Educação

Matemática e computação têm alta taxa de abandono

Da Folha
Alunos de ciências da computação, matemática e administração estão entre os que mais abandonam o ensino superior, diz pesquisa com dados do Ministério da Educação.
A evasão média nessas áreas é de 28%. A média nacional é de 22% -percentual que tem variado pouco nesta década.


O líder do ranking, com 38%, é o curso que une turismo e hotelaria. Mas, quando separados, a taxa de evasão cai para 27% (hotelaria) e 24% (turismo).

O indicador abrange o número de alunos que deixou de se matricular de um ano para outro. As taxas referem-se à média de cinco anos, presentes no Censo da Educação Superior (2007 é o mais recente).

Para o aluno, abandonar o curso significa perda de tempo com a graduação incompleta e de dinheiro (com mensalidades). Para o mercado, significa menos formados qualificados, às vezes em áreas deficitárias.

Pesquisadores dizem que um dos motivos para alunos abandonarem os cursos é a falta de informação na hora da escolha no vestibular -há frustração com o conteúdo do curso e com as perspectivas de emprego.

Especificamente sobre ciências da computação, matemática e administração, é citado o ensino deficitário das matérias de exatas no ensino básico. São essas disciplinas que mais sofrem com a falta de professores, aponta levantamento do MEC.
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Nota do Editor - Português e Matemática formam a base do conhecimento. Claro que isso vale para o Brasil. No Japão seria Japonês e Matemática, na Inglaterra Inglês e Matemática. Dominar a língua é fundamental, senão não há como entender conceitos matemáticos. Com o domínio dos fundamentos de Aritmética e Geometria e posteriormente de Álgebra, é possível estudar Física, Química e Geografia Física. Sabemos que os alunos saem do Ensino Médio com deficiências em leitura e interpretação de texto e com profundas lacunas em conceitos matemáticos. O resultado é desalentador, sem a devida base o aluno desiste, os cursos superiores se tornam impossíveis. O problema não está na falta de professores e não será resolvido em gabinetes de burocratas. Colocar o melhor mestre do mundo em uma classe com 50 adolescentes desmotivados não resultará em sucesso. A educação precisa ser considerada importante, ser vista como peça fundamental para o desenvolvimento do país. Infelizmente a classe política que teria poder para mudar os fatos é constituída por pessoas que não estão preocupadas com o país. O que os motiva é apenas a manutenção de cargos e privilégios. Não há luz no fim do túnel, na verdade nem há tunel. Estamos atravessando buracos de vermes. (Sidney Borges)

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