A semana

Na semana que passou a lei de ação e reação se materializou em Ubatuba. Estou me referindo ao pedido de cassação do vereador Jairo dos Santos. No ano passado Jairo tentou pegar o Prefeito através das CPIs. Primeiro foi a CPI dos quiosques, rejeitada no plenário da Câmara, depois a CPI da folha de pagamento, cujo primeiro relatório incriminava o chefe do Executivo. Não podemos também esquecer do episódio da tentativa de cassação de Charles Medeiros. Jairo cultivou inimigos poderosos. Quem planta colhe. A história da dedetização ainda vai dar pano pra manga. Jairo afirma que foi tudo legal. Todos são inocentes até que se prove o contrário. Acredito em Jairo, mas por via das dúvidas quero ver o que vai ser apurado. A cidade já sabia do caso há pelo menos três meses, também sabia de onde partiu a denúncia. Isso precisa mudar, ou ficaremos eternamente a mercê de alguns, que sendo espertos, se locupletam. Aqui todos que sabem de algum deslize praticado por adversários calam. Usam como moeda de troca. Quem faz isso é conivente com o crime e, portanto, criminoso. Prevaricação é o nome que se dá ao delito. Ubatuba ainda espera um “Roberto Jefferson” para limpar o que visivelmente está enodoado. O Prefeito resolveu reeditar as atuações que tinha na Câmara, onde se consagrou como orador. Tem ido às rádios dar longas entrevistas. Falar é importante, principalmente para vereadores. Prefeitos não são cobrados pelo que dizem. Respondem pelo que fazem. Nas falas do Alcaide a tradicional encenação da “Paixão de Cristo” envolveu o Conselho da Fundart, que teria sido contra a realização do espetáculo. Não corresponde à realidade. Eu era conselheiro e votei a favor. O que pesou foi o custo. A Fundart bancaria uma parte e a Prefeitura a outra. As atas das reuniões estão disponíveis para quem quiser conferir. O novo jornal da cidade, “Expressão Caiçara”, recebeu atenção carinhosa dos programadores de mídia da Câmara e da Prefeitura. Um mimo de meia página de cada um dos poderes. Por enquanto o maior beneficiado é o deputado Arnaldo Faria de Sá, que se consagrou no "Jornal da Tosse", do saudoso Hélio Ansaldo. Só dá ele no jornal. Vou fazer uma previsão que não é bem uma previsão, mas uma simples constatação, seguida de uma pergunta. O Dr. Ricardo sai candidato a deputado federal, Charles Medeiros a deputado estadual, bem como Marquinhos Tio Sam. Tudo parte da preparação para a eleição municipal. O que eles querem mesmo é sentar na cadeira do Prefeito. Por fora correm Jija, Tuzino, Caribé e outros que ainda não deram as caras. Até quando os três primeiros que citei serão aliados? Em breve estarão arrancando os respectivos fígados. É só ter paciência. Faltam apenas dois anos para a campanha começar. Política, no fundo, é um jogo divertido. E o Paulo Ramos? Dizem que vai sair candidato. Por enquanto não dá. Se conseguir reverter os percalços de percurso que estão em Brasília, aí tudo bem. Um amigo de São Paulo, exigente, gostou da entrada da cidade. Disse que está com ar de organização, de limpeza. Ele chegou sábado, na hora do rush e viu a ciclofaixa da Thomaz Galhardo funcionando. Eu também gostei, é boa a sensação que sentimos ao perceber o trânsito fluindo de forma organizada. Os mutirões de limpeza também estão colaborando. Eles têm de continuar agindo continuamente, sem interrupção, chova ou faça sol. Em acontecendo a cidade vai ficar com outra cara. O Ubatuba Viva está para voltar. Eu que estava fora assim continuarei. Vou fundar um novo grupo de discussões político-filosóficas com o Flávio Médici. Desde já aceitamos adesões. Vai ser como o Country Club, do Rio de Janeiro. Bola branca para entrar e bola preta para quem pretender usar o grupo com finalidade eleitoreira. Boa semana para todos.

Sidney Borges

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