Ubatuba

Uma lagartixa no poder

O descaso da administração Pública continua imenso, em relação à Saúde e à Santa Casa de Ubatuba. Faltam médicos. Muitos dos bons profissionais foram demitidos. Em nenhum momento pensaram no povo e hoje, quem sofre com esta irresponsabilidade é a população mais carente, que precisa de atendimento médico. Não podemos contar com o PSF – Programa da Saúde da Família. Não há médicos, agentes comunitários, remédios, exames e etc... Pacientes que sofrem de hipertensão estão morrendo. Por que?
Para que serve o PSF? Não é para prevenir doenças e orientar o paciente? Como se explica a morte de vários pacientes com pressão alta? É o que tem ocorrido regularmente na cidade. Algo está errado. O Secretário Municipal de Saúde orienta os médicos a não pedirem exames laboratoriais aos pacientes. Por que? Para cortar gastos? Ele ainda afirma que a Saúde vai indo muito bem no Município. Só na cabeça do secretário. Na Santa casa há médicos que atendem no Pronto Socorro que não conseguem nem analisar um exame de Raio X. E não é só isso. A norma atual do hospital é que os médicos têm apenas TRÊS minutos para atender cada paciente. Dá apenas para dizer bom dia, como vai e até logo, com perfeição. A consulta propriamente dita fica a ver navios. Esta ordem dos três minutos é para não deixar paciente esperando muito tempo do lado de fora. Será que é para dar a impressão que as coisas andam bem por lá? Não acredito. Nenhum médico consegue examinar bem um paciente em menos de, no mínimo, meia hora.
O ex-secretário da Saúde, Dr. Marcos Franco, antes de sair da secretaria, deixou postos do PSF montados em vários bairros da cidade. Todos funcionando bem, com qualidade e equipes completas de atendimento. Isto sim, em minha opinião, é ser competente, conhecedor da área da Saúde. Não media esforços. Tinha muita preocupação com a saúde do povo. Dr. Marcos dizia que o paciente sempre tem razão. Hoje, ao contrário, o paciente não pode reclamar do mau atendimento. Parece que estamos de volta com a ditadura, quando os coronéis davam a ordem e o povo era obrigado a obedecer, se não era perseguição e tortura. É o que acontece hoje, nesta administração: perseguição e tortura psicológica. Exemplo disso, foram os cortes dos voluntários que atendiam a população. E o prefeito que se diz evangélico! Quanta hipocrisia, quanta falsidade! Quando entra na Igreja, ele faz cara de bom moço. Deixa a capa da mentira, da malvadeza da molecagem e da perseguição do lado de fora. Os seus seguidores rezam a mesma cartilha. Defendem, de peito aberto, todos os desmandos do chefe, fato confirmado pela declaração do atual secretário da Saúde, em uma reunião do COMUS, no dia 8 de outubro, ao dizer ser os olhos, os ouvidos e a boca do prefeito na Secretaria onde atua.
O secretário tem livre arbítreo. Ele tem o direito de se dizer ser o que quiser. Quem sou eu para julgá-lo? O que ele não pode esquecer é que quem paga o seu salário é o povo. O mesmo povo que, hoje sofre a falta de um bom atendimento à saúde.
Será que o secretário e o prefeito sabem o que fazer com a Santa Casa depois do dia 02 de novembro, quando vence o prazo da intervenção? Será que o prefeito vai pedir ao secretário para consultar a lagartixa? É, porque foi o próprio secretário que afirmou, na reunião do COMUS, que conversa com lagartixas. O povo está mesmo perdido. Será que é por isso que a Saúde vai de mal a pior? A lagartixa não está orientando bem o secretário? Será que ela entende de saúde? O doutor parece que não entende, pois precisa se consultar com a lagartixa.
Senhor prefeito, tenho uma sugestão: dê à lagartixa a Pasta da Saúde. Assim não precisaremos pagar o seu salário.
Se deixar, daqui a pouco teremos lagartixas atendendo no lugar dos médicos. Já pensaram nisso? O caso é de se preocupar. Quando assumiu a Secretaria, o secretário disse que também assumiu os olhos, os ouvidos e a boca do prefeito. Mas, e o coração e o cérebro?
Neste caso o prefeito está cego, mudo e surdo.

Maria Aparecida da Cunha
D.Cida – Líder Comunitária

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