A mais fácil solução é, sem dúvida, substituir os motores a gasolina, ciclo Otto, por motores ciclo Diesel. Embora seja possível converter os antiquados motores a gasolina para o uso do álcool etílico hidratado, isso é prático somente no Brasil, que tem grande disponibilidade desse combustível. No resto do mundo, o etanol ainda não é tão amplamente utilizado, mesmo que tenha grandes vantagens do ponto de vista ambiental.
Motores ciclo Diesel são geralmente associados a motores pesados e de grande porte, utilizados geralmente em caminhões, locomotivas e navios. Obviamente, motores muito pesados não são adequados para uso em aeronaves.
Entretanto, motores Diesel podem ser usados em aviões sem maiores problemas. Na Europa, mesmo antes da Segunda Guerra Mundial, os motores Diesel foram muito utilizados, inclusive para propulsionar aeronaves militares de alto desempenho, especialmente na Alemanha. Infelizmente, como a Alemanha perdeu a guerra, o mercado de motores aeronáuticos a pistão acabou dominado pelos norte-americanos, que se concentraram na produção dos populares motores de cilindros opostos a gasolina. Depois da Segunda Guerra, a gasolina era um produto muito barato, e ninguém ainda tinha consciência de problemas ambientais que causava. Somente a partir das crises do petróleo da década de 1970 é que os operadores de aeronaves começaram a se preocupar com o exagerado consumo de seus motores.
A empresa alemã Thielert AG foi pioneira na produção de motores Diesel para a aviação geral. Seus motores são baseados nos motores automotivos Mercedes Benz, uma das empresas mais conceituadas nessa tecnologia no mundo. A Thielert certificou, em 2002, um motor de 1,7 litros de cilindrada, com 135 Hp, no mercado europeu. Modelos mais potentes foram colocados posteriormente no mercado (foto abaixo).
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