Opinião

Brasil e o crescimento dos emergentes

Editorial do Estadão
Os países ricos estão em crise e os países emergentes continuam crescendo. A partir dessa constatação é normal que se examine de que maneira o comércio exterior do Brasil foi afetado e, especialmente, se tiramos proveito do crescimento dos países emergentes.

Podemos limitar o exame, no caso dos países ricos, aos EUA e à União Européia, no dos emergentes, aos três países que, com o Brasil, constituem o chamado Bric, isto é, Rússia, Índia e China, porém esse último exerce na economia mundial um papel predominante.
Uma constatação é que, com os países ricos, nosso comércio exterior, nos oito primeiros meses do ano, foi positivo, enquanto com os países emergentes foi deficitário, sendo praticamente equilibrado com a Rússia.Nossas exportações aumentaram com todos os países, com exceção da Índia, e o maior aumento foi com a China (65,7%), seguido pela Rússia (42,7% nos sete primeiros meses). Para os EUA, que continuam sendo nosso melhor cliente, o aumento foi de apenas 12,4%, enquanto para a União Européia nossas exportações aumentaram 24,3%. É possível que para esses dois mercados haja, nos próximos meses, um recuo das exportações.
É interessante notar que, enquanto nossas exportações de produtos básicos para os EUA representam apenas 24,2% do total, para a China chegam a representar 75,8%. Por isso, uma queda nos preços das commodities poderia afetar mais nossas exportações para a China do que para os EUA. Todavia, o principal produto que vendemos à China, é o minério de ferro, do qual ela terá necessidade por muito tempo ainda.
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