Editorial

Fim de abril em Ubatuba

Sidney Borges
Nesta semana daremos adeus a abril de 2008, o último abril de 2008 de nossas vidas. E saudaremos maio de 2008, o mês das pré-definições políticas de Ubatuba. Digo isso porque depois de sete anos de experiência posso fazer uma afirmação arriscada com quase certeza de não errar. Maio não vai ser diferente de abril. O último dia para se formar coligações para as eleições de outubro é 30 de junho. Maio vai ser mais um mês de moita. A oposição deverá continuar caçando moscas. As coligações de Ubatuba, como sói acontecer, serão definidas no dia 30 de junho e entregues no último momento. Nas cabeças dos postulantes há um desejo incontido de dar o pulo do gato, mostrar esperteza, chocar o eleitorado. Duda Mendonça por aqui seria considerado um mero aprendiz e ouviria em qualquer mesa de bar:
- Não é assim que se faz. Você está errado! Eu é que sei!
Com a falta de definições e ações o prefeito Eduardo Cesar vai avançando na direção do segundo mandato. Os mais afoitos dizem que é porque ele tem a máquina nas mãos e isso faz a diferença. Raciocínio falacioso de quem não tem ou não usa a memória. O ex-prefeito Euclides Vigneron também dispunha da máquina e foi derrotado. Paulo Ramos idem. Tinham tanta certeza da vitória que menosprezaram os adversários. Dá até para imaginar Zizinho e Paulo dispensando assessores no melhor estilo Greta Garbo:
- Pare de falar em eleições, give me a break, I want to be alone...
Conclamo os leitores a prestar atenção no prefeito Eduardo Cesar. Suas ações mostram disposição de luta. Eduardo quer permanecer no cargo, faz pesquisas, verifica onde há erros a corrigir, mapeia pontos fracos e principalmente respeita a força dos adversários. O empenho deverá trazer resultados, é a primeira vez que um prefeito de Ubatuba tenta a reeleição admitindo a possibilidade de ser derrotado. O medo é o melhor conselheiro, quem não o tem acaba se dando mal.
Eu não quero dizer com isso que Eduardo Cesar já ganhou, eleições são decididas nas urnas, os ventos favoráveis podem mudar na véspera, vimos acontecer recentemente na Espanha. No entanto, percebo que a estrutura montada pelo prefeito é séria e será difícil de ser batida. Dos outros candidatos posso afirmar que Paulo Ramos está bem, tem grande empatia e vem trabalhando com determinação em reuniões pelos bairros, algumas das quais acompanhei e fotografei. Moromizato, do PT, aparece com poucas chances, mas pode crescer, isso vai depender da disposição do partido de abrir o cofre. Se houver dinheiro não há como prever onde ele pode chegar. Sem recursos dificilmente o PT fará um vereador. Caribé está indeciso. Coisa do PSDB, sempre em cima do muro. Desde que ganhou a convenção há dois meses está preparando o lançamento da campanha. Amanhã talvez comece. Quem sabe antes de 5 de outubro. Sempre é tempo. Dica aos experts que o assessoram. Uma agenda para anotar e respeitar compromissos pode ajudar muito. Outra dica: golpes de estado e eleições custam caro. Sem bala na agulha a derrota é certa.

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