso Daniel " Silvinho, ex-secretário do PT, recebeu R$ 1 milhão de empreiteiras Ex-tesoureiro do PT condenado no mensalão, Delúbio Soares foi levado para depor; PT acusa o juiz de extrapolar suas funções, mas petistas admitem temer o que o ex-secretário do partido possa falar A operação Carbono 14, 27ª fase da Lava-Jato, ligou o escândalo de corrupção na Petrobras ao mensalão do PT e também ao assassinato do prefeito petista Celso Daniel, em 2002. Condenado no mensalão, o ex-secretário do PT Sílvio Pereira foi preso. Segundo a PF, ele recebeu, de 2009 a 2012, R$ 1,1 milhão de empreiteiras. Também foi preso o dono do jornal “Diário do Grande ABC”, Ronan Maria Pinto, que recebeu, em 2004, R$ 6 milhões do PT, dinheiro de empréstimo obtido pelo partido junto ao Banco Schahin em troca de contrato com a Petrobras. O juiz Sérgio Moro disse considerar “possível” que “esse esquema” tenha relação com o assas

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Coluna do Celsinho

Credibilidade Celso de Almeida Jr. Não está fácil acompanhar as notícias. Especialmente, no que se refere a questão da ampla falta de credibilidade da classe política e do governo. Este, possivelmente, é o grande nó para desatar. Um dia após o outro, o espetáculo deprimente de declarações equivocadas ou de má fé revelam que ainda teremos muita turbulência pela frente. Ainda não é possível vislumbrar quais políticos reunirão as condições necessárias para acalmar o país. O fato é que, enquanto a maior parte do povo e dos empreendedores não alcançar um mínimo de confiança no governo, a crise não será superada. Nesta hora, perecebe-se o quanto a classe política descuidou das fases elementares da comunicação. Não se capacitou para aprender a ouvir. Não treinou para expor com clareza e serenidade diferentes pontos de vista. Não se preparou para controlar a ansiedade, o improviso e o nervosismo quando colocada contra a parede. Não atentou para o fato de que a clareza d

Dominique

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Opinião

Eli, Eli, lamá sabachtháni? Alexandre Schwartsman Caso o raro leitor tenha a impressão de já ter lido esta coluna, minhas sinceras desculpas. No entanto, como lamentei mais de uma vez, se os responsáveis pela política econômica insistem na repetição, o que pode fazer o analista senão seguir com a brincadeira? Digo isso a propósito de nova decisão desastrada no campo da política econômica, expressa em mais uma mudança da meta fiscal. A original, R$ 24 bilhões, foi reduzida para cerca de R$ 3 bilhões, o que em si não chega a ser um completo desastre; o problema, na verdade, refere-se às inúmeras exceções, deduções, abatimentos, descontos, cláusulas de escape, desculpas esfarrapadas e afins, que permitem, no final das contas, que mesmo um deficit primário na casa de R$ 100 bilhões (1,6% do PIB) seja tomado como coerente com a (minúscula) meta fiscal. A mera leitura do parágrafo acima já é suficiente para ilustrar a desmoralização do regime de política fiscal. Pelas regras, a meta f

U.V.

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Sexta-feira 1 / 04 / 2016 O Globo " Dilma tem dia de defesa nas ruas e no Congresso " Atos pró-governo reúnem milhares em todos os estados e no DF Ministro da Fazenda e professor de Direito dizem que ‘pedaladas’ e decretos para liberar verbas não são base legal para afastamento; ao lado de artistas, presidente comparou clima de intolerância ao nazismo Atos contra o impeachment da presidente Dilma, organizados por CUT, MST e outros movimentos sociais, levaram ao menos 149 mil pessoas às ruas nas capitais ontem, segundo cálculos oficiais. Na comissão do impeachment, na Câmara, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou que não há base legal para o impedimento, argumentando que as “pedaladas” fiscais não constituem crime porque não eram vedadas pelo TCU à época. Também em defesa de Dilma, o professor de Direito Ricardo Lodi Ribeiro disse que não há crime de responsabilidade e que, por isso, o Parlamento “não está autorizado” a encerrar o mandato dela. No Planalt

Dominique

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Opinião

Lembranças de 'Mani Pulite' Contardo Calligaris No começo dos anos 1990, na Itália, um grupo de magistrados milaneses (o mais popular foi Antonio di Pietro) tentou acabar com os esquemas de corrupção (antigos e tradicionais) que ligavam empresários, financistas e políticos. Esse sistema viciado enchia os bolsos dos políticos (pessoas físicas) e financiava os partidos com comissões que as empresas pagavam para ganhar contratos públicos. Anos antes, Sandro Pertini, presidente da República (honesto), declarara que um político deveria sempre ter as mãos limpas ("le mani pulite"). A expressão ficou e voltou em 1992, para batizar a "operação" dos magistrados milaneses. Naquela década, eu vivia entre o Brasil e os EUA, mas visitava regularmente meus pais e meu irmão em Milão —por isso mesmo, minhas impressões daqueles anos são sobretudo o reflexo dos anseios e dos medos de meus familiares, que estavam lá, na Itália. Já nos anos 1980 e antes (pela podridã

U.V.

