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O Casarão do Porto que será restaurado em breve

Fundart busca recursos para restaurar Casarão

“Trata-se de um edifício interessantíssimo, tanto do ponto de vista histórico, como arquitetônico, de caráter apalaçado. É tradição que seu traço e cantaria vieram trazidos do Portugal”
Mário de Andrade

A Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba (Fundart) encaminhou, no início de janeiro, um pré-projeto para o Programa Petrobrás Cultural para concorrer a uma verba de R$ 300 mil. O recurso será utilizado na elaboração de um projeto executivo que possibilitará a busca por patrocínio para restaurar o Casarão do Porto, um dos mais importantes patrimônios históricos do município.
O Projeto Executivo é um conjunto dos elementos necessários à execução de uma obra completa, de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (
ABNT). Estão previstos diversos estudos preliminares e diagnósticos que permitam uma noção global da situação do prédio. Para tanto, serão realizadas uma série de ações, tais como levantamento dos danos, incluindo sondagens e prospecções para verificar a situação das estruturas, instalações elétricas e hidráulicas, descupinização e pesquisas históricas e iconográficas, entre outras.
O pré-projeto apresentado ao Programa Petrobrás Cultural chama-se “Reconversão do Casarão do Porto” e tem como responsável o arquiteto Fábio das Neves Donádio. Se aprovado, o recurso para a realização do projeto executivo deve sair até maio deste ano.

A história

O Casarão do Porto foi construído em 1846 e representa a materialização de uma época de prosperidade em Ubatuba. No tempo em que a cafeicultura marcava a economia do Vale do Paraíba e Ubatuba fazia parte da rota do café, o comerciante português, Manoel Baltazar da Cunha Fortes, mandou erguê-lo, misturando técnicas da arquitetura colonial e caiçara.
A técnica caiçara da construção em pau-a-pique foi curiosamente utilizada nos andares superiores do edifício. Esse fator colabora com a manutenção do prédio, uma vez que deixa paredes mais leves e assim, comprometem menos a estrutura do Sobradão. Composto de três andares, o térreo servia de armazém, onde se guardavam e negociavam mercadorias produzidas em Ubatuba e no Vale. O segundo e terceiro andares eram utilizados como residência da família Fortes.
Quando a estrada da "rota do café" que ligava o sul de Minas ao porto de Ubatuba perdeu importância, por conta da construção de ferrovias entre São Paulo e Rio de Janeiro; São Paulo e Santos, a economia de Ubatuba ficou comprometida. Esse foi também o início da degradação do Sobradão do Porto. Ele passou por diversas mãos até chegar à atualidade. Sem condições de mantê-lo, o neto de Baltazar, Oscar Batista da Costa, primeiramente alugou-o e o casarão virou o Hotel Budapest, em 1923. Em 1934, a família Félix Guizard, proprietária do CTI (Companhia Taubaté Industrial), comprou o edifício, utilizando-o inicialmente como colônia de férias. Em 1959, o Sobradão foi tombado pela IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Depois disso, abrigou a casa de artesanato de Ubatuba, foi desapropriado pela prefeitura, passando a ser sede da Fundart desde 1987. Em 2005, a Administração da Fundart deixou o Casarão para dar início ao processo de restauro. PMU



Fundart elege coordenadores de grupos setoriais para 2006

Além da responsabilidade de criar eventos e discussões dentro das áreas em que atuam, os coordenadores, enquanto componentes de um conselho deliberativo, tem poder para opinar e decidir a respeito dos rumos culturais no município

A Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba (Fundart) realizou, no último dia 30, a eleição dos coordenadores e suplentes dos grupos setoriais que integrarão o conselho deliberativo do ano de 2006. Foram eleitos representantes de seis dos oito grupos existentes na Fundação. Os outros dois, de chapa única, foram recusados pelos votos dos eleitores dos grupos setoriais terão novas eleições no próximo dia 20.
O Conselho formado pelos coordenadores é de natureza deliberativa, ou seja, tem poder para opinar e decidir. É também sua função fiscalizar as ações administrativas da entidade. O presidente da Fundart, Martiniano Viana, diz que o grande desafio e o objetivo do conselho é democratizar o acesso da população às manifestações culturais da cidade. “A população tem a oportunidade de participar ativamente das decisões da Fundart, através dos grupos setoriais. Para isso, é preciso que as pessoas se envolvam, criem uma dinâmica de participação nas áreas artísticas das quais elas mais se identificam. Somente dessa forma, o cidadão pode se candidatar à vaga de coordenadoria e interferir nos rumos culturais da nossa cidade”, afirmou.
Os grupos que não tiveram seus candidatos a coordenadores eleitos são os de Artes Cênicas e Dança e Fotografia, Cinema e Vídeo. O edital de convocação para nova eleição sairá no Jornal “A Cidade” no próximo dia 4. As inscrições para os candidatos estarão abertas de 6 a 10 de fevereiro. O critério exigido aos candidatos é a participação de reuniões e cadastro nos grupos setoriais em questão. No próximo dia 13, o conselho se reúne para homologar as candidaturas e as eleições acontecerão no dia 20, das 8 às 18h no auditório da Fundart.

Confira os coordenadores eleitos para o ano de 2006:

Grupo Setorial de Artes Plásticas:
Ademar Costa Simões – coordenador
Bruno Pizzutto – vice-coordenador

Grupo Setorial de Artesanato:
Helena Ottoni Tracchi – coordenadora
José Cláudio da Mota Brito – vice-coordenador

Grupo Setorial de Folclore e Tradições Populares:
Luiz Gustavo Balio de Moraes – coordenador
Júlio César Mendes – vice-coordenador

Grupo Setorial de História e Geografia:
Carlos Augusto Rizzo – coordenador
Denique Moreira Rezende - vice-coordenador

Grupo Setorial de Literatura:
Luis Roberto de Moura – coordenador
Eduardo A. Souza Neto – vice-coordenador

Grupo Setorial de Música:
Aurora Novello Medina – coordenadora
Márcia Fernandes dos Santos – vice-cordenadora PMU

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