Salsa justa
Os maricons – uma multidão ruidosa como em qualquer parte do mundo -- têm livre circulação e point próprio no coração do nobre Vedado, onde todas as noites, de calças e camisetas justinhas, desfilam nos cinco quarteirões da Avenida 23 - da esquina do Hotel Havana Libre ao Malecón, amurada de 11 quilômetros que protege a parte baixa da cidade da invasão do mar.
Dali, cantam em prosa e verso os cubanos, se vê o mais belo por do sol do mundo. (Exagero absolutamente concedido. Aquele por do sol é mesmo imperdível.)
O michê, dependendo do cardápio, varia de 5 a 30 Cucs. O prestigiado Cuc é o peso cubano conversível, moeda que é um divisor de águas na vida do cubano. Cada euro compra 1,20, -num louco câmbio flutuante.
Em sete dias na ilha o Cuc variou de 1,21 a 1,25. Mais ou menos três dos nossos combalidos reais. Ou seja, por 90 reais, mais hospedagem (variando de 5 a 30 Cucs) e táxi (não mais que 10 Cucs) pode-se ter um programa gay completo.
A hospedagem, por horas ou a noite toda, é conseguida em quartos alugados em casas de outros gays. Os hotéis, com marcação cerrada da polícia, barram entrada de maricons e prostitutas locais. (As prostitutas, visíveis desde os anos 90, são um pouco mais caras. Podem cobrar até 100 Cucs por programa. E quebram com mais facilidade a barreira de acesso aos hotéis.)
“A diferença aqui é que eles não precisam fazer isso. Fazem por que gostam”, justifica um dos policiais encarregados da ronda no ponto gay de Havana.
A santa protetora dos homossexuais cubanos é Mariela Castro Espin, 46 anos, filha de Raul Castro e diretora do Centro Nacional de Educação Sexual (CENEX), que em maio de 2008 conseguiu a proeza de realizar a primeira passeata gay de Cuba, com direito a shows de transformistas e palestras no Teatro Astral, espaço histórico da revolução cubana.
“Ela luta para erradicar a homofobia em Cuba”, concede assumidíssimo bailarino de 20 anos, que sonha um dia dançar na Broadway. Os USA continuam sendo o sonho de consumo de 9 entre 10 cubanos.
Os maricons – uma multidão ruidosa como em qualquer parte do mundo -- têm livre circulação e point próprio no coração do nobre Vedado, onde todas as noites, de calças e camisetas justinhas, desfilam nos cinco quarteirões da Avenida 23 - da esquina do Hotel Havana Libre ao Malecón, amurada de 11 quilômetros que protege a parte baixa da cidade da invasão do mar.
Dali, cantam em prosa e verso os cubanos, se vê o mais belo por do sol do mundo. (Exagero absolutamente concedido. Aquele por do sol é mesmo imperdível.)
O michê, dependendo do cardápio, varia de 5 a 30 Cucs. O prestigiado Cuc é o peso cubano conversível, moeda que é um divisor de águas na vida do cubano. Cada euro compra 1,20, -num louco câmbio flutuante.
Em sete dias na ilha o Cuc variou de 1,21 a 1,25. Mais ou menos três dos nossos combalidos reais. Ou seja, por 90 reais, mais hospedagem (variando de 5 a 30 Cucs) e táxi (não mais que 10 Cucs) pode-se ter um programa gay completo.
A hospedagem, por horas ou a noite toda, é conseguida em quartos alugados em casas de outros gays. Os hotéis, com marcação cerrada da polícia, barram entrada de maricons e prostitutas locais. (As prostitutas, visíveis desde os anos 90, são um pouco mais caras. Podem cobrar até 100 Cucs por programa. E quebram com mais facilidade a barreira de acesso aos hotéis.)
“A diferença aqui é que eles não precisam fazer isso. Fazem por que gostam”, justifica um dos policiais encarregados da ronda no ponto gay de Havana.
A santa protetora dos homossexuais cubanos é Mariela Castro Espin, 46 anos, filha de Raul Castro e diretora do Centro Nacional de Educação Sexual (CENEX), que em maio de 2008 conseguiu a proeza de realizar a primeira passeata gay de Cuba, com direito a shows de transformistas e palestras no Teatro Astral, espaço histórico da revolução cubana.
“Ela luta para erradicar a homofobia em Cuba”, concede assumidíssimo bailarino de 20 anos, que sonha um dia dançar na Broadway. Os USA continuam sendo o sonho de consumo de 9 entre 10 cubanos.
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