Opinião

Simples & Simplistas

Depois de assistir duas reuniões do tal Plano Diretor para a Lei do uso e ocupação do Solo pude, facilmente, avaliar e identificar que o mesmo está (mais uma vez) sob o manto e, o ranço, de uma ideologia preservacionista obtusa, de propostas (com todo respeito) demasiadamente simplista, para soluções de problemas tão complexos. Os tópicos que envolvem a implantação de uma lei de uso e ocupação do solo de um município, requerem, não pontos de vistas de Antonios, Pedros ou Joãos. Muito menos, de ideologias de qualquer credo ou cor! Exigem, sim, conhecimentos técnicos e científicos específicos. É insano negar esta obviedade. Idéias e sugestões ? Bem vindas! Todas. Vamos somar! Que tenha ênfase e, seja tônica de todas as propostas a prioridade na proteção e na preservação ambiental é indiscutível. Claro! Quem é contra a preservação do Meio Ambiente que levante a mão! O que não vale, é que a qualquer título, prevaleça o interesse do individual em detrimento do coletivo. Nem mesmo com a mais defensável, pura e santa das boas intenções! Das más? Nem pensar! Inaceitável é arvorar-se dono do mundo, dos espaços e, de todas as verdades e, agir como se procurador fosse dos destinos e, do futuro, de todas as nossas almas. Inaceitável é abandonar o debate democrático e, aos contrários, levantar vozes e claves.(Quixotescas).Não se deve furtar dos pensamentos a vizinha. A vizinha realidade, que latente, assombra o mais fantasioso dos argumentos que insistem em ignorá-la. A realidade conceitua-se por si. Está aí, para quem quiser ver e enxergar. Ideologias preservacionistas (radicais) são lúdicas, porém jamais irão colocar feijões nas panelas de quem tem fome, muito menos, darão um teto as centenas de famílias que já ocupam áreas de mananciais e, de preservação. Irão expulsa-las? Para onde? Produzirão empregos para todos? Criarão renda? Oferecerão bol$a$ misérias? Bol$a$ preservação? Com quais recur$o$? Muitas das pessoas destas famílias, sofridas, alijadas de qualquer processo ou atitude includente, não entendem números, letras, quiçá leis, decretos, "audiências públicas" " Planos Diretores" ou " Gerenciamentos Costeiros". Elas precisam ser ouvidas, esclarecidas e atendidas. Esta gente simples precisa do "saber" na forma e, na proporção da capacidade de entendimento de cada uma. Elas precisam saber o que estão planejando (ou conspirando?) para o futuro delas e de seus filhos. Alija-las, ignora-las ou, silencia-las, é apenas prorrogar o represamento de suas reinvidicações e, da satisfação de suas necessidades. Estas, virão de uma forma ou, de outra. Organizada, resignada ou violenta? Resta escolhermos. De toda forma, já é hora de abandonarmos definitivamente o som das liras e, os devaneios, baseados em baseados.
Olhemos os nosso próprios "rabos".


Ronaldo Dias

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