Agora é pra valer

Comentário da cientista política Lucia Hippolito na CBN:

"A pesquisa Datafolha divulgada ontem dá a partida oficial para a campanha de 2006, no que diz respeito às pesquisas de intenção de voto.

Agora não se trata mais de especulação, com nomes que poderiam ser candidatos. Agora já começamos a ter uma idéia mais clara do quadro eleitoral.

É verdade que reina a maior confusão no PMDB, muito por causa das ambições adesistas de um grupo que quer porque quer continuar na periferia do poder, junto ao presidente Lula, mas também por causa da interferência escandalosa do presidente do STJ em assuntos que não lhe dizem respeito.
O funcionamento interno dos partidos políticos só diz respeito... aos partidos políticos. Cada um escolhe seu candidato como quer: através de prévias, eleição direta, escolha pelos caciques, sorteio, sinais de fumaça, tarô, búzios, qualquer método serve, contando que tenha sido combinado antes.
E as prévias do PMDB foram combinadas.
Voltando aos dados da pesquisa Datafolha, o crescimento do governador Geraldo Alckmin e a estagnação do presidente Lula, que parou de crescer, estão dentro do previsto.

Afinal, o presidente estava sozinho na estrada como candidato há algum tempo, portanto é natural que caia um pouco nas pesquisas, quando aparece oficialmente um adversário.

Assim, Lula caiu de 43% para 42% no primeiro turno, enquanto Alckmin cresceu de 17 para 23%. Já no segundo turno, Lula cai de 53% para 50%, enquanto Alckmin sobe de 35% para 38%.

Mas é nos números de rejeição que devemos prestar atenção nessa arrancada inicial da campanha, porque eles refletem uma situação mais ou menos cristalizada. Isto é, o índice de rejeição mostra quantos eleitores não votariam de jeito nenhum em determinado candidato.

Nesse item, os números não são bons para o presidente Lula. Seu índice de rejeição aumentou de 30% em fevereiro para 33% em março. Ou seja, um terço do eleitorado brasileiro não vota em Lula nem que a vaca tussa.
Quanto ao governador Geraldo Alckmin, que tem uma das mais baixas taxas de rejeição – até porque ainda é desconhecido de boa fatia do eleitorado –, seu índice subiu de 15% em fevereiro para 16% em março.
Enfim, a campanha presidencial de 2006 começa a esquentar os motores. Daqui para frente, promete ser mais animada."

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