Brasil

O BBB do PT

Guilherme Fiuza (original aqui)
Lula não é Chávez, mas parece estar cada vez menos conformado com isso. Não deve ser fácil mesmo abrir mão das delícias do populismo autoritário.

Aos poucos isso vai sendo corrigido. A intervenção no Banco do Brasil é o mais novo capítulo da tomada do poder pela companheirada. Eles não agüentam mais ganhar eleições e ser governados por Pedro Malan.

Foi o que declarou a ministra Dilma Rousseff. Ela não agüenta mais falar com presidente de banco público que pensa que é presidente de banco privado. Vamos traduzir: é um saco mandar em gente que não tem carteirinha do partido.

Quando assumiu a presidência, Lula deu a senha, ao esculachar as agências reguladoras: não admitia saber pelo jornal que “algum filho da mãe” aumentou um preço público.

Assim foi feito, por exemplo, no setor elétrico. Ali nenhum filho da mãe ousa mexer nas tarifas populistas, que comprimem o preço da energia – para depois o contribuinte pagar o rombo, como se sabe. Obra de Dilma, a mãe do filho.

Assim será com os juros do Banco do Brasil, essa entidade que compra ingressos para show do PT. O novo presidente do banco é afilhado do partido. Enquanto Delúbio, Valério e Valdomiro, os principais clientes, não voltam à ativa, fica combinado que quem assina os cheques é Dona Dilma. Sem intermediários.

Eis a doutrina: Lula oferece dinheiro barato ao povo, Dilma decide o preço camarada e manda entregar.

É claro que o banco, sangrado de todos os lados pela companheirada, ficará com o bumbum no sereno. Aí o governo popular vai lá e cobre com o seu dinheiro. E você, distraído, nem nota.

Já era mesmo tempo de livrar o BB daquelas triangulações intrincadas da época do valerioduto. Muito mais simples instituir esse Banco do Brasil Beneficente, anexo ao PT.

Chega desse mundo privado e neoliberal que não vai aos aniversários de José Dirceu.

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