Editorial
Projeto acalantado há anos...
Faz tempo que não converso com o Pedro Paulo. Os afazeres dele na Fundart estão ocupando o tempo que dedicávamos a falar. Falávamos muito, de tudo, de cultura em especial, de política um pouco e de gente “en passant”. Embora tenha sido prefeito de Ubatuba, Pedro prefere trafegar na área cultural, é um grande conhecedor de música e literatura, além de exímio fotógrafo. Em nosso último encontro falei de um projeto no qual estou trabalhando, coisa antiga, dos tempos em que eu ainda morava em São Paulo. Depois de muitas idas e vindas estou firmemente decidido a transformá-lo em realidade. Pedro me perguntou se eu iria apresentá-lo à Fundart. Não tenho tal intenção, é caro demais para a Fundação, que tem um papel social a cumprir. É um projeto ambicioso que envolve a Ubatuba moderna, dos últimos cinqüenta anos, época em que foram edificados no município exemplares significativos da arquitetura brasileira contemporânea, especialmente do que se convencionou chamar de Escola Paulista, cujo expoente máximo foi Villanova Artigas. Temos por aqui obras projetadas por Rino Levi, Carlos Millan, Flávio Império, Ruy Ohtake, apenas para citar arquitetos de relevância, há muitos outros. Dadas as características do município, estas obras se encontram pouco visíveis, quase escondidas e por isso deixam de cumprir o papel de paradigmas que são. Meu projeto é reunir quinze delas e fotografá-las e filmá-las ad nauseam. Depois reunir o material e produzir um livro e um documentário, com depoimentos de proprietários, arquitetos (quando vivos) e demais pessoas envolvidas nas obras. Acredito que vou levar dois anos colhendo e editando o material. Por enquanto estou na fase de obtenção de recursos, que, por princípio ideológico, buscarei na iniciativa privada. O dinheiro público tem prioridades que estão à frente das minhas aspirações. Exatamente por isso não pedirei apoio à Fundart, mas tanto o livro como o documentário serão ofertados prioritariamente à Fundação, para serem distribuídos por toda esta generosa e bela cidade que escolhi para viver.
Sidney Borges
Faz tempo que não converso com o Pedro Paulo. Os afazeres dele na Fundart estão ocupando o tempo que dedicávamos a falar. Falávamos muito, de tudo, de cultura em especial, de política um pouco e de gente “en passant”. Embora tenha sido prefeito de Ubatuba, Pedro prefere trafegar na área cultural, é um grande conhecedor de música e literatura, além de exímio fotógrafo. Em nosso último encontro falei de um projeto no qual estou trabalhando, coisa antiga, dos tempos em que eu ainda morava em São Paulo. Depois de muitas idas e vindas estou firmemente decidido a transformá-lo em realidade. Pedro me perguntou se eu iria apresentá-lo à Fundart. Não tenho tal intenção, é caro demais para a Fundação, que tem um papel social a cumprir. É um projeto ambicioso que envolve a Ubatuba moderna, dos últimos cinqüenta anos, época em que foram edificados no município exemplares significativos da arquitetura brasileira contemporânea, especialmente do que se convencionou chamar de Escola Paulista, cujo expoente máximo foi Villanova Artigas. Temos por aqui obras projetadas por Rino Levi, Carlos Millan, Flávio Império, Ruy Ohtake, apenas para citar arquitetos de relevância, há muitos outros. Dadas as características do município, estas obras se encontram pouco visíveis, quase escondidas e por isso deixam de cumprir o papel de paradigmas que são. Meu projeto é reunir quinze delas e fotografá-las e filmá-las ad nauseam. Depois reunir o material e produzir um livro e um documentário, com depoimentos de proprietários, arquitetos (quando vivos) e demais pessoas envolvidas nas obras. Acredito que vou levar dois anos colhendo e editando o material. Por enquanto estou na fase de obtenção de recursos, que, por princípio ideológico, buscarei na iniciativa privada. O dinheiro público tem prioridades que estão à frente das minhas aspirações. Exatamente por isso não pedirei apoio à Fundart, mas tanto o livro como o documentário serão ofertados prioritariamente à Fundação, para serem distribuídos por toda esta generosa e bela cidade que escolhi para viver.
Sidney Borges
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