A Ilha

Não é mais a mesma. Também ainda não é bem outra. Na Cuba de Raul Castro, a revolução de 50 anos, feitos neste janeiro, abre frestas para o capitalismo, mas mantém feições, amarras e o proselitismo oficial do socialismo atrevido que ousou dar uma histórica banana para o imperialismo americano.
Na Havana de hoje, a parte visível da abertura de Raul são os homossexuais, os mendigos, os flanelinhas e potentes carros asiáticos e italianos novinhos em folha, que dividem espaço no trânsito com os históricos Fords e Chevrolets dos anos 50. (Da parceria com os soviéticos sobraram uns caquéticos Ladas rodando por obra e graça do bom humor e da criatividade cubana.)
Uma blogueira Yoany Sanches, filóloga de 32 anos, desafia o governo expondo na Internet mazelas do cotidiano cubano. “Exerço minha cidadania”, diz à imprensa. Até agora sem repressão.
É a Cuba de Raul Castro, sucessor do irmão Fidel no comando da ilha de formato de jacaré, a maior das Antilhas, que tem pouco mais de 11 milhões de habitantes – 2 milhões vivendo na Capital, Havana.
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