Manchetes do dia

Quarta-feira, 06 / 09 / 2006

Folha de São Paulo:
"Lula consolida vantagem no 1º turno"
Os ataques contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no horário eleitoral gratuito e as más notícias na economia divulgadas nos últimos dias não abalaram a candidatura do petista à reeleição. A 25 dias das eleições, ele consolidou suas chances de vencer já no primeiro turno. Pesquisa Datafolha divulgada ontem revela que, em uma semana, Lula oscilou de 50% para 51% nas intenções de voto. Seu principal adversário, Geraldo Alckmin (PSDB), se manteve com 27%.
Nos votos válidos, que definirão a eleição, Lula oscilou de 56% para 57%, um novo recorde. Alckmin ficou com 30%. No conjunto, a taxa de votos em branco ou nulos (4%) e de indecisos (6%) desceu ao seu menor patamar, 10%. A pesquisa mostrou também um esvaziamento da candidatura de Heloísa Helena (PSOL), que oscilou para baixo pela terceira vez seguida e agora tem 9%. Grande parte de seus eleitores, principalmente os mais instruídos, parece ter migrado para Lula. Embora os números gerais do levantamento tenham mudado pouco, dentro da margem de erro, alguns pontos mostram um novo fortalecimento do petista.
Na pesquisa espontânea, na qual o eleitor cita sua preferência antes de receber a lista de candidatos, o presidente atingiu o recorde de 41%. Lula também recuperou boa parte do terreno que vinha perdendo, até uma semana atrás, entre os eleitores mais ricos e escolarizados. Ganhou ainda novos pontos na região Sul. Por fim, o petista teve um ganho expressivo, de nove pontos percentuais, entre os eleitores de municípios que têm entre 35 mil e 100 mil votantes. Entre as más notícias econômicas dos últimos dias que não afetaram a candidatura Lula constam: a taxa de desemprego de julho (10,7%) subiu ao maior patamar em 15 meses; o PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre cresceu pífio 0,5%; foram anunciadas, com grande repercussão, as demissões de 1.800 operários da Volks em São Paulo (a empresa agora recuou e voltou a negociar com os funcionários).


O Globo:
"TSE abre caminho para candidatos sob suspeita"
Em sessão ontem à noite, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou a abrir caminho para assegurar a candidatos sanguessugas, mensaleiros e vampiros o direito de disputar as eleições de outubro. Dois ministros - entre eles o presidente do Tribunal, Marco Aurélio de Mello - votaram a favor do ex-deputado Eurico Miranda (PP), que tivera sua candidatura impugnada pelo TRE-RJ, com base no princípio da moralidade.
A votação foi suspensa por um pedido de vista, mas os votos indicam que o TSE vai se submeter ao argumento de que não pode ser impugnado o candidato que ainda não foi condenado em definitivo pela Justiça. Marco Aurélio chegou a admitir que a decisão receberá críticas: "Esse julgamento não será entendido pela sociedade que anseia pela correção de rumo. Mas como abandonar a Constituição e a lei das inelegibilidades em vigor?", perguntou. O relator, ministro Marcelo Ribeiro, também votou a favor de Eurico. O processo dos deputados sanguessugas deverá ter o mesmo resultado
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O Estado de São Paulo:
"Câmara aprova o fim do voto secreto no Congresso"
A Câmara aprovou ontem em primeiro turno a emenda constitucional que acaba com o voto secreto em todas as decisões do Congresso. A proposta foi aprovada com 383 votos favoráveis e 4 abstenções. O voto secreto virou sinônimo de impunidade nos julgamentos de cassação na Câmara. No caso do mensalão, dois 11 pedidos de cassação aprovados pelo Conselho de Ética, onde o voto é aberto, o plenário da Câmara rejeitou 8.
Acabar com o voto secreto passou a ser prioridade também depois que a CPI dos Sanguessugas pediu a cassação de 69 deputados (2 renunciaram aos mandatos) e 3 senadores por suposto envolvimento no esquema de venda se ambulâncias superfaturadas a prefeituras. Em segundo turno, o projeto sobre voto aberto será votado pela Câmara só depois das eleições de outubro. Depois seguirá para votação, também em dois turnos, pelo Senado. Se for alterado pelos senadores, terá de voltar para análise da Câmara - tudo indica que isso ocorrerá, porque no Senado há mais resistências ao voto aberto para tudo. A proposta também se aplica às Assembléia Legislativa, às Câmaras municipais e à Câmara Legislativa do Distrito Federal.


Correio Braziliense
"Câmara acaba com voto secreto. Falta o Senado"
Os escândalos de corrupção protagonizados por sanguessugas e mensaleiros podem ter um efeito positivo na política brasileira. Numa ação para evitar que parlamentares corruptos fiquem impunes, a Câmara aprovou ontem, em primeiro turno, emenda constitucional que acaba com o voto secreto nas votações dos legislativos federal, estaduais e municipais.
Mas mesmo após a aprovação do projeto em segundo turno pelos deputados, o risco de impunidade dos sanguessugas - a exemplo do ocorrido com mensaleiros - não está afastado. Isso porque a emenda terá de passar pelo crivo do Senado, onde a oposição é maioria. Como o PFL e o PSDB fazem restrições ao fim do escrutínio secreto, é possível que o percurso do projeto até a aprovação final seja longo. "Não podemos aceitar uma decisão dessa natureza", diz o senador Marco Maciel (PFL-PE). "E contra a independência do Legislativo."

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