Fabula IV

Rogério Frediani
Nossa cidadezinha belíssima continua cheia de problemas. Agora certo homem da “Casa” está nervoso, pois afirma que o que descrevemos é uma forma de oposição. Oposição a que? A uma administração ou a situação em que se encontra a pobre cidadezinha. É claro que é sobre a situação calamitosa em que se encontra a pequena cidade. Isto nada mais é do que um alerta para que realmente as coisas comecem a acontecer de forma honesta e correta. Na cidadezinha quem toma alguma atitude é criticado. E quem não faz nada condena as atitudes e acaba com as esperanças dos pobres habitantes da cidadezinha. Diz a lenda, que um “comerciante”, (detalhe não é desse país, quanto mais da cidadezinha) entrou com um processo de abertura de um comércio de combustíveis. A lei é clara e deve ser respeitada. Muitos critérios devem ser avaliados, tanto que para um cidadão comum abrir algum negócio na cidadezinha é a maior dificuldade. Mas um aventureiro pode. Quem é de fora tem mais valor do que quem é da cidadezinha, coitadinha, seus líderes perderam a identidade, perderam a raiz. Passam por cima das pessoas que há anos moram, investem e geram empregos. Das tradições, das origens, das histórias, de um povo lutador. E hoje tudo isso se resume numa pequena, linda e abandonada cidadezinha. O parecer ao pedido do “comerciante” foi dado por um assistente de secretaria, nem responsável pela mesma ele é. O comerciante (pois, pois), veio de um país que há anos atrás cassou os direitos de exercício de função dos dentistas do país (onde fica a cidadezinha), por achar que os mesmos não tinham competência nem registro para exercer a função. Uma grande mentira, pois o que assustava era o fato deles serem muito competentes o que poderia prejudicar o mercado do país. Essa discriminação horrorosa repercutiu a nível internacional. Agora na cidadezinha este comerciante pode fazer o que bem entender, pois tem o aval do “SHA” (para quem queria saber: Homem Sem Ação), pois aqui tudo é permitido quando os interesses são próprios. Para se vencer, em qualquer lugar e principalmente na cidadezinha tem que ter coragem, atitude, vontade de ouvir, saber, e questionar o que é melhor, para ela, para todos. Assim nasce o respeito, a cidadania, a dignidade e consequentemente uma cidadezinha ordenada e progressiva. Aos homens que criticam, sabedoria para reconhecer os erros. Aos homens que lutam, força para ajudar a pequena e infelizmente abandonada cidadezinha.

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