Viagem sobre viajantes
Go home
Ontem fiquei com vontade de protestar. Abaixo o Imperialismo, fora com Bush, viva a revolução, viva Stálin, viva Kruschev, a meia noite será domani i expulsaremos il americani, a meia noite céu estrelato e il santo papa será enforcato. Essa vai render e-mail de protesto, mas antes que aconteça, é apenas parte da canção Bandera Rossa dos comunistas italianos, tutti fanfarroni, Palmito Togliatti incluso. Conforme os leitores sabem, abri o baú das antiguidades e além de medalhas, condecorações, troféus, taças e da comenda de Miami, encontrei faixas enroladas. Embora desbotadas, ainda estão em condições de passeata. Em uma delas está escrito abaixo o acordo MEC-USAID. Não serve para nada, Bush não sabe o que é MEC, nem tampouco o que é USAID, embora soe familiar, e nem desconfia o que seja abaixo, sabe apenas que precisa de duas doses para não ficar por baixo. Coloquei de novo onde estava, just in case. A segunda talvez tenha alguma serventia, está grafada com letras vermelhas sombreadas em preto: Rockfeller, Go home! Vai deixar Bush assustado. Rockfeller veio? Onde está aquele son of a gun? Garçom põe mais uma, estou nervoso. Vai nessa Polvo, sorry, Lula? O Maluf está finalmente preso. Complô da direita contra um socialista histórico. Complô mundial. Maluf nunca teve contas no exterior. Caso o leitor não esteja por dentro, eu explico. A direita internacional, que antes se disfarçava de esquerda, depositou milhões de dólares em nome de Maluf em paraísos fiscais. Nosso bravo deputado, honestíssimo, que nunca pegou nada que não fosse seu, vendeu um terreninho e comprou um apartamento em Paris. Nada demais, quatro dormitórios com vista para a torre Eifell. Com as economias da esposa, que esperta só freqüentava sacolão, sobrava um troquinho para arriscar em Monte Carlo. Folguedos de um trabalhador incansável. Agora nosso bravo deputado, redentor de pobres e oprimidos está impossibilitado de visitar a Cidade Luz. De que vale viver sem ir a Paris? De que vale ser socialista sem poder refletir sobre a revolução no Café das Flores? Sinto muito leitores, lágrimas brotam de meus olhos e inundam o teclado, tenho de parar.
Antes devo advertir os gringos. O Brasil que nunca se curvou vai responder à altura. Vocês mandaram Bush, nós estamos enviando Eduardo Cesar e Felipão. Miami nunca mais será a mesma. (Sidney Borges)
Ontem fiquei com vontade de protestar. Abaixo o Imperialismo, fora com Bush, viva a revolução, viva Stálin, viva Kruschev, a meia noite será domani i expulsaremos il americani, a meia noite céu estrelato e il santo papa será enforcato. Essa vai render e-mail de protesto, mas antes que aconteça, é apenas parte da canção Bandera Rossa dos comunistas italianos, tutti fanfarroni, Palmito Togliatti incluso. Conforme os leitores sabem, abri o baú das antiguidades e além de medalhas, condecorações, troféus, taças e da comenda de Miami, encontrei faixas enroladas. Embora desbotadas, ainda estão em condições de passeata. Em uma delas está escrito abaixo o acordo MEC-USAID. Não serve para nada, Bush não sabe o que é MEC, nem tampouco o que é USAID, embora soe familiar, e nem desconfia o que seja abaixo, sabe apenas que precisa de duas doses para não ficar por baixo. Coloquei de novo onde estava, just in case. A segunda talvez tenha alguma serventia, está grafada com letras vermelhas sombreadas em preto: Rockfeller, Go home! Vai deixar Bush assustado. Rockfeller veio? Onde está aquele son of a gun? Garçom põe mais uma, estou nervoso. Vai nessa Polvo, sorry, Lula? O Maluf está finalmente preso. Complô da direita contra um socialista histórico. Complô mundial. Maluf nunca teve contas no exterior. Caso o leitor não esteja por dentro, eu explico. A direita internacional, que antes se disfarçava de esquerda, depositou milhões de dólares em nome de Maluf em paraísos fiscais. Nosso bravo deputado, honestíssimo, que nunca pegou nada que não fosse seu, vendeu um terreninho e comprou um apartamento em Paris. Nada demais, quatro dormitórios com vista para a torre Eifell. Com as economias da esposa, que esperta só freqüentava sacolão, sobrava um troquinho para arriscar em Monte Carlo. Folguedos de um trabalhador incansável. Agora nosso bravo deputado, redentor de pobres e oprimidos está impossibilitado de visitar a Cidade Luz. De que vale viver sem ir a Paris? De que vale ser socialista sem poder refletir sobre a revolução no Café das Flores? Sinto muito leitores, lágrimas brotam de meus olhos e inundam o teclado, tenho de parar.
Antes devo advertir os gringos. O Brasil que nunca se curvou vai responder à altura. Vocês mandaram Bush, nós estamos enviando Eduardo Cesar e Felipão. Miami nunca mais será a mesma. (Sidney Borges)
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