Manchetes do dia

Quinta-feira, 07 / 09 / 2006

Folha de São Paulo:
"Serra tem 31 pontos de vantagem em SP"
Mesmo sob intenso ataque de seus adversários após três semanas de horário eleitoral gratuito de rádio e TV, o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, se mantém em primeiro na disputa e venceria a eleição já no primeiro turno, revela pesquisa Datafolha divulgada ontem. De acordo com o levantamento, o tucano tem 49% das intenções de voto, 31 pontos à frente do segundo colocado, Aloizio Mercadante (PT), que tem 18% das preferências. Excluídos brancos, nulos e eleitores que se declararam indecisos, Serra teria 59% dos votos válidos, encerrando a corrida no primeiro turno.
Em comparação com a pesquisa anterior do Datafolha, realizada nos dias 21 e 22 do mês passado, Serra oscilou um ponto e foi de 48% para os atuais 49%, uma variação dentro da margem de erro da pesquisa, de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O senador Mercadante permaneceu estacionado em 18% . O terceiro colocado, o ex-governador Orestes Quércia (PMDB), oscilou de 10% para 11%. Carlos Apolinário (PDT) manteve 2%. Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), Cunha Lima (PSDC) e Cláudio Mauro (PV) tiveram um 1% cada um. A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 5 deste mês. O Datafolha ouviu 2.026 eleitores em 64 municípios do Estado. Desde o início do horário eleitoral gratuito, no dia 15 de agosto, Mercadante e Quércia têm centrado seus programas em ataques a Serra. O peemedebista, em terceiro, praticamente não criticou o petista.


O Globo:
"Inflação fica perto de zero e PIB do país crescerá menos"
No momento em que os resultados da economia estão no centro do debate eleitoral, o IBGE anunciou ontem que a inflação medida pelo IPCA recuou de 0,19% em julho para 0,05% no mês passado, surpreendendo os analistas. Foi a menor taxa registrada em agosto em oito anos. O índice acumulado em 12 meses caiu para 3,84%, o menor desde agosto de 1998 - ano anterior ao da desvalorização cambial -, e ficou abaixo da meta fixada pelo governo (4,5%) para 2006.
O resultado, forte trunfo do governo Lula é atribuído à valorização do real e ao reajuste menor dos combustíveis. Já o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, do Ministério do Planejamento, reviu para baixo a projeção de crescimento do país este ano, notícia que deverá ser explorada ainda mais pela oposição. O PIB caiu de 3,8% para 3,3%, abaixo da previsão de 4% feita até anteontem pelo ministro Guido Mantega. O Ipea culpou o câmbio.


O Estado de São Paulo:
"Brasil terá inflação de 1° mundo e PIB de 3º
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) baixou de 3,8% para 3,3% a previsão de aumento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2006. O principal motivo foi o fraco desempenho da economia brasileira no segundo trimestre. Para o coordenador do Grupo de Acompanhamento Conjuntural do Instituto, Fábio Giambiagi, o Brasil ainda precisa vencer alguns desafios para crescer de maneira sustentada acima de 4% ao ano.
Alguns dos problemas a enfrentar, segundo ele, são a necessidade de reformas, como a previdenciária, o aumento dos investimentos públicos e a redução das despesas correntes. A idéia é que os investimentos públicos subam para algo entre 1% e 1,5% do PIB - atualmente, estão em torno de 0,45% do PIB. Paulo Levy, diretor de Macroeconomia do Ipea, avalia que o fraco desempenho econômico no segundo trimestre também teve como causa a desvalorização do dólar, especialmente no casa das exportações.
Entre os países emergentes, o PIB brasileiro está na lanterna. Já a inflação está se distanciando da de países emergentes e se aproximando da dos desenvolvidos. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, adotado pelo governo) foi de 0,05% em agosto, surpreendendo analistas, que agora projetam 3% para o ano. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a média nas economias desenvolvidas é de 2,3% - nos Estados Unidos, a previsão é de 3,5% para 2006. Número: 6% deve ser o crescimento do investimento - a previsão anterior era de 7,8%; 3,84% é a inflação acumulada em 12 meses - a meta do governo é de 4,5% no ano.


Correio Braziliense:
"Só 269 mil servidores têm reajuste garantido"
O Senado aprovou ontem projetos de lei e medida provisória que beneficiam o pessoal do Judiciário, Banco Central, fiscais do Ministério da Agricultura e professores. Oito MPs que elevam o salário de 1,4 milhão de funcionários públicos do Executivo só devem ser apreciadas em outubro, depois das eleições. Se todas forem aprovadas, o impacto na folha de pagamento em 2007 será superior a R$ 10,8 bilhões.

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