Editorial

Cautela e caldo de galinha...

Hoje é dia de sessão na Câmara Municipal. Vou estar lá. Especialmente para assistir aos depoimentos da Tribuna Livre. Gosto de ver o povo falar. É uma prática pouco difundida no Brasil, mas que deve ser incentivada. As sessões da Câmara são públicas, o que lá é dito tem valor documental. Funciona como papel assinado em cartório, com firma reconhecida. Além do som, gravado pelas rádios, há o som e as imagens da televisão. Cautela, pois, aos depoentes. E aos que incentivam depoimentos polêmicos. Mudando um pouco de assunto, hoje tentei ouvir rádio e acabei por desistir. Fico nervoso com o uso indiscriminado do gerúndio. Vou estar fazendo, vou estar dizendo, fiquei torcendo para ver a pessoa que estava falando, estar calando. Gerundismo faz com que o praticante vire corcunda. A indignação foi tamanha que deixei de prestar atenção ao assunto, de meu particular interesse. Desliguei o rádio, um pouco mais eu o teria destruído a machadadas. Pobre língua portuguesa.

Sidney Borges

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