Ao lado dos violões, João posa para a fotografia do amigo Pedro

João Amigo

João faz questão de citar seus amigos de seresta e conta uma passagem do Filhinho Fragoso (que ainda toca Tuba na Lira Padre Anchieta): “que uma noite, já meio mamado, cantava com a gente sentado na mureta da Praia do Cruzeiro, caiu para trás, e como caiu ficou, e continuou cantando. Ele tinha uma voz pequenininha, mas muito afinadinha”.
O grupo de seresteiros era numeroso: “Mané Hilário (filho), Didi (do Olívio Braz), Odacy (irmão de João), Jorge Gibran, Dequinha (do quiosque), Marcos Teixeira Leite e José Eugênio ainda eram crianças e seguiam o grupo, o falecido Nieca, era filho do Chiquinho Curruira, que tinha esse apelido porque era pequenininho e magrinho e limpava telhado. Uma telha era um cavalo prá ele”.
A gente vivia fazendo bailinhos pelas praias, para onde se ia a pé. Na Enseada era na casa do João Buaba e do Luiz Silvino, saindo da cidade às quatro da tarde, às sete da noite já estava lá, por caminhos que hoje a turma chama de trilha. Isso era por volta de 1954. No Lázaro os bailes eram no Maneco Lopes, no caminho para o Saco da Ribeira.
Uma vez fomos tocar na Picinguaba, pegamos um temporal no Ubatumirim e tivemos que dormir num rancho de canoa para seguir viagem só no outro dia. Passamos a noite queimando pedaço de pau para espantar o frio. O baile teve que esperar.

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