Opinião

Produção estagnada

Editorial do Estadão
Há dois anos, o governo gastou muito dinheiro em publicidade para comemorar a auto-suficiência do País em petróleo. Dizia-se que finalmente o Brasil deixaria de gastar dólares com a importação de petróleo. Desde então, com a conta petróleo, os gastos só cresceram. No ano em que o governo proclamou a auto-suficiência, a balança comercial de petróleo e derivados registrou um déficit de US$ 3,2 bilhões. Em 2008, apesar dos anúncios de descobertas de campos com imensas reservas, pode chegar a US$ 8 bilhões.
No primeiro trimestre deste ano, o déficit alcançou US$ 1,4 bilhão, como admitiu a Petrobrás - ou US$ 3,1 bilhões, segundo fontes privadas, que incluíram as importações de gás natural e hulha. Com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), essas fontes constataram a ocorrência de um déficit de US$ 8 bilhões nos últimos 12 meses.
A balança comercial do petróleo sempre foi negativa, mas o desequilíbrio se reduziu expressivamente entre 2000 e 2003, passando, respectivamente, de US$ 6,42 bilhões para US$ 2,53 bilhões, segundo estimativas de uma empresa privada de consultoria citadas há alguns dias pelo jornal Valor. Em 2004, conforme essas estimativas, o déficit chegou a US$ 5,74 bilhões, recuando para US$ 4,18 bilhões, em 2005, e para US$ 3,2 bilhões, em 2006. Mas, no ano passado, avançou 80%, alcançando US$ 5,8 bilhões. Os dados da Petrobrás, usando critérios diferentes, indicam pequenos superávits desde 2005.
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