Eleições

Um Sistema Anárquico

Murillo de Aragão

"A mídia eletrônica, que funciona na base do pragmatismo responsável quando se trata de noticiário político, saudou a festa da democracia, elogiou a urna eletrônica e destacou que as eleições municipais deste ano ocorreram em paz. Frente a época em que o sistema eleitoral permitia que se roubassem mandatos de cidadãos legitimamente eleitos, como foi o caso de Mário Frota no Amazonas, em 1985, o avanço é inegável. No Amazonas de então, as urnas de verdade iam parar no rio. Eram substituídas por outras, adulteradas, com votos prontos dados aos políticos que patrocinavam a fraude. Foi assim que muitos dominaram a política no Norte por décadas. Assim, a urna eletrônica nos arrancou da idade da pedra em matéria eleitoral. Ainda assim, estamos muito atrasados. Não chegamos sequer à idade média da política. A urna eletrônica está permitindo que o eleitor tenha, pelo menos, alguma segurança na hora de escolher o candidato. Mas, até chegar o momento de escolher o candidato, a situação é caótica. Principalmente em matéria de sistema partidário.
O jornalista Janio de Freitas, em sua coluna de 26 de outubro na Folha de S. Paulo, diz que “as eleições (municipais) formalizaram o atestado de óbito destes partidos”. É verdade. O sistema partidário brasileiro é um morto-vivo que assombra a cidadania. É uma espécie de “dragão de Komodo”, que ataca as verbas públicas e mata pela incompetência e pela corrupção." (Do Blog do Noblat)
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