Brasil midiático

Ora vai, ora fica

Sidney Borges
Diversos leitores ligaram-me a perguntar da internet. Aqui na redação a dita cuja mostrou temperamento mutável, ora gentil e educada funcionava, ora de extrema rudeza não funcionava. Alguns sítios baixavam, outros não, por acaso o Ubatuba Víbora se encontrava entre os do segundo tipo e assim ficamos todos a praticar o esporte preferido dos ubatubanos. Ver navios.

Neste momento em que escrevo tudo leva a crer que o problema foi resolvido, os elétrons rebeldes estão devidamente enquadrados. Foram rebaixados a neutrons, ficarão seis meses sem carga e sobremesa.

Fica então registrado aos leitores e patrocinadores deste modesto mas laborioso sítio que se não publicamos nada de novo não foi por falta de novidades, pois basta o tempo passar um pouquinho e o mundo se enche de acontecimentos.

Por falar nisso, publiquei a coluna do Diogo Mainardi que fala dos royalties resultantes da exploração do ouro negro. Tenho interesse nisso, vivo na bela Ubatuba que está situada defronte a um dos maiores campos petrolíferos do Brasil. Imagino que em breve deva começar a ser explorado. Quando acontecer vai sobrar um troquinho pra gente, mas é da maior importância não descuidar.

Alguém deu ao jornalista da Veja informações que comprometem o irmão do ministro Franklin Martins, desafeto do colunista. Para quem não se lembra, foi depois da publicação de uma coluna na Veja que o então jornalista, hoje ministro, perdeu a boquinha na Globo.

Eu não gosto do clima de denuncismo que grassa na imprensa brasileira, mas também não vejo como fugir disso em meio a tanta bandalheira que há. Sinto ser dever do jornalista publicar quando há documentação comprobatória, ainda que isso vá contra interesses poderosos de poderosos de plantão.

Há algo cheirando mal na Petrobras, felizmente o jornal O Globo resolveu investigar. Parte da imprensa virtual discorda, alguns jornalistas acreditam que não importa se há crime ou não quando a denúncia vai contra seus interesses. Não deve ser publicada e ponto final. É feio denunciar.

O caso Lunus é emblemático. A Polícia Federal invadiu o escritório do marido de Roseana Sarney e encontrou mais de um milhão de reais em erva viva. Como o dinheiro não tinha origem e vivemos no Brasil o fato rendeu apenas um escândalo, isto é, ninguém foi preso.

No entanto a pretensão da filha do Imperador do Maranhão acabou em fumaça, ela que era lider nas pesquisas e queria ser a primeira mulher a ocupar a presidência da República.

A imprensa comprometida com a candidatura Lula não perdoou. Logo foi encontrado o culpado: José Serra.

Segundo a visão distorcida desses defensores do indefensável, Serra municiou a PF com informações comprometedoras com a finalidade de tirar Roseana do caminho. Ver as coisas por esse prisma foge da lógica. Se nada houvesse de errado naquele escritório a denúncia morreria por falta de consistência.

Supondo que um inimigo me denuncie e a Polícia Federal invada a redação do Ubatuba Víbora, só serão encontrados livros, traças e peças usadas de computadores. Mesmo porque se eu tivesse um milhão não estaria com ele guardado no escritório, aplicaria em sorvete.

No entanto, há denúncias sem fundamento que podem atrapalhar a vida de alguém, como as feitas por aquele procurador abilolado contra Eduardo Jorge, secretário-geral da Presidência da República no governo Fernando Henrique Cardoso. A ousadia vai custar caro, os caluniadores estão sendo instados a provar as mentiras na Justiça. Como se tratava de calúnia político-eleitoreira, serão condenados, mas poderosos que são nada devem temer. Tudo vai acabar como sempre nesta terra abençoada por Deus e bonita por natureza. Em pizza!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mosca-dragão

Pegoava?

Jundu