Tema para reflexão
É preciso agir
Normalmente, as pessoas não se envolvem quando a violência ou a injustiça é praticada contra o outro. Pensam que “isto é um problema dele, para que vou me envolver” e seguem sua vida sem nenhuma preocupação ou remorso.
Este pensamento egoísta, porém, se esgota quando estas pessoas são atingidas diretamente. Neste momento, em que a violência ou a arbitrariedade é perpetrada, querem a solidariedade, o companheirismo, que não praticaram com os outros. Mas quem é evoluído, quem acredita na justiça, não deve deixar de prestar solidariedade, mesmo que não tenha recebido da outra parte nenhuma atenção ou apoio.
O trabalho de fiscalização aos atos do Executivo, procedimento previsto constitucionalmente para ser executado pelos vereadores, pode gerar reações exageradas por parte de quem está sendo observado, que normalmente manda publicar notas e matérias direcionadas a tentar desqualificar quem está denunciando. Para a agressão física, pode ser um pulo. Nos anais da história brasileira, temos vários casos, um dos mais famosos perpetrado pelo segurança particular de Getúlio Vargas contra o jornalista Carlos Lacerda, praticado à revelia de seu chefe.
Não há como não enxergar - na violência da qual foi vítima o vereador Charles – os mesmos traços do totalitarismo que vem se impregnando, que emana de um segmento específico, e que cresce face à apatida de toda a nossa sociedade, que por estar diretamente preocupada com a sua sobrevivência direta e por falta de informação.
Deste totalitarismo já foram vítimas, entre outros, o fotógrafo e videografista Emílio Campi, o professor Corsino Aliste, o ambientalista Fabian Perez, os advogados Thomaz de Carle e Marcelo Mungioli, os pequenos pescadores e os caiçaras que viram suas casas sendo demolidas.
Para os mais religiosos, este é o jeito cristão de agir. Para os céticos, a lembrança deste texto, milhares de vezes traduzido e versionado, atribuído a Bertold Brecht:
É preciso agir
Primeiro levaram os comunistas,
mas eu não me importei com isso
Eu não era comunista.
Em seguida levaram alguns operários,
mas não me importei com isso
Eu também não era operário.
Depois prenderam os sindicalistas,
mas não me importei com isso
Porque não sou sindicalista.
Depois agarraram uns sacerdotes,
Mas eu não sou religioso
Também não me importei
Agora estão me levando,
mas já é tarde.
Bertold Brecht (1898-1956)
Edílson Félix
Vereador
Normalmente, as pessoas não se envolvem quando a violência ou a injustiça é praticada contra o outro. Pensam que “isto é um problema dele, para que vou me envolver” e seguem sua vida sem nenhuma preocupação ou remorso.
Este pensamento egoísta, porém, se esgota quando estas pessoas são atingidas diretamente. Neste momento, em que a violência ou a arbitrariedade é perpetrada, querem a solidariedade, o companheirismo, que não praticaram com os outros. Mas quem é evoluído, quem acredita na justiça, não deve deixar de prestar solidariedade, mesmo que não tenha recebido da outra parte nenhuma atenção ou apoio.
O trabalho de fiscalização aos atos do Executivo, procedimento previsto constitucionalmente para ser executado pelos vereadores, pode gerar reações exageradas por parte de quem está sendo observado, que normalmente manda publicar notas e matérias direcionadas a tentar desqualificar quem está denunciando. Para a agressão física, pode ser um pulo. Nos anais da história brasileira, temos vários casos, um dos mais famosos perpetrado pelo segurança particular de Getúlio Vargas contra o jornalista Carlos Lacerda, praticado à revelia de seu chefe.
Não há como não enxergar - na violência da qual foi vítima o vereador Charles – os mesmos traços do totalitarismo que vem se impregnando, que emana de um segmento específico, e que cresce face à apatida de toda a nossa sociedade, que por estar diretamente preocupada com a sua sobrevivência direta e por falta de informação.
Deste totalitarismo já foram vítimas, entre outros, o fotógrafo e videografista Emílio Campi, o professor Corsino Aliste, o ambientalista Fabian Perez, os advogados Thomaz de Carle e Marcelo Mungioli, os pequenos pescadores e os caiçaras que viram suas casas sendo demolidas.
Para os mais religiosos, este é o jeito cristão de agir. Para os céticos, a lembrança deste texto, milhares de vezes traduzido e versionado, atribuído a Bertold Brecht:
É preciso agir
Primeiro levaram os comunistas,
mas eu não me importei com isso
Eu não era comunista.
Em seguida levaram alguns operários,
mas não me importei com isso
Eu também não era operário.
Depois prenderam os sindicalistas,
mas não me importei com isso
Porque não sou sindicalista.
Depois agarraram uns sacerdotes,
Mas eu não sou religioso
Também não me importei
Agora estão me levando,
mas já é tarde.
Bertold Brecht (1898-1956)
Edílson Félix
Vereador
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