Editorial

Televisão

Ontem resolvi assistir ao novo Jornal da Record. De quando em quando eu passava pela “emissora do Bispo” para ver os comentários de Boris Casoy. De tanto cutucar Lula, Casoy foi defenestrado. Aliás, a vida se repete, quando ele assumiu o lugar de Cláudio Abramo, na Folha, foi pela mesma razão. Os personagens eram outros, o filme o mesmo. Abramo cutucava os militares que pediram a sua cabeça. A Folha aquiesceu e colocou Casoy no lugar. As esquerdas protestaram. Lula protestou. Onde já se viu? Outro que cutucou onça com vara curta foi Mino Carta, na Record, que antes de passar às mãos de Deus pertencia à família Machado de Carvalho. Mino comandava o “Jogo de Carta”, um programa inteligente que falava de política. Nunca se saberá se o governo foi contra a política ou a inteligência. Programas de televisão inteligentes, isso já é demais! Lula que era de esquerda, reclamou. Onde já se viu? Para quem não prestar muita atenção, o Jornal Nacional da Record poderá ser confundido com o Jornal Nacional da Globo. Pobre Hommer Simpson, isso é um desrespeito. Lula que já não é de esquerda deve ter pensado. Onde já se viu? Tudo igual! Prá não correr o risco de desagradar ao senhor Simpson, a Globo cuidou de tirar algumas figuras perigosas da telinha. Acabou a opinião no "Jornal Nacional". A cúpula da “Venus Platinada” decidiu que Franklin Martins, Arnaldo Jabor e o cartunista Chico Caruso não serão mais comentaristas fixos do "JN". Como o Jornal da Record não tem opinião, deu empate. Quem sabe o Jornal Nacional do Silvio Santos entre na parada com a chegada de Carlos Nascimento. Vai ser difícil a competição entre os três para saber quem desinforma mais. Televisão já era. Quer informação? Acesse a Internet.

Sidney Borges

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