Democracia em tempo de verão




Noite de terça-feira

As janelas permaneciam cerradas. O povo, o que quer o povo? Não há pão? Que comam brioches. Uma rainha disse isso? Não sei. Há uma certa controvérsia. O que eu sei é que o que importa não são os fatos, mas as versões. Vendo as janelas cerradas, Renato Nunes, que um dia quase foi presidente da UEE, após ter sido presidente do GFAU, murmurou baixinho: “o povo, unido, jamais será vencido”. Concordei. Na hora me deu um ímpeto quase irrefreável de subir ao palanque do carro de som do Gerson e incendiar as massas. Como nos velhos tempos. Acabei desistindo. 1968. Que saudades de 1968. Eu era feliz e sabia e desejava que o tempo parasse, como pede a letra da música que Astrud Gilberto canta com a magia daqueles dias. “World stop turning”... (Sidney Borges)

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