De olho em 2008
Luiz Moura
Comecei no jornalismo em 1970. Cobria a área policial, contemplada com a última página de um pequeno jornal regional do qual me tornei correspondente. Foi muito boa a sensação ao ver, pela primeira vez, a manchete de um de meus artigos estampada no jornal.
Primeira página!
Fiquei surpreso ao saber que o bandido, motivo da matéria, estava muito bravo, não pelo que eu tinha escrito sobre ele, mas por grafar seu nome errado. Lembro de seus olhos faiscando de raiva, enquanto reclamava.
Passei a prestar muita atenção ao nome das pessoas e, mesmo quando não é necessário, busco informações sobre elas. Foi o que fiz antes de responder a crítica feita a um de meus escritos, por Gisele Cristina de Oliveira Leite, formada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade de Taubaté em 2001. A lorenense, residente em Caraguatatuba, aniversaria três dias antes d’O Guaruçá e nasceu no ano em que comecei a trabalhar como engenheiro civil. Cheguei até a ler o livro "O mestre navegante: o passado, o presente e o futuro do pescador artesanal" de sua autoria. Ela também...
Vejam só, tudo isto só para dizer que Pedro Tuzino escreveu meu nome errado! Fez isto no texto "Querem te calar? A mim também." Ele não dá atenção a pequenos detalhes e foi o acúmulo de "pequenos detalhes" a razão de suas derrotas nas últimas duas eleições municipais.
Ainda pensei, ao iniciar a leitura, que o objetivo de Pedro Tuzino era o de solidariedade, mas ao ler atentamente o texto, notei o pára-quedismo oportunista e após vê-lo publicado em outro site, antes que tivesse tempo para tal, tive a confirmação de minhas dúvidas.
Começa pegando carona no título que criou para a matéria. Depois, dissimuladamente, sugere que eu tome cuidado com o que escreva sobre ele e para isso, agora com um "copy & paste" do Código Penal, mostra definições para calúnia, difamação e injúria.
Estranhamente, mesmo dizendo não apreciar foguetório, pintura de muros, faixas e cartazes fixados em postes, os utilizou em suas campanhas. Deveria, num ato superior, fazer uma campanha diferenciada e não utilizar os mesmos artifícios de seus adversários. Em seguida, como se as definições do Código Penal valessem apenas para a minha pessoa, afirma que eu "sei de coisas" e sugere que eu faça o que ele já poderia ter feito (e não fez) desde antes da sua primeira e derrotada candidatura ao cargo de prefeito em Ubatuba, no ano de 2000, concorrendo pelo PT - Partido dos Trabalhadores. Daí, disfarçadamente, liga meu nome ("carreata da vitória de seu candidato" sic) ao do prefeito atual.
Finalmente aborda o assunto que queria e real objetivo de sua escrita: a Audiência Pública que tratou da "Urbanização da orla da praia Grande", escrevendo um monte de impropriedades que você pode ler clicando aqui e confirmar a veracidade do que falo. Poderia facilmente rebater os itens aventados, mas como ele sequer respondeu a minha pergunta básica: "E a obrigatoriedade de licitação para os módulos especiais de comércio de praia (quiosques)?", vou ignorar suas vociferações. Ele nem ao menos toca no assunto "quiosques". Parece tabu.
Fui aconselhado a não dar trela para o Pedro Tuzino, pois o que ele quer é permanecer na mídia, obter propaganda pessoal gratuita. O debate com Pedro Tuzino está suspenso até que ele dê uma resposta aceitável para a minha pergunta básica; escreva algo que possa ser configurado como calúnia, difamação ou injúria (por meus advogados); utilize-se deste espaço através de matéria paga; ou se mude, definitivamente, para um corumbá. Como um estudante do falido malufismo, Pedro Tuzino, não responde diretamente as mais importantes perguntas que lhe são formuladas. Observem como dissimula quando pergunto sobre os módulos especiais de comércio de praia (quiosques).
Ainda é cedo, mas os últimos acontecimentos me obrigam a criar a coluna "De olho em 2008".
Aguardem...
Charge: Corrupto
Comentários