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Quinta-feira 31 / 03 / 2016 O Globo " Sobram crimes, diz autora de pedido de impeachment " Argumentos de juristas incluem ‘pedaladas’ e corrupção na Petrobras Janaina Paschoal e Miguel Reale Jr. falaram à comissão do impeachment na Câmara e afirmaram que governo não teve responsabilidade fiscal, prejudicando os mais pobres; petistas contestaram Autores do pedido de impeachment da presidente Dilma, os juristas Miguel Reale Jr. e Janaina Paschoal apresentaram ontem à comissão especial da Câmara lista de argumentos para sustentar que a petista cometeu crime de responsabilidade. As “pedaladas” fiscais e a corrupção na Petrobras foram os pontos destacados pelos juristas, aplaudidos pela maioria dos parlamentares. “Tenho visto cartazes dizendo que impeachment sem crime é golpe. Essa frase é verdadeira. Mas estamos aqui diante de um quadro em que sobram crimes de responsabilidade”, disse Janaina. “Se apropriaram de um bem dificilmente construído, o equilíbrio fiscal, e

Dominique

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Manchetes do dia

A oligarquia depenou o PT Elio Gaspari O PMDB nunca pensou, não pensa em sair do governo e sente-se ofendido se alguém admite essa hipótese. Quem corre o sério risco de sair do governo é­ o PT. O partido que foi de Ulysses Guimarães e Tancredo Neves e hoje é de Eduardo Cunha e Renan Calheiros quer apenas tirar uma licença de alguns meses, até o início do governo de Michel Temer, seu atual presidente. A ideia de que o PMDB resolveu sair do governo não tem nexo nem propósito e se destina apenas a esconder um objetivo. Os doutores querem que se creia que nada têm a ver com a ruína do governo e pretendem retornar ao poder como se Michel Temer fosse o sucessor constitucional da senhora Rousseff por ocupar a vice-presidência do Flamengo, não a da República, eleito por duas vezes, sempre compartilhando a chapa. O PMDB sai do governo para continuar no poder, dando esperanças a oposicionistas que não tiveram votos e a todos os gêneros de maganos tementes da Operação Lava Jato. Ninguém sa

U.V.

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Manchetes do dia

Quarta-feira 30 / 03 / 2016 O Globo " Sem PMDB, Dilma vai usar cargos contra impeachment " Em 3 minutos e com gritos de ‘Fora PT’, partido oficializou ruptura Três dos sete ministros devem ficar, apesar da decisão partidária; presidente cancela viagem aos EUA Em reunião que durou três minutos e após dez anos de aliança, o PMDB, maior partido do Congresso, oficializou sua saída do governo Dilma por aclamação, sinalizando que ficará unido pela aprovação do impeachment da presidente. A reunião, sem a presença do vice Michel Temer, teve gritos de “Fora PT” e “Temer presidente”. O senador Romero Jucá, que leu a moção de ruptura, disse que “ninguém (do partido) no país está autorizado a exercer qualquer cargo no governo federal”. Três ministros, porém, devem ficar, sem previsão de punição: Kátia Abreu (Agricultura), Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Marcelo Castro (Saúde). Com o rompimento, Dilma já prepara reforma ministerial, que deve ser anunciada até sexta e d

Dominique

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Opinião

Convite para uma decapitação João Pereira Coutinho História recorrente: viajo para o Brasil com o propósito simpático de conhecer leitores, assinar livros, conversar sobre as banalidades da vida. Fatalmente, surge o momento da confissão: o leitor aproxima-se e, com voz clandestina, pede para eu escrever mais livros. Na universidade onde ele estuda, o fechamento intelectual é absoluto. Pensadores conservadores são inexistentes. Ideologias mais liberais, ou libertárias, idem. Fico sempre atônito com essas descrições. Serão verdadeiras? Serão exagero? Ou os alunos brasileiros que eu conheço têm o supremo azar de estudar em instituições bolcheviques que ainda vivem em 1917? Alguns, mais temerários, perguntam-me ou escrevem-me com uma questão de vida ou morte: haverá algum lugar no planeta -ou, pelo menos, em Portugal- onde seja possível estudar história ou ciência política sem ter o cérebro sequestrado pelas vulgatas marxistas? As minhas respostas são sempre lacônicas e pasmad

U.V.

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Terça-feira 29 / 03 / 2016 O Globo " PMDB rompe com Dilma hoje, e PT já declara guerra a Temer " Ministro do Turismo, Henrique Alves é o primeiro peemedebista a desembarcar Líder do governo no Senado, Humberto Costa afirma que Temer “será o próximo a cair”, caso a presidente seja afastada; Lula tenta conquistar dissidentes do antigo aliado e formar uma coalizão informal contra o impedimento Começou ontem o desembarque do PMDB do governo Dilma. Henrique Eduardo Alves (Turismo) foi o primeiro dos sete ministros do partido a pedir demissão, alegando que o diálogo com a gestão petista “se exauriu”. Hoje, o PMDB formalizará a saída do governo, e o vice Michel Temer atua para que o rompimento ocorra por aclamação na reunião do diretório nacional. O ex-presidente Lula tenta conquistar votos de dissidentes do partido, numa coalizão informal, mas a debandada do governo provoca efeito dominó, atingindo outras legendas da base. No Congresso, o PT reagiu. O líder do governo