Energia

Reino Unido anuncia planos para impulsionar setor nuclear britânico

Fonte Nuclear

Com o intuito de garantir a segurança energética e reduzir as emissões de gases responsáveis pelo aquecimento global, o Reino Unido prepara seu retorno ao investimento no setor nuclear. Esta semana, o país anunciou planos para impulsionar uma nova era de desenvolvimento da energia nuclear como parte de uma estratégia industrial de baixa emissão de carbono a ser lançada no ano que vem. Para tanto, de acordo com informações da agência de notícias Nucnet, foi criada uma nova secretaria de desenvolvimento nuclear que trabalhará com parceiros na indústria para desenvolver uma cadeia de suprimento nuclear e aumentar a produção industrial.
Os planos do governo para tornar a matriz energética britânica mais limpa também incluem investimentos em energias renováveis. Uma secretaria, inclusive, será criada para remover barreiras para o desenvolvimento deste setor. O governo britânico calcula que mais de 260 mil empregos podem ser criados nos próximos dez anos como resultado da expansão do setor nuclear e das energias renováveis.
Além disso, em encontro ocorrido na quarta-feira (10), em Londres, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, e o premiê italiano, Silvio Berlusconi, anunciaram que trabalharão juntos para estabelecer uma cooperação no setor nuclear. Brown disse que ambos concordavam que a energia nuclear poderia exercer papel importante para os dois países alcançarem seus objetivos de segurança energética e combate às mudanças climáticas. Berlusconi afirmou que ambos também pretendem investir capitais na construção de novas centrais nucleares no Reino Unido e na Itália, que pretende retomar seu programa nuclear, abandonado na década de 1980.
Os planos do governo britânico para a energia nuclear também foram abordados, recentemente, pelo ministro para Negócios, Empreendimentos e Reforma Regulatória do Reino Unido, John Hutton, em palestra proferida na sede da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), no Rio de Janeiro. Hutton afirmou que garantir a diversificação das fontes energéticas, dos fornecedores e das tecnologias é essencial para assegurar um mix energético econômico, eficiente e de baixa emissão de carbono em seu país. Ele acrescentou ser correto que a energia nuclear seja incluída nesse mix, pois, por mais de cinco décadas, ela vêm provendo energia elétrica para o Reino Unido de forma segura, além de ter provado ser uma das tecnologias de baixa emissão de carbono mais confiáveis e econômicas.
Essa diversificação das fontes energéticas será importante para solucionar o desafio energético de garantir energia de forma econômica e sustentável. Hutton ressaltou que a demanda energética mundial deve crescer em 50% até 2030, em uma época em que a produção e o suprimento de energia são definidos de forma crescente por questões políticas ao invés de geológicas.
Além disso, um sentimento de nacionalismo em relação aos recursos naturais e o protecionismo dificultam os investimentos para explorar os recursos naturais do planeta. A instabilidade política de algumas das regiões mais ricas em energia também ameaça o suprimento energético global. Por último, custos crescentes e limitações da cadeia de suprimento estão provocando um aumento nos preços da energia.
Hutton afirmou querer que o Reino Unido seja um líder na indústria nuclear, lembrando que o país já conta com o segundo maior mercado de energia nuclear do mundo. Segundo o ministro, sua nação não é a única que vê a energia nuclear como uma solução viável. “Um renascimento nuclear global está ocorrendo, com cada vez mais países competindo por conhecimento, financiamento e tecnologia”, comentou.

AIEA prevê aumento da geração nuclear até 2030

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) revisou para cima suas previsões para a geração nuclear nas próximas décadas. Na edição de 2008 da publicação “Estimativas para energia, eletricidade e geração nuclear até 2030”, a AIEA estima que a capacidade nuclear instalada em 2030 em todo o mundo ficará entre 473 gigawatts elétricos (GWe) – o que seria 27% maior que o número atual de 372 GWe – e 748 GWe.
A agência também verificou uma queda na participação da energia nuclear na geração elétrica mundial de um ponto percentual em 2007. Com isso, a geração nuclear responderia hoje por 14% da energia elétrica gerada no mundo. De 1986 até 2005, a energia nuclear manteve sua fatia na geração elétrica mundial constante entre 16% e 17%. Mais informações podem ser obtidas no site da AIEA (
http://www.iaea.org).

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